A
trama conta a história de Val (Regina Casé) uma pernambucana que trabalha como
empregada em São Paulo e mora em um quartinho na casa de seus patrões. Os anos
passam e ela continua trabalhando e morando lá, tendo desenvolvido uma relação
praticamente maternal com o filho de seus patrões, Fabinho (Michel Joelsas). O
garoto tem mais proximidade com Val do que com os próprios pais e ela tem um
carinho genuíno por ele, porém, Val é completamente distante da própria filha,
Jéssica (Camila Márdila), que deixou em Pernambuco e raramente vê. A dinâmica
muda quando Jéssica vem para São Paulo prestar vestibular e acaba ficando junto
com a mãe na casa de seus patrões e a presença dela começa a testar as
"regras" entre patrão e empregada.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Crítica - Que Horas Ela Volta?
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Cinema Brasileiro,
Comédia,
Crítica,
Drama
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Crítica - Ted 2
O
primeiro Ted era uma divertida
comédia que fazia rir pelo seu humor nonsense
que abraçava sem medo a fantasia e o absurdo que era ter um urso de pelúcia que
ganhava vida. Esta continuação, apesar de manter o mesmo espírito caótico,
enfraquece ao repetir muita coisa do anterior, além de um tom por vezes
inconsistente.
A
trama se passa alguns anos depois do filme anterior e mostra Ted (Seth
MacFarlane) casado com Tami-Lynn (Jessica Barth) e enfrentando problemas
conjugais. Para superar os problemas, decidem ter um filho e como Ted não pode
engravidar a esposa (afinal ele é um urso de pelúcia e não tem pênis), decidem
adotar. Os problemas começam quando dão entrada na papelada e descobrem que Ted
não é legalmente reconhecido como uma pessoa, mas como objeto e assim não
apenas perde a adoção como também todos os seus direitos civis. Assim, ele e
seu amigo John (Mark Wahlberg) vão atrás de um advogado para ajudá-los, mas a
única que aceita o caso é a jovem Samantha (Amanda Seyfried).
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Crítica - Corrente do Mal
Depois
de várias semanas com péssimos filmes de terror como A Forca ou Exorcistas do Vaticano invadindo os cinemas brasileiros, enfim um bom exemplar do gênero
chega às nossas telas (ainda que atrasado) na forma deste bacana Corrente do Mal.
A
trama acompanha a adolescente Jay (Maika Monroe), que recentemente começou a
namorar com bonitão local Hugh (Jake Weary). Quando eles finalmente fazem sexo
no banco de trás do carro, Jay é inesperadamente nocauteada com clorofórmio e
acorda amarrada a uma cadeira de rodas dentro de um prédio decrépito. Hugh
então explica a situação (e a trama) para ela: aparentemente alguém
"passou" uma maldição para ele e essa maldição consiste em ser
seguido o tempo todo por uma aparição que constantemente muda de forma e,
apesar de lenta, nunca para de te seguir até seu alvo estar morto. O único modo
de continuar vivo é "passar adiante" a maldição através, claro, do
sexo, e torcer para o próximo amaldiçoado se manter vivo, caso contrário o
espectro passará a seguir o "infectado anterior".
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Expresso do Amanhã
Depois
de muitos atrasos e adiamentos a ótima ficção científica Expresso do Amanhã do diretor Bong Joon-Ho (de O Hospedeiro) finalmente chegou aos
cinemas brasileiros, curiosamente estreando ao lado de outro filme
constantemente adiado, o terror Corrente do Mal. A essa altura eu acredito que muito de seu público em
potencial já tenha visto o filme por outros meios, mas, bem, antes tarde do que
nunca.
A
história se passa no futuro quando a humanidade acidentalmente congelou o
planeta em uma tentativa de combater o efeito estufa. O que restou da
humanidade agora habita um enorme trem, o Snowpiercer, que vive em constante
movimento ao redor do globo. Os recursos são escassos e divididos de forma
desigual, enquanto os ricos vivem nos espaços amplos da frente do trem, com
acesso aos melhores alimentos, todo o restante da população vive apertada nos
vagões traseiros comendo apenas as barras de proteína (e a revelação de como
são feitas torna tudo ainda mais desumano). Cansado de ser tratado como um
indivíduo inferior, Curtis (Chris Evans) decide bolar um plano para tomar o
controle do motor do trem, que fica na frente, e assim promover uma revolução
no lugar. Para isso contará com a ajuda do seu mentor Gilliam (John Hurt) e seu
amigo Edgar (Jamie Bell) e do engenheiro responsável pelo controle das portas,
preso pelas autoridades que controlam o trem.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Crítica - Hitman: Agente 47
Hollywood
vem há tempos tentando levar os videogames de maneira consistente às telas, mas
até agora os resultados variaram entre o minimamente tolerável (como Lara Croft: Tomb Raider) e o
completamente execrável (como Super Mario
Bros: O Filme) e essa segunda tentativa de fazer um filme com a franquia Hitman (e sinceramente não vi o
primeiro, estrelado por Timothy Olyphant) lamentavelmente não quebra essa
tendência.
