quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Crítica - A Bela e a Fera


É fácil entender o fascínio que os contos de fada exercem. Por trás de sua fachada fantástica e escapista encontramos abordagens para temas universais como o preconceito em relação ao que é diferente ou a ganância que há no coração do ser humano. Assim sendo, não é surpresa que esta história esteja recebendo uma nova versão pelas mãos do diretor francês Christophe Gans.

A trama se aproxima bastante do clássico conto de fadas francês. Na história Bela (Lea Seydux) é a filha caçula de rico mercador, mas quando sua família fica endividada são obrigados a morar em uma pequena casa de campo. Um dia seu pai se perde e encontra por acaso um opulento castelo. Lá ele se alimenta e se abriga do frio, na saída decide pegar uma rosa do jardim para levar para sua filha mais nova. Entretanto é surpreendido pela Fera (Vincent Cassel), o bestial dono do castelo. A criatura lhe diz que as rosas são aquilo que tem de mais precioso e que precisará de sua vida em troca da flor que roubara. Ao saber da situação do pai, Bela se oferece para ficar no castelo em seu lugar, assim passará a viver sob as regras da criatura enquanto tenta entender o mistério que rodeia a Fera e seus motivos para mantê-la lá.

Crítica - O Protetor

Análise Crítica - O Protetor

Review - O Protetor
Baseado na série televisiva dos anos 80 The Equalizer este O Protetor coloca Denzel Washington como Robert McCall, um ex-agente da CIA que tenta levar uma vida pacata depois de abandonar a agência. Trabalhando como estoquista em uma loja de equipamentos domésticos, McCall tenta manter seu passado escondido, mas quando vê a jovem Teri (Chloe Moretz) sendo explorada como prostituta por um grupo de mafiosos russos, ele decide usar todas as suas habilidades para ajudá-la. Suas ações chamam a atenção dos chefes da máfia, que despacham o mercenário Teddy (Marton Csokas) para dar conta dele.


A premissa parece derivativa demais, já que a ideia de um superagente aposentado obrigado a voltar a ativa para ajudar alguém próximo já foi utilizada à exaustão, só recentemente já vimos isso nas séries Busca Implacável (2008), Carga Explosiva (2002) e o próprio Denzel já tinha vivido um tipo parecido no horrendo Chamas da Vingança (2004).

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Crítica - Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário



Quando foi anunciado que esta animação em computação gráfica que celebraria os 40 anos de carreira do Masami Kurumada converteria em longa-metragem todo o arco do Santuário do anime, a desconfiança tomou os fãs. Afinal a saga do Santuário é uma das mais longas da animação, tomando cerca de oitenta episódios, transformar tudo isso em um filme de 100 minutos, mantendo o espírito da história e sendo fiel aos personagens parecia quase impossível. Felizmente o esforço, consegue sim ser digno do legado dos Cavaleiros do Zodíaco.

Na trama, a jovem Saori Kido é a reencarnação da deusa grega Athena, encarregada de proteger a Terra das forças do mal com a ajuda de guerreiros poderosos chamados cavaleiros do zodíaco. Quando o Mestre do Santuário a toma por impostora, apenas o jovem Seiya e mais alguns jovens cavaleiros ficam ao seu lado para protegê-la. Juntos precisarão atravessar os perigos do Santuário para deter o Grande Mestre.

Crítica - Winter: O Golfinho 2


Primeiro preciso deixar claro que não vi o primeiro Winter: O Golfinho, então tudo que direi aqui é sob os olhos de um neófito neste universo que não conhece os fatos que se desdobraram no primeiro filme.

Baseada em fatos reais, a trama é centrada no jovem Sawyer (Nathan Gamble), que trabalha de voluntário em um aquário em Miami cuidando de Winter, uma golfinho com problemas na espinha e sem a nadadeira traseira que precisa de uma prótese para nadar igual aos demais golfinhos. Quando a outra fêmea que divide o espaço com Winter morre de velhice, Winter passa a agir de modo retraído e agressivo, o gestor do aquário, o Dr. Clay (Harry Connick Jr), é notificado pelas autoridades que não poderá manter o animal sozinho e caso não haja outra fêmea para conviver com Winter, ela terá de ser transferida para outra instalação.

O filme acerta em não romantizar demais a relação entre homem e animal, lembrando o tempo todo que golfinhos são animais selvagens e carnívoros que, caso hajam de modo hostil, não devem ser subestimados ou tratados de forma leviana. Também acerta na sua construção sobre o papel e a função do aquário, que não deve ser uma espécie de parque aquático com animais sendo explorados para diversão, mas um local de estudos desses animais, voltado para a reabilitação e cura dos animais, devolvendo-os à natureza assim que estiverem curados. Inclusive há uma tentativa de construir conflito entre Clay e seus investidores, já que o veterinário quer devolver os animais curados à natureza o mais rápido possível, mantendo só aqueles incapazes de sobreviver sozinhos, enquanto os investidores querem também manter os animais saudáveis e explorá-los como atrações para arrecadar mais e expandir o aquário.

Crítica - Rio, Eu Te Amo



Parte do projeto Cities of Love e filme-irmão de Paris, Te Amo (2006) e Nova York, Eu Te Amo (2008), este Rio, Eu Te Amo, possui o mesmo formato que os outros filmes-cidade. É basicamente uma coletânea de histórias curtas sobre a cidade e as pessoas que nela vivem. Entrei na sala de cinema empolgado e relativamente esperançoso, já que gosto muito de Paris, Te Amo (não vi Nova York) e esta contraparte carioca poderia render algo muito interessante. Foi triste, portanto, constatar que o filme se revele um produto tão problemático e raso.

O primeiro problema talvez seja a tentativa de juntar todas as histórias sob um arco maior, o da professora de inglês (Cláudia Abreu) e o taxista (Michel Melamed), que serve para interligar os demais ao invés de apresentar cada segmento como uma história isolada com começo meio e fim. Colocar os personagens de diferentes segmentos para se encontrarem normalmente exige um número enorme de coincidências e encontros fortuitos e é preciso uma certa dose de boa vontade para comprar esses encontros. Mas esta é uma questão secundária, já que o principal problema é que essas interações não servem para nada, não avançam ou aprofundam nenhuma das histórias ou personagens, sendo uma ginástica narrativa inútil. Quando o filme chega ao final, ficamos a sensação que todos esses encontros, bem como essa narrativa envolvendo o reencontro da professora e o taxista, são tão superficiais que poderiam ter sido suprimidos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Crítica - Anjos da Lei 2



O primeiro Anjos da Lei (2012) foi uma grata surpresa com seu humor abestalhado e autoconsciente. Claro, o tom de comédia rasgada é diferente da série original que se levava mais a sério, mas funcionava e permitia que o filme se sustentasse por seus próprios méritos ao invés de viver à sombra do material original como uma mera reprodução sem brilho da série em que se baseia. Ainda assim, havia um certo temor por esta sequência que poderia não ter a mesma energia e falta de noção do primeiro. Ainda bem que este não é o caso e Anjos da Lei 2 é tão imbecil e divertido quanto o primeiro.

A trama coloca os policiais Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill) em mais uma operação infiltrados para tentar prender traficantes de drogas e impedir que mais uma nova droga sintética se espalhe, mas desta vez não será numa escola, mas em uma faculdade. No ambiente de festas e farra da universidade, Jenko acaba tendo mais facilidade de fazer amizades, enquanto que Schmidt é deixado de lado, colocando a amizade dos dois em xeque mais uma vez.