A trama é tão simples quanto nos games, Mario é um encanador do Brooklyn que cai por acidente em outro universo, o Reino dos Cogumelos. Lá ele se alia à princesa Peach para derrotar Bowser e resgatar Luigi, que foi capturado pelo vilão. O estúdio Illumination, responsável por Meu Malvado Favorito, conduz todo o filme com seu estilo de trama ágil, com muita coisa acontecendo, piadas sucessivas, mas superficial no modo como trata seus personagens.
A trama sugere certas coisas que nunca são plenamente exploradas, como a solidão de Peach em ser a única humana daquele universo ou o fato de Toad ser mais corajoso do que seus compatriotas sem tentar buscar a razão dessa motivação. A impressão é que todos esses personagens estão ali somente para dar contexto à ação e às piadas. Na verdade, o único personagem que se destaca é Bowser, conseguindo ser simultaneamente ameaçador e engraçado, muito por conta da voz de Jack Black. Aliás, esse é uma daquelas animações que a dublagem brasileira se sai melhor do que a original, já que exceto por Black o elenco em inglês é pouco inspirado com atores que parecem falar com suas vozes normais e não parecem interessados em construir personagens como Chris Pratt como Mario ou Seth Rogen como Donkey Kong.
Tudo bem que o humor é bem construído, rendendo sequências divertidas que exploram vários elementos dos games e há um claro senso de escala e encantamento pelo mundo mágico que a narrativa apresenta. Fica, no entanto, a impressão de que o filme arrisca pouco, se acomodando em apelar para nossa nostalgia pelos games e não fazendo nenhum esforço para ir além disso, como outras produções baseadas em games (a exemplo das já citadas Castlevania e Cuphead) fizeram bem.
Super Mario Bros: O Filme diverte pelo modo como dialoga com os
elementos dos games, mas se acomoda em seu apelo à nostalgia.
Nota: 6/10
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