segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Crítica - Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba


O primeiro Uma Noite no Museu (2006) era, na melhor das hipóteses, um passatempo descartável, mas não tinha nada realmente digno de nota. Apesar disso, conseguiu faturar uma continuação, que era apenas uma repetição expandida do primeiro filme. De um modo ainda mais incompreensível chegamos a este terceiro filme que é basicamente o total esgotamento da fórmula iniciada no primeiro.

No filme, Larry (Ben Stiller) percebe que há algo errado com a relíquia que dá vida aos objetos do museu. Para salvar todos, ele precisa levar o príncipe Ahkmenrah (Rami Malek) e sua relíquia para o Museu Britânico, onde estão expostas as múmias de seus pais, os únicos que conhecem seus mistérios. Em meio a tudo isso, Larry precisa se reaproximar do filho (de novo), já que ele não parece estar disposto a entrar para uma faculdade.

Tentar preencher os 97 minutos de filme com apenas este fiapo de trama é talvez o problema principal do filme, já que tudo segue um ritmo morno, sem energia ou criatividade, faltando o clima de aventura dos outros dois. Os personagens são todos os mesmos dos dois filmes anteriores e repetem as mesmas piadas, o que parece uma decisão pra lá de preguiçosa se levarmos em consideração a mudança de cenário.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Crítica - Êxodo: Deuses e Reis


A história bíblica de Moisés e a fuga dos escravos hebreus do Egito já foi tema de vários filmes como Os Dez Mandamentos (1956) ou a animação O Príncipe do Egito (1998), agora o diretor Ridley Scott resolve apresentar a sua versão com este Êxodo: Deuses e Reis.

O filme começa com Moisés (Christian Bale) já adulto e um dos generais do faraó Seti (John Turturro) ao lado do irmão de criação e herdeiro do trono Ramsés (Joel Edgerton). Quando vai investigar o início de uma insurgência de escravos hebreus encontra o ancião Nun (Ben Kingsley) e descobre a verdade de sua origem. A revelação o faz ser exilado por Ramsés e em seu exílio encontra com Deus, apresentado aqui pela figura de um garoto chamado Malak (Isaac Andrews). Respondendo ao chamado divino, Moisés retorna para libertar seu povo.

Christian Bale traz aqui sua habitual competência como Moisés, apresentando-o como um homem cheio de dúvidas e incertezas que constantemente questiona sua fé e até mesmo os desígnios divinos. Seu Moisés não é um fanático religioso, tampouco um herói estóico e passivo que espera ordens divinas, mas um homem falho, que caminha entre a fé e a razão, dividido entre suas obrigações com a família e as com seu povo. Embora seu percurso seja o de uma tradicional jornada de herói, ao construí-lo como um homem complexo e cheio de contradições se torna mais fácil se relacionar com o personagem.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Crítica - Operação Big Hero

Análise Operação Big Hero

Review Operação Big HeroEm geral, narrativas voltadas para o público infantil apresentam algum tipo de construção moral ou ensinamento para preparar as crianças para a vida e ensiná-las algo sobre os problemas e desafios que irão encontrar. Por trás de sua fachada de super-heróis e aventura, o que esta animação Operação Big Hero fundamentalmente traz é uma narrativa sobre luto e como é difícil lidar com a perda de alguém próximo a nós, uma experiência que cedo ou tarde todos experimentam.

Na trama, Hiro Hamada é um garoto prodígio que passa seu tempo desenvolvendo robôs para lutar em competições, mas seu irmão Tadashi acha que ele poderia fazer algo mais construtivo com sua inteligência e o estimula a entrar para a universidade. Quando seu irmão morre em um suspeito incêndio no laboratório da universidade, Hiro precisará descobrir o que houve e lidar com sua perda, para isso terá ajuda do robô Baymax. Criado por seu irmão como uma espécie de robô médico, o rechonchudo construto se devota a ajudar Hiro a superar seu trauma, mesmo que isso implique em enfrentar a figura sinistra que está por trás de tudo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Crítica - O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos


Quando falei sobre os dois filmes anteriores desta nova trilogia, sempre mencionei o quanto eles eram inchados, cheios de subtramas desnecessárias e ritmo arrastado. Este O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos poderia fazer valer todos os excessos anteriores ao entregar um clímax que os justificasse, no entanto, apenas consolida a ideia de que a modesta e simples aventura escrita por J.R.R Tolkien não precisava ser estendida ao longo de três filmes.

