Em meu texto sobre Alemão comentei como o cinema brasileiro
vem tentado emplacar comercialmente outros gêneros além das comédias. O
resultado nem sempre é satisfatório (como o próprio Alemão), mas pelo menos é bom ver que nossa produção está se
expandindo para outros campos. Confia em
Mim é mais uma tentativa de realizar um suspense, embora, infelizmente,
ainda não consiga fazê-lo com competência.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Crítica - Confia em Mim
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Crítica - Getúlio
Getúlio Vargas é uma das mais
controversas e icônicas figuras da política brasileira e é de se esperar que
alguém assim acabe ganhando uma cinebiografia. Ao mesmo tempo, há o temor de
que apenas duas horas de filme sejam um período muito curto para condensar
alguém que projeta reações tão diversas no imaginário popular. Assim sendo, é
inicialmente acertada a decisão deste Getúlio
em exibir um recorte bastante breve de sua vida, situando-se em seus últimos
dias, embora mesmo neste breve período, não chegue a traçar um retrato muito
profundo do personagem.
A trama se inicia a partir da
fracassada tentativa de assassinato ao jornalista Carlos Lacerda (Alexandre
Borges), principal opositor de Vargas (Tony Ramos), que acaba vitimando um
major da força aérea brasileira. A partir daí acompanhamos aqueles que seriam
os últimos dias do então presidente do Brasil, enquanto as desconfianças e
tensões aumentam ao seu redor, pedindo sua renúncia ou seu afastamento,
levando-o enfim ao suicídio.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Crítica - Rio 2
O primeiro Rio (2011) era uma aventura carismática que chamava atenção pela
sua criatividade e energia, em especial nos seus números musicais e canções que
misturavam diversos ritmos e referências. Sua continuação, embora não chegue a
elevar o nível do original, consegue ser bem divertida e vibrante.
Na trama, os ornitólogos Túlio
(Rodrigo Santoro) e Linda (Leslie Mann) estão explorando a floresta amazônica
em busca de outras aves raras quando acidentalmente encontram outras ararinhas
azuis. Blu (Jesse Eisenberg) e Jade (Anne Hathaway), devidamente acompanhados
por seus filhos, resolvem então empreender uma jornada até a Amazônia para
descobrir se há outros remanescentes de sua espécie além deles. Enquanto isso,
a tentativa e Túlio e Linda de criar um santuário de aves na floresta chama a
atenção dos criminosos que exploram ilegalmente a madeira da floresta, ao mesmo
tempo em que Blu e seus amigos se reencontram com seu antigo inimigo, a cacatua
Nigel (Jemaine Clement).
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 27 de maio de 2014
Crítica - Mulheres ao Ataque
Com um trailer que praticamente
entregava todo o desenrolar do filme e provavelmente as melhores piadas, este Mulheres ao Ataque não indicava ser
grande coisa além de uma comédia requentada sobre a interminável “guerra dos
sexos”. Lamentavelmente, o filme é exatamente isso, uma reprodução pouco
inspirada de filmes como O Clube das
Desquitadas (1996) e As Bruxas de
Eastwick (1987), sem nada que o diferencie de tantas outras comédias já
feitas sobre o tema.
Na trama, Carly (Cameron Diaz) é
uma implacável advogada que recentemente conheceu Mark (Nicolaj Coster-Waldau),
que tem tudo para ser o homem de seus sonhos. Entretanto, Carly descobre que
seu galã já é casado com a frágil Kate (Leslie Mann), que, sem amigos, acaba se
apoiando na advogada para tentar descobrir o que fazer com sua vida após
descobrir a traição do marido. As duas ainda descobrem uma terceira amante, a
jovem Amber (Kate Upton), e finalmente decidem arrumar um jeito de se vingar de
Mark por tê-las enganado.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Godzilla
Depois do pavoroso remake
dirigido por Roland Emmerich em 1998, não fiquei muito animado com a notícia de
que teríamos uma nova versão americana para o famoso monstro japonês Godzilla,
principalmente depois de depositar bastante expectativa em outro filme de
monstros gigantes, Círculo de Fogo
(2013), e sair decepcionado da sala de cinema. Este Godzilla se sai um pouco melhor, mas repete alguns problemas que o
filme de robôs e monstros do Guillermo del Toro.
Na trama, o soldado Ford (Aaron
Taylor-Johnson) precisa ir até o Japão para ajudar o pai, Joe (Bryan Cranston),
que foi preso depois de invadir uma zona de quarentena radioativa na tentativa
de provar que o incidente que tirou a vida de sua esposa (Juliette Binoche)
quinze anos antes não foi um mero vazamento de reator nuclear. Logicamente ele
está certo e isso o coloca em contato com o Dr. Serizawa (Ken Watanabe), que
participa de uma divisão secreta que tenta conter e estudar as criaturas, mas
Joe desconfia que tudo que ocorreu até então era apenas uma preparação para o
surgimento de algo muito maior.
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Crítica - O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Marina
Um dos parâmetros para saber se a
cinebiografia de uma personalidade da música foi bem sucedida é quando você sai
da sala de cinema curioso para saber mais sobre o sujeito retratado ou querendo
buscar sua discografia. Esse efeito é exatamente o que acontece com este Marina, filme que trata do início da
carreira do músico ítalo-belga Rocco Granata.
A trama acompanha a infância e a
juventude de Rocco (Matteo Simoni) nos anos 50, quando saiu ainda criança de
sua cidade na região italiana da Calábria para ir com a família morar na
Bélgica depois que seu pai conseguiu um emprego em uma mina de carvão no país.
