Na trama, as missões de agentes de inteligência de diferentes países se chocam quando elas percorrem o mundo para recuperar um drive que conteria um programa capaz de burlar qualquer segurança digital no mundo. Assim, Mace (Jessica Chastain), Marie (Diane Kruger), Khadijah (Lupita Nyongo) e Graciela (Penelope Cruz) se unem para combater a ameaça.
No papel parece uma ótima ideia, já que dificilmente um elenco desse renderia algo ruim. Na prática, no entanto, o resultado é genérico e sem personalidade. As agentes são uma coleção de clichês, como a espiã cínica e desencantada com o mundo ou aquela que ainda tem a esperança de ter uma vida normal. Não há nada digno de nota em nenhuma delas e nem mesmo os diálogos conseguem explorar de modo criativo ou espirituoso o choque entre as personalidades antagônicas da protagonista. Chastain e o resto do elenco principal até se esforçam para estabelecer alguma química entre elas, mas são limitadas pelo texto inane.
A condução do diretor Simon Kinberg, que também foi responsável pelo roteiro, peca por nunca ser capaz de imprimir um tom de urgência para a caçada global das protagonistas. O que deveria ser uma tensa corrida contra o tempo não chega a ter a energia e senso de movimento que se espera. Claro, o fato dos antagonistas serem um bando de mercenários e terroristas genéricos não ajuda, no entanto, era de se esperar que ao menos as cenas de ação fossem bacanas, o que não acontece. Tirando uma luta entre Mace e Marie no início, boa parte da ação se resume às convenções de câmera tremendo e montagem excessivamente picotada que impedem um senso de coesão espacial do movimento da ação, desperdiçando inclusive as habilidades marciais de atrizes como Fan Bingbing.
Desta maneira, apesar do elenco
estelar As Agentes 355 é uma
sonolenta aventura de espionagem por conta de um texto e uma direção sem
qualquer personalidade.
Nota: 4/10
Trailer
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