O filme começa exatamente onde A Desolação de Smaug terminou, com o poderoso dragão dirigindo-se à Cidade do Lago. Após a batalha, os moradores da cidade, liderados por Bard (Luke Evans), decidem pedir a parte que lhes cabe do tesouro da montanha para reconstruírem a cidade. No entanto, Thorin (Richard Armitage) foi completamente consumido por sua cobiça e se recusa a negociar. Além dos humanos, o rei elfo Thranduil (Lee Pace) também se aproxima da montanha para recuperar um antigo tesouro. Para piorar, o exército de orcs liderados por Azog (Manu Bennet) se aproxima da montanha, pronto para cercar humanos, elfos e anões para eliminá-los de uma vez.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Crítica - Quero Matar Meu Chefe 2


O primeiro Quero Matar Meu Chefe (2011) era um filme cheio de problemas, mas conseguiu conquistar o público principalmente por causa do apelo cômico dos vilões que eram boas caricaturas dos piores tipos possíveis de chefes. Assim, é decepcionante constatar que este Quero Matar Meu Chefe 2 precise se apoiar tanto no original repetindo praticamente a mesma trama e as mesmas piadas, além de cometer os mesmos erros.

Na trama, Nick (Jason Bateman), Kurt (Jason Sudeikis) e Dale (Charlie Day) decidem abrir um negócio juntos e serem seus próprios chefes, mas seus problemas quando o inescrupuloso executivo de uma rede varejista (Christoph Waltz) os passa a perna e os deixa à beira da falência. Desesperados para não perderem tudo, decidem sequestrar Rex (Chris Pine), filho do executivo, para recuperarem seu dinheiro. O que eles não esperavam é que o próprio Rex estaria disposto a colaborar com o plano apenas para se vingar de seu pai.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Crítica - Elsa e Fred

Análise Elsa e Fred

Review Elsa e Fred
As comédias românticas são um gênero constantemente produzido pelo cinema hollywoodiano, mas são poucas as que abordam relacionamentos entre pessoas idosas como faz este Elsa e Fred (remake do filme argentino Elsa y Fred de 2005, que não vi), apenas Alguém Tem Que Ceder (2003) me vem a cabeça quando penso em um filme com essas características. Assim sendo, é uma pena que algo com tanto potencial para tratar da redescoberta do amor na terceira idade descambe em um produto tão banal.

Na trama, Elsa (Shirley MacLaine) é uma senhora que mora sozinha e que se vê atraída por seu novo vizinho, o recém viúvo Fred (Christopher Plummer). Aos poucos ela tenta se aproximar dele e, bem, sabemos o que acontece daí para frente.

Esse é o principal problema do filme, tudo é excessivamente previsível e clichê, nos permitindo antever cada virada na trama e boa parte dos diálogos. É a típica história da mulher alegre e expansiva conquistando e amolecendo o coração de um homem turrão e rígido. Já vimos isso diversas vezes e Elsa e Fred não faz nenhum esforço para nos oferecer nada diferente.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Crítica - Interestelar

Análise Interestelar

Review InterestelarÉ difícil não olhar para este Interestelar de Christopher Nolan e não pensar em 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, pela jornada grandiosa de exploração espacial que ambos trazem, muitos irão usar o clássico de Kubrick como medida de comparação com este filme, mas tentarei não cair nessas comparações. Cada um deles usa o tema das viagens espaciais sob olhares diferentes e com propósitos diferentes, mas, ainda assim, tocam em questões semelhantes como a capacidade humana de superar barreiras e o nosso ímpeto em rumar ao desconhecido em busca de algo melhor, seja conhecimento ou uma nova morada.