Acompanhamos
o misterioso Agente 47 (Rupert Friend), um homem fruto de um projeto de
engenharia genética criado para ser um assassino, que viaja o mundo em busca de
Katia van Dees (Hannah Ware) a única pessoa que parece ser capaz de localizar o
Dr. Litvenko (Ciarán Hinds), o cientista responsável por iniciar o programa dos
Agentes. 47 não é o único atrás de Litvenko, assim como ele, o operativo John
(Zachary Quinto), trabalha para um grupo criminoso que busca encontrá-lo para
reiniciar o programa.
A
trama parece bem simples e básica, como se espera de um filme de ação, feita
apenas para dar um mínimo de contexto à pancadaria e levá-la do ponto A ao
ponto B. O problema é que ela insiste em se complicar mais do que deveria
criando reviravoltas em cima de reviravoltas (muitas já mostradas no trailer)
que não levam a lugar nenhum e não acrescentam nada aos personagens, resultando
em uma bagunça confusa, cheia de furos e com vários elementos que nunca são
explicados, seja por escolha deliberada (para serem tratados em uma
continuação) ou puro descuido. A misteriosa organização à qual 47 serve, por
exemplo, jamais recebe qualquer atenção e o filme termina sem que saibamos quem
são aquelas pessoas ou o que elas pretendiam.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Crítica - O Pequeno Príncipe
Por mais que eu adore o livro de
Antoine de Saint-Exupéry, vê-lo adaptado para o cinema sempre traz uma certa
apreensão, já que não se trata de uma obra simples, mas um texto rico, cheio de
metáforas e simbolismos que não são necessariamente fáceis de traduzir para as
telas. Felizmente este O Pequeno Príncipe
é uma versão bastante competente do tradicional conto e, apesar de algum
excesso de didatismo aqui e ali, consegue captar muito bem a força do texto
original.
A trama acompanha uma menina (Clara
Poincaré / Larissa Manoela) que se muda com sua mãe para ingressar em uma nova
e melhor escola. Na nova casa, sua mãe lhe impõe uma severa agenda para se
preparar para o começo das aulas, já que ela tem todo um plano de vida para a
garota. Ela, porém, começa a se aproximar do excêntrico vizinho, um velho
aviador (André Dussollier/ Marcos Caruso) que começa a lhe contar uma história
sobre um príncipe que conhecera quando seu avião caíra no deserto.
O filme acerta em seu belo design que constrói a cidade como um
lugar completamente padronizado, no qual todas as casas são iguais e com as
mesmas plantas, as cores são frias e sem vida e os adultos são seres
cadavéricos, quase como assombrações, como nos mostra a cena da entrevista no início.
Em oposição a isso, a casa do aviador é a única "fora do padrão", o
que sugere sua percepção de mundo diferente, e também o único local em que as
cores são vivas e marcantes. Nos momentos em que narra a história o filme, a
estética muda, com personagens que lembram estátuas de papel machê, quase como
se as ilustrações de Saint-Exupéry tivessem saltado das páginas e ganhado vida.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Exorcistas do Vaticano
Algumas
semanas atrás falei do péssimo terror A Forca e como ele era completamente incapaz de criar qualquer medo ou tensão
graças a uma trama frouxa e personagens pouco interessantes. Agora me deparo
com este Exorcistas do Vaticano, um
péssimo terror que, mais uma vez, é completamente incapaz de criar qualquer
medo ou tensão graças a uma trama frouxa e personagens pouco interessantes.
