Guerras Territoriais, segundo DLC do excelente Marvel’s Spider-Man, continua mais ou menos do ponto em que O Assalto parou. O gângster Cabeça de
Martelo (Hammerhead) ampliou ainda mais seu poder e influência entre os
criminosos da cidade, iniciando um reino de terror por Nova Iorque. Cabe ao
Homem-Aranha, com a ajuda da capitã Yuri Watanabe, deter o criminoso.
Preciso admitir que me surpreendi
pelos caminhos sombrios que a narrativa me levou, explorando a elevação das
tensões depois que um esquadrão da capitã Watanabe é assassinado pelo Cabeça de
Martelo e a policial para em uma sangrenta e desesperada busca por vingança.
Durante a campanha principal Yuri era basicamente um veículo de diálogos expositivos
e “fornecedora de missões”, mas aqui ela ganha bastante nuance conforme é
afetada pelas consequências brutais do seu duelo com a máfia e vai abandonando
seus valores em sua sanha vingativa.
A sensação de uma cidade presa em
um conflito entre criminosos é transmitida também pelos segmentos de combate,
que muitas vezes jogam o Homem-Aranha no meio de conflitos entre as facções.
Com isso, muitas lutas se dão com o herói acuado, no meio do fogo cruzado entre
uma enorme quantidade e variedade de inimigos. As lutas das missões da história
são bem desafiadoras e exigem que o jogador realmente domine as habilidades e gadgets do herói para sair vitorioso. O
desafio é aumentado pela adição de um novo tipo de inimigo que usa um escudo de
energia e jetpack de voo, além da
adição de alguns objetivos secundários que dão maior urgência, como ter que
desativar bombas enquanto luta ou impedir que os inimigos consigam deixar
reféns soterrados em cimento.
É uma pena, no entanto, que essa
nova expansão continue a não oferecer nenhuma novidade em termos de
habilidades, gadgets ou mods para o
uniforme. Há três novos uniformes a serem adquiridos, todos muito bacanas, mas
assim como aconteceu no primeiro DLC e diferente dos uniformes da campanha
principal, nenhum deles vem com poderes equipáveis adicionais.
Fora da história principal, o DLC
não tem muito mais novidade a oferecer. Os desafios da Screwball continuam a
soar como um filler desnecessário e
repetitivo, principalmente com a adição dos péssimos desafios de furtividade
nos quais há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que a tela fica poluída de
tanta informação e as novas mecânicas, como as luzes de detecção, são mais
frustrantes do que desafiadoras. Existem mais crimes aleatórios a serem
resolvidos, mas a maioria deles são atividades semelhantes aos do jogo base,
com a única nova atividade sendo a de escoltar testemunhas enquanto elas são
atacadas pela máfia, utilizando bem a mecânica de enfrentar inimigos em carros.
Assim como a primeira expansão, Guerras Territoriais envolve pela boa
narrativa que aprofunda os personagens e oferece um combate desafiador ainda
que não demonstre muito esforço em acrescentar novos elementos à experiência.
Nota: 7/10
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