A trama se passa num futuro no qual a atmosfera da Terra vai aos poucos tornando o planeta inabitável para os humanos e prejudicando a produção de alimento. Para evitar a extinção, a única solução possível parece ser a colonização de outros planetas que possuam condições favoráveis à nossa existência. Para isso, o piloto Cooper (Matthew McConaughey) e uma equipe de cientistas liderada pela doutora Brand (Anne Hathaway) é designada para viajar através de um buraco de minhoca (ou wormhole) para poder chegar a uma galáxia que possua planetas habitáveis.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Crítica - Tim Maia


As cinebiografias de músicos tem sido um formato bastante explorado pelo cinema comercial brasileiro e é fácil entender os motivos. De um lado temos o apelo popular de suas canções que serve para chamar a atenção da audiência e de outro temos a curiosidade de público em saber mais sobre os bastidores da vida dessas celebridades. Baseado no best-seller escrito por Nelson Motta, este Tim Maia talvez seja o melhor dentre este recente ciclo de cinebiografias.

Ao longo do filme acompanhamos a trajetória do cantor e compositor Tim Maia (Robson Nunes e Babu Santana) de seus primeiros esforços para formar um conjunto musical ainda na juventude, passando por sua ascensão ao sucesso e os problemas de seus últimos anos. É uma narrativa bem tradicional e comum para esse tipo de filme, mostrando os anos de formação, a chegada do sucesso, os amores e a decadência, mas a trajetória de Maia é tão repleta de eventos pitorescos e sua personalidade é tão singular que até ignoramos o fato de que estamos diante de uma estrutura narrativa tão padronizada.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Crítica - Relatos Selvagens

Análise Relatos Selvagens

Review Relatos SelvagensApesar de todos os mecanismos estatais e jurídicos para que mantenhamos nossa civilidade em relação uns aos outros, os seres humanos são animais. Animais capazes de racionalizar suas ações, é verdade, mas ainda assim animais. Isso implica que também somos governados pelos mesmos impulsos primitivos presentes em outros animais, que somos capazes da mesma selvageria e brutalidade que qualquer predador irracional. É justamente sobre esse lado sombrio do ser humano que irá se debruçar o argentino Relatos Selvagens.

O filme nos apresenta uma coletânea de histórias curtas que abordam situações nas quais cidadãos comuns se engajam em atos de agressividade, violência e vingança, nos mostrando as cruéis consequências desses atos. Não irei dar muitos detelhes das histórias para não estragar a experiência, mas curtas nos revelam como cidadãos comuns são capazes de cometer atrocidades e como facilmente abandonamos nossos princípios morais e cívicos quando nos sentimos acuados, intimidados ou que estamos numa situação sem saída.

Crítica - A Pelada



Apesar de todos os avanços e todas as liberdades que temos hoje para falar abertamente sobre os mais diversos temas, sexo ainda é um tabu em boa parte da nossa sociedade. Quando uma mulher demonstra interesse em se engajar em práticas sexuais pouco usais, isso torna-se ainda mais tabu. Afinal, vivemos em uma sociedade patriarcal na qual a admissão de uma mulher em querer experimentar algo como sexo a três imediatamente a renderia adjetivos negativos como “vadia” e “piranha”, enquanto que se um homem expressa essa mesma intenção isso reforçará a sua “macheza” e virilidade. É justamente sobre essa discrepância de tratamentos que a comédia A Pelada irá abordar. A tentativa de romper tabus e buscar algo novo, não é exatamente um tema inédito, muitas comédias americanas, brasileiras (como o segundo longa de Os Normais) ou argentinas (como Dois Mais Dois), mas se não reinventa a roda, A Pelada pelo menos é competente no que faz.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Crítica - Festa no Céu


A história é quase tão velha quanto a própria existência de nossa tradição narrativa, dois amigos de infância tornam-se rivais na disputa pelo afeto de uma bela e virtuosa mulher e esta disputa torna-se um conto épico de amor e ciúme. Bem, a animação Festa no Céu segue isso direitinho e não reinventa a roda mas é tão carismático e criativo visualmente que acaba funcionando.

