O
primeiro A Escolha Perfeita (2012)
era um musical de bastidores (ou backstage
musical) bem tradicional e formulaico, mas que funcionava graças aos
interessantes números musicais com versões a
capella de famosas canções pop, bem como a química entre o elenco. Esse
segundo filme é praticamente uma cópia carbono do primeiro, o que significa que
temos mais músicas bacanas, mas também uma repetição desgastada daquelas mesmas
estruturas pra lá de batidas que o anterior usava.
Aqui,
depois de passar vexame em uma apresentação, as Barden Bellas precisam provar
seu valor em uma competição entre grupos a
capella para recuperar seu prestígio e para isso precisarão da ajuda de uma
novata. Sim, é exatamente a mesma trama do primeiro filme e é repetida aqui sem
a menor vergonha. A diferença é que agora a competição é internacional e a
novata da vez é a aspirante a cantora Emily (Hailee Steinfeld)
Se
a estrutura é a mesma, os temas também são todos repetidos, desde a busca por
uma voz e identidade próprias, ao de ser sincero consigo mesmo e de aproveitar
as oportunidades de mudança que a vida proporciona. É tudo tão incomodamente
idêntico que me pergunto porque esse filme foi feito (além da óbvia motivação
financeira), já que é tudo tão automático, previsível e preguiçoso.
O
que impede a experiência de ser um desastre aborrecido são os ótimos números
musicais, em especial a batalha de improvisação que acontece no início, que
mais uma vez trazem arranjos bacanas para várias músicas pop que certamente vão grudar na cabeça mesmo depois do fim do
filme. Do mesmo modo, as Bellas continuam tendo uma ótima química juntas, com
os mesmos diálogos rápidos e bem humorados. Anna Kendrick é adorável como
sempre e Anna Camp faz um breve, mas hilário, retorno como Audrey. Adam DeVine
(da série Workaholics) e seu Bumper
também aparecem um pouco menos que no filme anterior, mas ele continua
divertindo com seu personagem esquisito e sem noção (no bom sentido), na
verdade DeVine me lembra uma versão mais jovem de David Koechner, que
praticamente se especializou em tipos assim.
Por
outro lado, Rebel Wilson continua a confundir histrionismo com comédia (algo
que já tinha apontando quando falei sobre o fraco Uma Noite no Museu 3), embora seu número no caiaque seja realmente
divertido. Já os antagonistas da equipe alemã são completamente desperdiçados
enquanto personagens, já que não fazem nada mais em cena do que disparar algumas
provocações às Bellas, e os dois locutores interpretados por Elizabeth Berkley
(que também dirigiu o filme) e John Michael Higgins continuam irregulares como
eram no filme anterior.
A Escolha Perfeita 2 continua com a mesma qualidade em seus números
musicais, mas é difícil embarcar na sua narrativa preguiçosa que praticamente
reconta a história do filme anterior.
Nota:
5/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário