Com todo final de ano e começo de um novo chega o momento de
fazer um balanço de tudo que passou. Como de costume, decido começar minha
retrospectiva pelos piores porque, bem, melhor dar as más notícias primeiro,
então aqui vão as piores coisas que lamentavelmente assisti e foram lançadas comercialmente no Brasil em 2018.
A nova versão do famoso fora da lei que rouba dos ricos e dá
aos pobres pega tudo que o personagem tinha de interessante, joga no lixo e
substitui por um arremedo tosco de filme de super-herói da DC como se fosse
escrito por Christopher Nolan e dirigido por Zack Snyder. O resultado é um
plágio safado dos dois primeiros Batmans do Nolan, com o visual monocromático
sisudo de Snyder, embalado por cenas de ação repletas de computação gráfica
pouco convincente.
Filme catástrofe que cai na besteira de se levar mais a
sério do que deveria, entregando personagens sem graça, atuações equivocadas e
visuais risíveis.
13) Lá Vem os Pais
Mais uma “comédia” do Adam Sandler cheia de piadas de gosto
duvidoso e arcos de personagem que se constroem em cima de clichês exagerados
Filme de dança lançado direto para vídeo que só ganhou
notoriedade no Brasil por conta das participações da cantora Anitta e da atriz Bruna
Marquezine. A participação das duas é mínima e talvez isso tenha sido melhor para
elas, já que a trama não faz muito sentido e as cenas de dança não encantam como
deveriam.
Filme de terror genérico e sem imaginação que sequer consegue
entregar mortes criativas ou tensas. A impressão é que só foi feito porque
alguém da produção tinha acesso a um parque de diversão e um acervo grande
fantasias sem pensar muito no restante.
10) Dívida Perigosa
Produção original da Netflix que coloca Jared Leto como um
homem que entra para a yakuza nos anos 50. A trama é inconsequente, mal
conseguindo estabelecer situações de conflito e o protagonista vivido por Leto
é vazio demais para despertar interesse.
9) Medo Viral
Terror que se propõe a falar sobre nossa relação com a
tecnologia, mas acaba se reduzindo a uma cópia tosca de A Hora do Pesadelo. A produção é tão vagabunda e sem recursos que a
maioria das mortes acontece fora de câmera e a narrativa sequer consegue
estabelecer a mitologia de sua criatura de uma maneira coerente.
A nova versão do clássico protagonizado por Charles Bronson
falha em tecer qualquer tipo de comentário consistente sobre vigilantismo ou
violência urbana, prejudicada ainda por uma performance desinteressada de Bruce
Willis e cenas de ação burocráticas.
Se alguém ainda tinha dúvidas que a modinha de distopias
adolescentes já não tinha mais lenha para queimar, Mentes Sombrias é a prova que faltava. Um combinado inane de todos
os clichês estabelecidos nos últimos anos por este tipo de narrativa, embalado
com por um universo ficcional que nunca soa coeso.
6) 22 Milhas
O filme se vende como um tenso suspense, mas na verdade é
uma bagunça histérica, barulhenta e mal montada que parece mais interessada em
agredir os sentidos do espectador do que contar uma história
William Friedkin dirigiu O
Exorcista, o mais seminal filme sobre exorcismo, então quando ele anunciou
que faria um documentário sobre um caso real de exorcismo, fiquei curioso para
ver o que o diretor faria. O resultado, no entanto, é algo indigno de seu
legado artístico. Um relato sensacionalista, exagerado e cheio de problemas
éticos de uma situação bastante delicada que mais parece um daqueles programas
toscos de investigação sobrenatural do Discovery do que algo feito por um
cineasta sério.
4) Perda Total
O título dessa comédia feita pela Netflix já diz tudo sobre
a experiência de assisti-lo. Uma coleção de imagens escatológicas preguiçosas e
protagonistas desagradáveis que não oferecem nada a ser apreciado.
O final da trilogia prometia um poderoso clímax, mas
entregou uma flácida broxada graças a sua trama inane e diálogos risíveis.
O filme joga a esmo todo tipo de subgênero de horror na
esperança desesperada de que alguma coisa funcione, mas o resultado é algo que
se julga mais esperto do que realmente é. Um torture porn sem personalidade que cheira à naftalina e parece ter
sido feito há uns dez anos atrás.
Suspense feito pela Netflix que se pretende à ambiguidade,
mas termina sendo vago e sem impacto. Uma trama que vai do nada ao lugar nenhum
ligada por sustos previsíveis e personagens que não dão vontade alguma de
torcer por eles.
Menções honrosas
E então? O que acharam da nossa lista? Aproveitem e contem pra gente quais foram os piores filmes que assistiram.
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