A narrativa começa quando La Muerte (Kate Del Castillo) e Xibalba (Ron Perlman) os responsáveis pelo mundo dos mortos decidem fazer uma aposta que decidirá quem cuidará da Terra dos Lembrados, onde ficam os espíritos lembrados pelos vivos passando a eternidade em festa, e a Terra dos Esquecidos, uma terra erma na qual vagam as almas esquecidas. A aposta reside em quem conquistará o coração da bela Maria (Zoe Saldana), o romântico músico Manolo (Diego Luna) ou o valente soldado Joaquin (Channing Tatum). Cada uma das divindades escolhe um deles como “campeão” e a partir daí acompanharemos as tentativas dos dois em conquistarem a jovem enquanto o astuto Xibalba tenta intervir para que a aposta transcorra em seu favor.

Crítica - O Juiz


Foi inesperado ver o nome do diretor David Dobkin, famoso por comédias como Penetras Bons de Bico (2005) e Eu Queria Ter Sua Vida (2011) assumir o comando deste drama familiar e jurídico O Juiz. Não que um realizador acostumado a comédias não possa ser competente em dramas, temos o exemplo de James L. Brooks que saiu de sua zona de conforto cômica para dirigir Laços de Ternura (1983), mas é uma movimentação pouco usual. Dobkin, no entanto, não é Brooks e aqui o resultado é uma mão pesada para o melodrama e uma série de excessos e clichês que só não termina em desastre por causa de seu elenco.

Na trama, Hank (Robert Downey Jr) é um rico advogado famoso por tirar pessoas culpadas da cadeia. Quando recebe a notícia do falecimento de sua mãe, se vê compelido a retornar à sua pequena cidade natal no interior dos Estados Unidos. O retorno reabre antigas mágoas e feridas com seu pai, Joseph (Robert Duvall), um rígido juiz. As coisas se complicam quando Joseph é acusado de atropelar um homem e Hank precisa se reaproximar do pai, mesmo contra sua vontade, para tirá-lo da cadeia.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Crítica - O Homem Mais Procurado



Hollywood tem feito vários filmes nos quais questiona a capacidade dos serviços de inteligência em verdadeiramente serem capazes de manterem a vigilância e segurança de seus países. Os irmãos Coen trataram isso de forma escrachada no ótimo Queime Depois de Ler (2008), e a recente versão de O Espião que Sabia Demais mostra como eles estão tão mergulhados em burocracia e disputas internas por cargos e prestígio. Este O Homem Mais Procurado, adaptação do romance de John Le Carré (que também escreveu O Jardineiro Fiel e outros romances de espionagem que foram transformados em filmes), também irá tratar como espiões estão mais preocupados com suas carreiras e com movimentos a curto prazo ao invés de verdadeiramente coletar informações sobre os inimigos do Estado.

A trama é centrada em Gunther (Philip Seymour Hoffman, em um de seus últimos trabalhos), um oficial da inteligência alemã que recebe a tarefa de encontrar Issa (Grigoriy Dobrygin) um muçulmano checheno que entrou ilegalmente na Alemanha a procura do banqueiro Tommy (Willem Dafoe) e que aparentemente possui laços com organizações terroristas. Enquanto seus superiores o pressionam para efetuar a prisão imediatamente, Gunther prefere esperar para ver se Issa é realmente terrorista e se ele pode leva-los a alvos mais importantes ou suas fontes de financiamento. O espião alemão encontra ajuda na agente americana Martha (Robin Wright) que tentará ajudá-lo a ganhar tempo para investigar o suspeito mais a fundo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Crítica - Annabelle

Análise Crítica - Annabelle


Review - Annabelle
Invocação do Mal (2013) foi um dos filmes de terror mais eficientes que vi nos últimos anos. Sucesso de público e de crítica, era difícil imaginar que não tentariam fazer mais um filme sobre aquele universo e não foi uma surpresa quando anunciaram este Annabelle, prelúdio que trata da boneca demoníaca do filme original. O problema é que continuações de terror raramente são tão boas quanto o original e lamentavelmente este filme não é uma exceção à regra.