Sim,
eu copiei e colei parte da primeira fase na segunda, mas, bem, se o filme nem
se esforça para cumprir o mínimo daquilo que promete, porque eu deveria? Sim,
este é relativamente diferente de A Forca,
já que o primeiro é um "found
footage" e esse está mais próximo de um "filme de
exorcismo", tal qual O Exorcista
(1973), O Exorcismo de Emily Rose
(2005) ou O Último Exorcismo (2010,
que ironicamente teve uma continuação), mas a preguiça e o piloto automático
imperam tanto em A Forca quanto neste Exorcistas do Vaticano. A diferença é que muitos dos momentos de
terror deste filme são involuntariamente engraçados. Fico me perguntando como
filmes como esse chegam tão fácil aos cinemas enquanto que bons exemplares do
gênero como The Babadook ou Corrente do Mal (que parece que
finalmente irá estrear no fim de agosto) demoram tanto a chegar por aqui.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Crítica - A Escolha Perfeita 2
O
primeiro A Escolha Perfeita (2012)
era um musical de bastidores (ou backstage
musical) bem tradicional e formulaico, mas que funcionava graças aos
interessantes números musicais com versões a
capella de famosas canções pop, bem como a química entre o elenco. Esse
segundo filme é praticamente uma cópia carbono do primeiro, o que significa que
temos mais músicas bacanas, mas também uma repetição desgastada daquelas mesmas
estruturas pra lá de batidas que o anterior usava.
Aqui,
depois de passar vexame em uma apresentação, as Barden Bellas precisam provar
seu valor em uma competição entre grupos a
capella para recuperar seu prestígio e para isso precisarão da ajuda de uma
novata. Sim, é exatamente a mesma trama do primeiro filme e é repetida aqui sem
a menor vergonha. A diferença é que agora a competição é internacional e a
novata da vez é a aspirante a cantora Emily (Hailee Steinfeld)
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Crítica - A Dama Dourada
É
compreensível que as histórias de extermínio e sobrevivência de judeus na
Europa continuem a interessar ao cinema, afinal apesar de mais de meio século
depois da queda do Terceiro Reich, ainda existem muitos crimes que permanecem ocultos
e muitas sequelas desses crimes permanecem ainda hoje. Este A Dama Dourada é uma dessas histórias e
havia aqui um grande potencial que infelizmente não se concretiza.
No
filme, a octogenária Maria Altmann (Helen Mirren), uma judia austríaca que
fugiu da ocupação nazista para viver nos Estados Unidos, descobre que sua irmã
estava juntando documentos para reaver as obras de arte da família, roubadas
pelos nazistas durante sua ocupação do país. O mais importante delas é um
retrato de sua tia Adele (Antje Traue) pintado pelo simbolista Gustav Klimt,
que os nazistas renomearam como "A Dama Dourada" para ocultar a o
fato de que a modelo retratada era judia. Sem ter a quem recorrer, ela leva a
questão a Randy Schoenberg (Ryan Reynolds), advogado filho de uma amiga sua, e
juntos partem para Viena para reaver a obra, mas como o quadro passou a ser
considerado "a Monalisa de Viena" as autoridades não parecem tão
dispostas a abrir mão dele.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Missão Impossível: Nação Secreta
Chegando
ao seu quinto filme a franquia Missão:
Impossível parece entender o que o público espera quando entra na sala de
cinema para um novo filme. A questão é que parece não haver qualquer esforço ou
preocupação para oferecer qualquer coisa além deste mínimo denominador comum
que já é esperado.
A
trama demonstra querer dar um senso de continuidade à franquia, trazendo já no
início uma audiência pública na qual a IMF precisa responder pelos eventos (e
destruição) do filme anterior. No entanto, qualquer senso de progressão é
completamente abandonado a seguir, pois o que acontece depois é uma reprodução
direta do enredo de Missão Impossível:
Protocolo Fantasma, com a IMF é desmantelada e desacreditada, obrigando
Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe a agirem na ilegalidade e sem apoio
enquanto rodam o mundo atrás de algum item arbitrário que é muito importante
para deter os vilões, dessa vez a organização terrorista conhecida como "o
Sindicato".
A
narrativa é praticamente inexistente e serve apenas para conectar uma cena de
ação a outra, o que incomoda nem é a simplicidade, mas o auto-plágio descarado e
preguiçoso que sequer se esforça para construir uma história ou mesmo
desenvolver os personagens de modo interessante. Sim, pois se em Missão Impossível: Protocolo Fantasma
cada membro da equipe tinha sua contribuição para a operação e tinham suas
próprias cenas de ação e destaque, aqui Benji (Simon Pegg), Brandt (Jeremy
Renner) e Luther (Ving Rhames) ficam presos ao papel de alívio cômico ou de
entregar os diálogos expositivos da história. Não que o humor trazido por eles seja ruim, pelo contrário, o timing dos três atores é bastante preciso, mas já acompanhamos esses personagens a tempo suficiente para que eles mereçam algo mais do que algumas piadinhas e explanações.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Crítica - True Detective: 2ª Temporada
Antes
de mais nada: SPOILERS. Tratarei aqui sobre muito do que aconteceu nessa
segunda temporada, portanto, sim, muitos SPOILERS a seguir. Se você se
importa com esse tipo de coisa, melhor assistir os oito episódios e depois
voltar aqui. De todo modo, vamos ao que interessa.
