quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Crítica - A Escolha Perfeita 2


Análise  A Escolha Perfeita 2

Review Pitch Perfect 2
O primeiro A Escolha Perfeita (2012) era um musical de bastidores (ou backstage musical) bem tradicional e formulaico, mas que funcionava graças aos interessantes números musicais com versões a capella de famosas canções pop, bem como a química entre o elenco. Esse segundo filme é praticamente uma cópia carbono do primeiro, o que significa que temos mais músicas bacanas, mas também uma repetição desgastada daquelas mesmas estruturas pra lá de batidas que o anterior usava.

Aqui, depois de passar vexame em uma apresentação, as Barden Bellas precisam provar seu valor em uma competição entre grupos a capella para recuperar seu prestígio e para isso precisarão da ajuda de uma novata. Sim, é exatamente a mesma trama do primeiro filme e é repetida aqui sem a menor vergonha. A diferença é que agora a competição é internacional e a novata da vez é a aspirante a cantora Emily (Hailee Steinfeld)

Se a estrutura é a mesma, os temas também são todos repetidos, desde a busca por uma voz e identidade próprias, ao de ser sincero consigo mesmo e de aproveitar as oportunidades de mudança que a vida proporciona. É tudo tão incomodamente idêntico que me pergunto porque esse filme foi feito (além da óbvia motivação financeira), já que é tudo tão automático, previsível e preguiçoso.
O que impede a experiência de ser um desastre aborrecido são os ótimos números musicais, em especial a batalha de improvisação que acontece no início, que mais uma vez trazem arranjos bacanas para várias músicas pop que certamente vão grudar na cabeça mesmo depois do fim do filme. Do mesmo modo, as Bellas continuam tendo uma ótima química juntas, com os mesmos diálogos rápidos e bem humorados. Anna Kendrick é adorável como sempre e Anna Camp faz um breve, mas hilário, retorno como Audrey. Adam DeVine (da série Workaholics) e seu Bumper também aparecem um pouco menos que no filme anterior, mas ele continua divertindo com seu personagem esquisito e sem noção (no bom sentido), na verdade DeVine me lembra uma versão mais jovem de David Koechner, que praticamente se especializou em tipos assim.

Por outro lado, Rebel Wilson continua a confundir histrionismo com comédia (algo que já tinha apontando quando falei sobre o fraco Uma Noite no Museu 3), embora seu número no caiaque seja realmente divertido. Já os antagonistas da equipe alemã são completamente desperdiçados enquanto personagens, já que não fazem nada mais em cena do que disparar algumas provocações às Bellas, e os dois locutores interpretados por Elizabeth Berkley (que também dirigiu o filme) e John Michael Higgins continuam irregulares como eram no filme anterior.

A Escolha Perfeita 2 continua com a mesma qualidade em seus números musicais, mas é difícil embarcar na sua narrativa preguiçosa que praticamente reconta a história do filme anterior.

Nota: 5/10

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