A trama se passa nos anos 70 e foca no casal Mia (Annabelle Wallis) e John (Ward Horton) que está prestes a ter sua primeira filha. A vida do casal muda quando sua casa é invadida por cultistas que tentam matá-los para realizar algum tipo de ritual. A polícia chega a tempo e salva os dois, mas uma das cultistas se tranca no quarto e comete suicídio enquanto segura uma das bonecas da coleção de Mia nos braços. A partir de então o casal e sua filha recém-nascida passam a experimentar uma série de ocorrências sobrenaturais que parecem ligadas à boneca.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Crítica - A Bela e a Fera


É fácil entender o fascínio que os contos de fada exercem. Por trás de sua fachada fantástica e escapista encontramos abordagens para temas universais como o preconceito em relação ao que é diferente ou a ganância que há no coração do ser humano. Assim sendo, não é surpresa que esta história esteja recebendo uma nova versão pelas mãos do diretor francês Christophe Gans.

A trama se aproxima bastante do clássico conto de fadas francês. Na história Bela (Lea Seydux) é a filha caçula de rico mercador, mas quando sua família fica endividada são obrigados a morar em uma pequena casa de campo. Um dia seu pai se perde e encontra por acaso um opulento castelo. Lá ele se alimenta e se abriga do frio, na saída decide pegar uma rosa do jardim para levar para sua filha mais nova. Entretanto é surpreendido pela Fera (Vincent Cassel), o bestial dono do castelo. A criatura lhe diz que as rosas são aquilo que tem de mais precioso e que precisará de sua vida em troca da flor que roubara. Ao saber da situação do pai, Bela se oferece para ficar no castelo em seu lugar, assim passará a viver sob as regras da criatura enquanto tenta entender o mistério que rodeia a Fera e seus motivos para mantê-la lá.

Crítica - O Protetor

Análise Crítica - O Protetor

Review - O Protetor
Baseado na série televisiva dos anos 80 The Equalizer este O Protetor coloca Denzel Washington como Robert McCall, um ex-agente da CIA que tenta levar uma vida pacata depois de abandonar a agência. Trabalhando como estoquista em uma loja de equipamentos domésticos, McCall tenta manter seu passado escondido, mas quando vê a jovem Teri (Chloe Moretz) sendo explorada como prostituta por um grupo de mafiosos russos, ele decide usar todas as suas habilidades para ajudá-la. Suas ações chamam a atenção dos chefes da máfia, que despacham o mercenário Teddy (Marton Csokas) para dar conta dele.


A premissa parece derivativa demais, já que a ideia de um superagente aposentado obrigado a voltar a ativa para ajudar alguém próximo já foi utilizada à exaustão, só recentemente já vimos isso nas séries Busca Implacável (2008), Carga Explosiva (2002) e o próprio Denzel já tinha vivido um tipo parecido no horrendo Chamas da Vingança (2004).

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Crítica - Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário



Quando foi anunciado que esta animação em computação gráfica que celebraria os 40 anos de carreira do Masami Kurumada converteria em longa-metragem todo o arco do Santuário do anime, a desconfiança tomou os fãs. Afinal a saga do Santuário é uma das mais longas da animação, tomando cerca de oitenta episódios, transformar tudo isso em um filme de 100 minutos, mantendo o espírito da história e sendo fiel aos personagens parecia quase impossível. Felizmente o esforço, consegue sim ser digno do legado dos Cavaleiros do Zodíaco.

