quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Crítica – Cuphead A Série: Terceira Temporada

 

Análise Crítica – Cuphead A Série: Terceira Temporada

Review – Cuphead A Série: Terceira Temporada
Assim como aconteceu nas duas temporadas anteriores, essa terceira temporada de Cuphead: A Série continua a alternar entre histórias mais isoladas, que se sustentam por si só, e tramas mais contínuas, que levam vários episódios para se desenvolver. Aqui, no entanto, a série parece ter atingido um equilíbrio melhor entre esses dois elementos.

A temporada começa no ponto em que a anterior parou, com o Diabo levando Caneco para o inferno depois que Xicrinho pegou o seu tridente. Agora Xicrinho precisa encontrar uma maneira de salvar o irmão. Logicamente a temporada tem outras histórias, mas constantemente volta a focar na rivalidade dos irmãos com o Diabo de uma maneira mais constante do que outras temporadas.

Provavelmente ciente de que seria lançada no final do ano, a temporada também tem uma boa dose de episódios natalinos. Um, por exemplo, gira em torno de Xicrinho tentar conseguir uma árvore de Natal para o Vovô Chaleira. Em outro o Diabo tenta conseguir um presente do Papai Noel, mas é obrigado a se redimir das maldades que cometeu para sair da lista dos malcriados.

Assim como em temporadas anteriores, a série continua encantando pela sua inventividade visual e pelo humor anárquico, normalmente girando em torno das travessuras de Xicrinho e Caneco infernizando as pessoas ao seu redor. São elementos típicos de curtas animados das décadas de 1930 e 1940 que a série continua a se apropriar com habilidade. É difícil não rir do puro nonsense de alguns episódios, como o que o Vovô Chaleira acidentalmente atropela o Diabo e o confunde com um gato, levando o tinhoso para casa e tratando-o como um animal de estimação, algo que o Diabo acaba apreciando, para o desespero de Xicrinho e Caneco.

O que chama atenção na nova temporada, no entanto, é o desenvolvimento dado à Cálice nos últimos episódios da temporada. A série nunca se preocupou em dar grandes arcos narrativos ou aprofundar a personalidade de seus personagens, preferindo mantê-los como caricaturas cômicas (e sendo bem sucedida nisso), mas aqui resolve dar um passado para a Cálice, nos fazendo entender de onde vem seu jeito oportunista e o motivo dela ter se tornado um fantasma.

A exploração da personagem acaba enriquecendo o confronto final dos irmãos com o Diabo e talvez sinalize que temporadas futuras possam aprofundar outros personagens. Falando em perspectivas do futuro, o final dessa temporada sinaliza alguns elementos narrativos mais próximos da trama do jogo, o que talvez indique que a série vá explorar mais de perto ou fazer sua própria versão da trama do game.

Mantendo o mesmo nível de humor e criatividade visual, a terceira temporada de Cuphead: A Série se eleva em relação às anteriores pelo desenvolvimento que dá a alguns personagens.

 

Nota: 8/10


Trailer


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