domingo, 15 de junho de 2008

Rapsódias Revisitadas - Final Fantasy VII

Hoje revisitaremos um dos principais jogos de RPG da história, Final Fantasy VII, jogo que fez história do PSOne e que foi tão marcante que se fala até em um remake para PS3.


Lançado em 1997, Final Fantasy VII já começou quebrando paradigmas, foi o primeiro jogo de RPG lançado para PSOne e também foi o primeiro jogo do gênero a oferecer uma experiência de jogo totalmente tridimensional. A expectativa em torno de seu lançamento foi enorme e a Squaresoft(hoje Square-Enix) fez jus ao que todos os fãs esperavam.

O jogo tinha gráficos supreendentes para a época e trazia uma mecânica de jogo simples e eficiente onde todas as magias e habilidades eram utilizadas através de orbes multicoloridos chamados de materias, que eram alocados nas armas e equipamentos dos personagens, trazendo um alto nível de customização e oferecendo uma maior gama de possibilidades ao jogadores, que podiam construir e evoluir os personagens do modo que preferissem. Aliás, o equipamento também era bastante simplificado, consistindo apenas de três peças, ao contrário das seis que eram comuns em jogos do gênero. Em Final Fantasy VII haviam apenas a arma do personagem, o bracelete de defesa(que substituía as armaduras) e os acessórios. Depois disso, vários outros jogos também trouxeram equipamentos simplificados

Foi também em Final Fantasy VII que foram introduzidos os famosos golpes especiais, aqui chamados de Limit Breaks, que consistia em uma barra que se preenchia cada vez que o personagem sofria dano e quando estava totalmente cheia era possível liberar um ataque incrivelmente poderoso.

Os personagens são os mais carismáticos de toda a série(empatados com os do VI), é impossível não simpatizar com a jornada de Cloud e seus aliados, cada um deles tem seus medos, anseios e expectativas. O roteiro, por sinal, é um primor. Trazendo questionamentos sobre ética científica e totalitarismo corporativo sem nunca esquecer de aprofundar seus personagens. Cloud é um dos melhores personagens a aparecer em um jogo de videogame, ele não é um típico herói destemido e altruísta, ele hesita, questiona as próprias ações e inclusive falha. Cloud falha em salvar sua amada Aerith( uma lágrima escorreu por debaixo de meus óculos escuros nessa hora), ele falha em impedir que o vilão Sephiroth use uma poderosa magia poderosa para invocar um meteoro para colidir com o planeta. A cada falha acompanhamos a raiva que Cloud sente de seu protagonista aumentar, bem como seu medo em falhar novamente, a cada movimento seu vemos aquele monte de pixels adquirir uma humanidade nunca antes vista em games.

Talvez seja por isso que Final Fantasy VII seja lembrado até hoje, não é apenas um jogo que oferece diversão, o jogador também ri, chora e se emociona acompanhando a viagem de personagens tão ricos. Talvez seja por isso que a Square continue a retornar a esse jogo em animações e games para outras plataformas. Tire o pó de seu PSOne e revisite essa incrível rapsódia.

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