Na trama, a jovem Saori Kido é a reencarnação da deusa grega Athena, encarregada de proteger a Terra das forças do mal com a ajuda de guerreiros poderosos chamados cavaleiros do zodíaco. Quando o Mestre do Santuário a toma por impostora, apenas o jovem Seiya e mais alguns jovens cavaleiros ficam ao seu lado para protegê-la. Juntos precisarão atravessar os perigos do Santuário para deter o Grande Mestre.

Crítica - Winter: O Golfinho 2


Primeiro preciso deixar claro que não vi o primeiro Winter: O Golfinho, então tudo que direi aqui é sob os olhos de um neófito neste universo que não conhece os fatos que se desdobraram no primeiro filme.

Baseada em fatos reais, a trama é centrada no jovem Sawyer (Nathan Gamble), que trabalha de voluntário em um aquário em Miami cuidando de Winter, uma golfinho com problemas na espinha e sem a nadadeira traseira que precisa de uma prótese para nadar igual aos demais golfinhos. Quando a outra fêmea que divide o espaço com Winter morre de velhice, Winter passa a agir de modo retraído e agressivo, o gestor do aquário, o Dr. Clay (Harry Connick Jr), é notificado pelas autoridades que não poderá manter o animal sozinho e caso não haja outra fêmea para conviver com Winter, ela terá de ser transferida para outra instalação.

O filme acerta em não romantizar demais a relação entre homem e animal, lembrando o tempo todo que golfinhos são animais selvagens e carnívoros que, caso hajam de modo hostil, não devem ser subestimados ou tratados de forma leviana. Também acerta na sua construção sobre o papel e a função do aquário, que não deve ser uma espécie de parque aquático com animais sendo explorados para diversão, mas um local de estudos desses animais, voltado para a reabilitação e cura dos animais, devolvendo-os à natureza assim que estiverem curados. Inclusive há uma tentativa de construir conflito entre Clay e seus investidores, já que o veterinário quer devolver os animais curados à natureza o mais rápido possível, mantendo só aqueles incapazes de sobreviver sozinhos, enquanto os investidores querem também manter os animais saudáveis e explorá-los como atrações para arrecadar mais e expandir o aquário.

Crítica - Rio, Eu Te Amo



Parte do projeto Cities of Love e filme-irmão de Paris, Te Amo (2006) e Nova York, Eu Te Amo (2008), este Rio, Eu Te Amo, possui o mesmo formato que os outros filmes-cidade. É basicamente uma coletânea de histórias curtas sobre a cidade e as pessoas que nela vivem. Entrei na sala de cinema empolgado e relativamente esperançoso, já que gosto muito de Paris, Te Amo (não vi Nova York) e esta contraparte carioca poderia render algo muito interessante. Foi triste, portanto, constatar que o filme se revele um produto tão problemático e raso.

O primeiro problema talvez seja a tentativa de juntar todas as histórias sob um arco maior, o da professora de inglês (Cláudia Abreu) e o taxista (Michel Melamed), que serve para interligar os demais ao invés de apresentar cada segmento como uma história isolada com começo meio e fim. Colocar os personagens de diferentes segmentos para se encontrarem normalmente exige um número enorme de coincidências e encontros fortuitos e é preciso uma certa dose de boa vontade para comprar esses encontros. Mas esta é uma questão secundária, já que o principal problema é que essas interações não servem para nada, não avançam ou aprofundam nenhuma das histórias ou personagens, sendo uma ginástica narrativa inútil. Quando o filme chega ao final, ficamos a sensação que todos esses encontros, bem como essa narrativa envolvendo o reencontro da professora e o taxista, são tão superficiais que poderiam ter sido suprimidos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Crítica - Anjos da Lei 2



O primeiro Anjos da Lei (2012) foi uma grata surpresa com seu humor abestalhado e autoconsciente. Claro, o tom de comédia rasgada é diferente da série original que se levava mais a sério, mas funcionava e permitia que o filme se sustentasse por seus próprios méritos ao invés de viver à sombra do material original como uma mera reprodução sem brilho da série em que se baseia. Ainda assim, havia um certo temor por esta sequência que poderia não ter a mesma energia e falta de noção do primeiro. Ainda bem que este não é o caso e Anjos da Lei 2 é tão imbecil e divertido quanto o primeiro.

