O exclusivo para Playstation 4 Horizon Zero Dawn foi um dos melhores
lançamentos de 2017 com sua narrativa envolvente, universo singular e
jogabilidade desafiadora que colocava o usuário para caçar poderosos animais
robóticos. Assim sendo, eu tinha altas expectativas para esta primeira
expansão, Horizon Zero Dawn: The Frozen
Wilds e ela não me decepcionou.
A trama da expansão se passa em
paralelo à narrativa principal e leva a heroína Aloy a uma nova área chamada de
"O Corte". Situada ao norte do mapa e consistindo de um ermo gelado
habitado pela tribo nômade dos Banuk, com quem Aloy encontrou brevemente no
jogo-base. Os Banuk estão sendo massacrados por uma entidade autodenominada
Daemon que está controlando as máquinas da região e tornando-as mais poderosas
e perigosas. A trama se debruça um pouco sobre o funcionamento das religiões no
universo de Horizon e qual o papel e
importância da crença neste universo hostil.
O novo mapa é um ermo gelado
tomado por neve, tempestades que prejudicam a visibilidade, águas congeladas e
lagos multicoloridos. A qualidade gráfica do jogo original se mantém e O Corte
oferece paisagens igualmente belas e desoladoras. A física que governa a neve e
o modo como ela interage com os corpos dos personagens é bem realista e é quase
possível sentir o peso dela quando vemos e ouvimos Aloy pisar sobre a neve fofa
e profunda.
A nova área traz consigo novos
desafios. As máquinas controladas pelo Daemon são provavelmente mais poderosas
e desafiadoras que boa parte das criaturas encontradas durante a campanha
principal e além de versões mais poderosas de inimigos já conhecidos, a
expansão também apresenta novas criaturas. O Incenerante, por exemplo, é
extremamente veloz, tem amplo alcance com suas habilidades de fogo e ainda por
cima é capaz de escalar diferentes superfícies tal qual a própria Aloy,
tornando praticamente impossível escapar dele quando a protagonista é
detectada. As torres são outro novo obstáculo, regenerando a energia das
máquinas hostis e aumentando seu dano ao mesmo tempo que deixam atordoadas as
máquinas sob o controle de Aloy, deixando a personagem em grande desvantagem.
Para evitar seus efeitos é necessário destruí-las, dominá-las ou afastar seus
inimigos de seu raio de ação.
Para enfrentar os novos desafios
o nível máximo de Aloy é aumentado de 50 para 60 e ela recebe uma nova árvore
de habilidades chamada "Viajante". A maioria das novas habilidades
oferece conveniências como coletar itens sem precisar saltar da montaria,
consertar máquinas sob seu domínio e também realizar alguns novos ataques
quando montada em alguma criatura. A protagonista também recebe a capacidade de
instalar mods em sua lança tornando-a mais poderosa ou adicionando alguns
efeitos adicionais, além de ter acesso a algumas novas armas dos Banuk como o
Lança-Raios, que dispara virotes carregados de eletricidade.
Com um conteúdo que oferece cerca
de 15 horas de jogabilidade, Horizon Zero
Dawn: The Frozen Wilds é uma expansão bastante competente, que amplia a
mitologia de seu universo, acrescenta novas mecânicas e desafios e aprofunda o
que conhecemos de sua protagonista. Assim como as duas expansões de The Witcher 3, feito pela CD Projekt
Red, a Guerrilla Games também mostra como é que se faz DLC.
Nota: 9/10
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