O jovem tem dificuldade de se adaptar à nova situação e recorre à música como
válvula de escape, começando a aprender a tocar acordeom. O que começa como um
hobby, acaba tornando-se algo sério, apesar dos protestos de seu pai (Luigi Lo
Cascio) de que ele deve ter um emprego de verdade ao invés de tentar viver de
música. Ao mesmo tempo, tenta se aproximar da jovem Helena (Evelien Bosmas),
apesar da resistência do pai da moça.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Inatividade Paranormal 2
Sempre que vou ver uma dessas
comédias que parodiam algum filme de sucesso, temo que verei mais uma coleção
de referências vazias a outros filmes e uma reprodução de piadas sobre mesmos
filmes já feitas por toda a internet. A verdade é que há tempos esse tipo de
filme não me faz rir como fizeram filmes como Apertem os Cintos o Piloto Sumiu (1980), Top Secret! (1984), Top Gang
2: A Missão ou o primeiro Todo Mundo
em Pânico (2000) e creio que parte do desgaste deste tipo de filme vem da
própria velocidade que a internet proporciona. Afinal, mal um filme entra em
cartaz e ele já é esmiuçado, transformado em gifs, memes, redublados e zoados
por toda a sorte de sites, blogs e canais de Youtube e meses depois boa parte
das possibilidades de zoar o material já foi utilizada e graça já passou, assim
sendo, quando o filme-paródia chega ao cinema quase um ano depois, temos aquela
incômoda sensação de deja vu ou de
que estamos vendo algo que já perdeu a graça. Essa sensação infelizmente
permeia esse Inatividade Paranormal 2.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Entre Nós
A trama acompanha os seis amigos Felipe
(Caio Blat), Lucia (Carolina Dieckmann), Silvana (Maria Ribeiro), Gus (Paulo
Vilhena), Drica (Martha Nowill), Cazé (Júlio Andrade) e Rafa (Lee Taylor),
todos com envolvidos com literatura e viajam juntos para uma afastada casa de
campo. Durante a viagem os jovens decidem escrever cartas para si próprios e as
enterram para lê-las depois de dez anos. O fim da viagem é marcado pela morte
de Rafa e o grupo só volta a se reencontrar dez anos depois, na mesma casa de
campo, para reler as tais cartas. A reunião vai aos poucos mostrando que eles
não possuem mais a calorosa amizade de outrora, mas que os dez anos de
afastamento produziram marcas profundas em cada um deles.
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Crítica - Divergente
Divergente não é lá um filme muito original. Tem elementos que
derivam de praticamente todas as narrativas fantásticas juvenis que apareceram
no cinema nas últimas décadas, bem como as convenções de cenários de
ficção-científica distópicos. Ainda assim seria possível que essa salada de
elementos preexistentes poderia funcionar bem se inserida em um universo
interessante e coeso com personagens carismáticos e bem construídos, mas
infelizmente isso não acontece.
O filme se passa na cidade de
Chicago em um futuro não especificado quando a sociedade passou a ser regida
por cinco facções que dividem a funções primordiais para o funcionamento da
cidade que passou a ser protegida por um enorme muro. No centro da trama está
Beatrice (Shailene Woodley), uma adolescente de dezesseis anos prestes a fazer
a escolha definitiva sobre qual facção irá integrar. Seu teste de aptidão
revela que ela é uma “divergente”, alguém capaz de assumir o papel de qualquer
facção e cuja potencialidade é considerada uma ameaça ao rígido sistema de
facções. Assim, ela tenta esconder de todos a verdade sobre si e entra para a
facção Audácia (na prática as forças armadas do local) porque...bem, porque parkour é legal e para que trama tenha
algumas sequências de ação, já que não
há nenhuma justificativa real para que a garota escolha esta em detrimento de
qualquer outra. Claro, é possível que isto esteja melhor resolvido no livro que
inspira esta obra, mas o filme deve se sustentar por conta própria e isso não
ocorre aqui, já que existem outros vazios além deste.
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Crítica - Capitão América 2: O Soldado Invernal
A chamada “segunda fase” dos filmes da Marvel no cinema vinha me decepcionando bastante. Era de se esperar que depois do grandioso Os Vingadores (2012), que consolidava com competência o universo cinematográfico compartilhado projetado pelo estúdio, os filmes-solo de seus personagens se desviassem um pouco da fórmula feijão com arroz da primeira fase e ousassem mais com seus personagens, nos mostrando mais de suas personalidades e relações com outros ou até mesmo que ousassem com o próprio universo, fazendo as ações isoladas de cada um dos filmes produzir transformações que reverberassem em todos outros. Nada disso lamentavelmente aconteceu com o fraco Homem de Ferro 3 (2013) e o competente, mas formulaico Thor: O Mundo Sombrio (2013). Felizmente este ótimo Capitão América 2: O Soldado Invernal chega para mudar isso, trazendo uma narrativa melhor construída que traz novas dimensões ao seu protagonista e muda significativamente o universo Marvel das telonas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - A Grande Vitória
Tenho que confessar que tenho um
fraco por esses filmes de esportes com histórias de superação, principalmente
aqueles que envolvem artes marciais, já que eu mesmo pratiquei durante muitos e
participei de competições. Por mais que sejam formulaicos, rasteiros e
previsíveis, muitas vezes é difícil que eu não consiga me relacionar com
algumas das experiências dos personagens desse tipo de filme, como falei em meu
texto sobre o ótimo Rush: No Limite da
Emoção (2013). Apesar do viés positivo e da boa vontade, no entanto, devo
dizer que este A Grande Vitória é tão
problemático e equivocado sob tantos aspectos que é realmente muito difícil
achar qualquer coisa apreciável aqui.
A trama conta a história do
atleta Max Trombini (Caio Castro), jovem de família humilde com problemas de agressividade
na infância que é colocado pela mãe no judô e através do esporte, sua vida se
transforma.
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