A trama coloca os policiais Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill) em mais uma operação infiltrados para tentar prender traficantes de drogas e impedir que mais uma nova droga sintética se espalhe, mas desta vez não será numa escola, mas em uma faculdade. No ambiente de festas e farra da universidade, Jenko acaba tendo mais facilidade de fazer amizades, enquanto que Schmidt é deixado de lado, colocando a amizade dos dois em xeque mais uma vez.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Crítica - No Olho do Tornado



É impressionante como filmes de terror e filmes catástrofe vem produzindo tantos filmes no estilo de falso documentário. Por um lado há a facilidade de produção e o baixo custo e baixo custo diminui os riscos financeiros já que qualquer trocado feito torna-se lucro. Por outro, não há realmente muito mais o que fazer com essa mescla entre o terror/catástrofe e o found footage, tanto que os melhores produtos feitos nesse formato foram em outros gêneros, como Marcados Para Morrer (2012) ou Poder Sem Limites (2012). Enquanto isso, no que se refere ao terror ou catástrofe, porcarias como Apollo 18 (2011), Filha do Mal (2012) e praticamente todos os Atividade Paranormal utilizam o formato para mascarar sua falta de recursos financeiros e narrativos na tentativa de fazer o público deixar de perceber que aquilo que vê é apenas um engodo mal escrito, mal dirigido e mal atuado. Lamentavelmente este No Olho do Tornado é apenas mais um destes engodos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Crítica - Os Mercenários 3

Resenha Os Mercenários 3


Análise Os Mercenários 3
Muitos irão dizer que este Os Mercenários 3 é um filme ruim. A questão é que o produtor e astro de ação Sylvester Stallone realmente queria fazer um filme ruim. Diferente dos filmes de sujeitos como Michael Bay, que conduzem suas bobagens como se estivessem fazendo verdadeiros épicos, Stallone e sua turma entendem que este não é o tipo de filme que deve se levar a sério e tudo nele é autoconsciente da própria tosqueira e completo descompromisso com verossimilhança. Deste modo, é bem difícil dizer que o filme falha em alcançar suas ambições.
Na trama, o grupo liderado por Barney Ross (Sylvester Stallone) acaba de tirar da cadeia o mercenário Doc (Wesley Snipes) para auxiliá-los a parar um poderoso traficante de armas. O que ninguém sabia é que o traficante era Conrad Stonebanks (Mel Gibson), um antigo aliado de Ross que ele acreditava estar morto. Quando Stonebanks fere gravemente um dos membros do grupo de Ross, ele percebe que seu grupo de mercenários pode estar ficando velho demais para este trabalho e decide formar uma nova equipe de jovens mercenários para deter Stonebanks. Logicamente, os novatos são capturados e Ross precisa recorrer aos seus tradicionais aliados, bem como seu rival Trench (Arnold Schwarzenegger), o falastrão Galgo (Antonio Banderas) e o espião Drummer (Harrison Ford), para deter o vilão.

Crítica - Sex Tape: Perdido na Nuvem

Análise Crítica - Sex Tape: Perdido na Nuvem


Review - Sex Tape: Perdido na Nuvem
Depois de assistir o arrastado e entediante Mulheres ao Ataque imaginei que a atriz Cameron Diaz não conseguiria fazer outro filme tão equivocado tão cedo e assim entrei na sala de cinema para ver este filme esperando algo menos intragável. Infelizmente eu estava enganado e este Sex Tape: Perdido na Nuvem consegue ser ainda pior que a comédia anteriormente citada.