Depois
da ótima primeira temporada, a série de antologia True Detective tinha uma tarefa difícil pela frente, criar uma nova
história e novos personagens que fossem tão interessantes quando Marty (Woody
Harrelson) e Rust (Matthew McConaughey) ao mesmo tempo em que alterava em
grande medida o tom da narrativa. A primeira temporada bebia diretamente na
fonte do mistério gótico, do horror lovercraftiano e especificamente dos contos
de Robert Chambers (que foi uma das influências de H.P Lovercraft) envolvendo
"o Rei de Amarelo". Já esta temporada parece mais diretamente ligada
à ficção hard boiled e ao noir, especialmente a partir dos
trabalhos de autores como Dashiell Hammett ou Raymond Chandler e, assim como a primeira temporada
fez com Chambers, as referências pipocam a todo momento.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Crítica - Ex Machina: Instinto Artificial
O
processo decisório de algumas distribuidoras é algo que escapa minha
compreensão. Volta e meia lançam nos cinemas brasileiros filmes que foram um
enorme fracasso nos Estados Unidos ou que foram lançados direto em DVD, como o
caso do execrável Para o que Der e Vier,
enquanto isso ótimos filmes como o terror The
Babadook e este excelente Ex Machina:
Instinto Artificial (e ainda me colocam esse subtítulo bizarro), são
lançados aqui direto para vídeo apesar do sucesso que fizeram lá fora.
A
trama acompanha Caleb (Domhnall Gleeson), um programador que trabalha para a engine de busca BlueBook (um Google
futurista) e ganha um sorteio para passar uma semana na propriedade do recluso
bilionário Nathan (Oscar Isaac), o presidente da empresa. Ao chegar lá descobre
que não foi sorteado apenas para um retiro corporativo, mas para interagir com
o novo "produto" criado pelo bilionário, a robô Ava (Alicia Vikander),
para realizar um "Teste de Turing" (ou Jogo da Imitação, como trata o
filme sobre o matemático) de modo a determinar se sua inteligência artificial permite que
seja confundida com humana. Como era de se esperar, as coisas não são tão
simples quanto Caleb pensa e ele se vê em um perigoso jogo entre Nathan e Ava.
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Crítica,
Ficção Científica,
Suspense,
Terror
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terça-feira, 4 de agosto de 2015
Crítica - Quarteto Fantástico
Esta
nova versão do Quarteto Fantástico já era motivo de dúvida e apreensão desde
que foi anunciado. Feito com pressa para que pudesse ser lançado
suficientemente rápido para que a Fox
pudesse manter os direitos sobre os personagens no cinema (caso contrário
voltariam para a Marvel), ninguém esperava que pudesse dar certo. A esse clima
somaram-se os muitos boatos de problemas no set envolvendo o diretor Josh Trank
(do ótimo Poder Sem Limites) e de uma
constante intervenção do estúdio. Tudo isso piorou quando foram anunciadas
algumas refilmagens, o que normalmente indica que o estúdio ou o diretor (ou
ambos) não ficaram contentes com o resultado inicial. O tempo passava e pouca
informação era divulgada, o que reforçava a insatisfação dos envolvidos, já que
esse tipo de blockbuster começa a
divulgar imagens e trailers com cerca
de um ano de antecedência. No entanto, o primeiro trailer deste Quarteto Fantástico só foi sair no fim
de janeiro, cerca de sete meses antes de sua estreia.
O
trailer, por sinal, parecia mais uma continuação de Interestelar (2014) do que uma história da primeira família da
Marvel, tanto que depois dele, todos os esforços foram feitos para ressaltar a
natureza "super-heróica" do produto e dirimir os boatos de que o
filme se afastava do cânone dos quadrinhos. O cancelamento das cópias 3D foi
outro indicativo de que as coisas não estavam bem, por mais que o diretor Josh
Trank afirme que foi uma "decisão artística" devido à demora em
finalizar o filme (deixando pouco tempo para a conversão), sabemos que há um
componente comercial na decisão, afinal o estúdio já tinha gasto com as
refilmagens e provavelmente não estava disposto a arriscar ainda mais dinheiro
em um filme que provavelmente não daria a eles o retorno esperado. Sei que me
estendi demais em minha narrativa de bastidores e peço desculpas, mas o
contexto é importante nesse caso e ajuda a entender como este Quarteto Fantástico virou a enorme
bagunça que chegou nas nossas telas.
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Aventura,
Crítica,
Ficção Científica,
Marvel
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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