Na trama, Jay (Jason Segel) e Annie (Cameron Diaz) são um casal com dois filhos cujo relacionamento caiu na rotina e sente falta do sexo desenfreado de sua época de namoro. Com o objetivo movimentar mais as coisas, eles decidem fazer um vídeo de sexo, mas Jay se esquece de apagar o vídeo de seu tablet e depois descobre que ele ainda está sincronizado com alguns tablets antigos que deu de presente a amigos e conhecidos. Temendo que as pessoas vejam seu vídeo, Jay e Annie correm para reaver os aparelhos antes os vídeos se espalhem.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Crítica - Amantes Eternos

Análise Amantes Eternos

Review Amantes EternosA morte é algo que desperta temor em muitas pessoas, por isso a ideia de poder escapar dela e ser capaz de viver para sempre soa tão apetecível. Mas será que ter uma eternidade nas mãos seria realmente tão bom assim? Mesmo tendo a pessoa amada conosco, o que faríamos com tanto tempo nas mãos e a certeza de que este tempo nunca se esgotaria? É exatamente sobre o tédio da eternidade que trata este Amantes Eternos, novo filme do diretor Jim Jarmusch.

A trama é centrada no casal de vampiros Adam (Tom Hiddleston) e Eve (Tilda Swinton) que se casaram há séculos e, apesar do afeto que sentem um pelo outro, moram separados há aparentemente algum tempo.  Ele mora em Detroit nos Estados Unidos e passa seus dias compondo música e ela vive em Tanger no Marrocos e é bastante devotada à leitura. Quando Adam demonstra estar deprimido e cansado de sua eternidade vazia, Eve decide ir até Detroit passar um pouco de tempo com ele e tentar entender o que aflige o amado.

Crítica - As Tartarugas Ninja

Review As Tartarugas NinjaCom o anúncio de que o execrável Michael Bay produziria uma nova versão das Tartarugas Ninja para os cinemas e que esta seria dirigida pelo medíocre Jonathan Liebsman (dos horrendos Fúria de Titãs 2 e Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles), fãs ficaram temerosos que seu amado universo fosse ser destruído por esses dois “talentos”. A verdade é que embora não seja o completo desastre que se imaginava que seria, o filme ainda tem uma grande parcela de problemas.

Na trama, April O’Neal (Megan Fox) é uma jovem repórter que quer ser levada a sério na emissora em que trabalha. Quando um grupo criminoso chamado Clã do Pé começa a aterrorizar a cidade, ela resolve investigar os crimes para tentar subir na carreira, mas acaba topando com as quatro tartarugas mutantes ninjas Leonardo (voz de Johnny Knoxville), Michelangelo (Noel Fischer), Donatello (Jeremy Howard) e Raphael (Alan Ritchson). Os quelônios passaram a vida nos esgotos, sendo treinados por Splinter (voz de Tony Shalhoub) e fazem April se lembrar de coisas esquecidas de sua infância, em especial o trabalho científico de seu falecido pai para o bilionário industrial Eric Sacks (William Fichtner) que podem ter ligação com as tartarugas.

Crítica - Lucy





O diretor e roteirista Luc Besson é famoso pelos seus filmes de ação intensa estrelados por personagens femininas fortes e marcantes como a versão original de La Femme Nikita (1990) e O Quinto Elemento (1997). Este Lucy seria seu retorno a este universo que o consagrou, mas infelizmente fica aquém do esperado.

A história é centrada em Lucy (Scarlett Johansson), uma jovem aspirante a atriz que vive em Taiwan que se envolve por acidente com mafiosos locais e é obrigada pelo cruel Sr. Jang (Choi Min-Sik) a transportar um pacote de drogas em seu corpo. Quando o pacote arrebenta e a substância vaza em seu corpo, Lucy descobre que ela a tornou mais inteligente e ampliou seu potencial mental. A jovem então busca a ajuda do cientista Norman (Morgan Freeman) para que entender o que deve fazer com toda a sua habilidade antes que ela perca o controle sobre seus recém-adquiridos poderes.