sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Crítica - Hotel Transilvânia 2


Análise Crítica - Hotel Transilvânia 2

Review Crítica - Hotel Transilvânia 2
Este Hotel Transivânia 2, assim como seu antecessor, é um dos raros casos no qual a dublagem é superior às vozes originais, já que nos poupa de ouvir o sotaque artificial de Adam Sandler, bem como as atuações sem carisma de alguns de seus chapas como Kevin James e David Spade que o acompanham em quase tudo quanto é projeto, vide o fraco Pixels. Assim como a animação anterior, esta continuação traz uma história previsível e cheia de clichês (escrita por Sandler e Robert Smigel), mas a inventividade visual do diretor Genndy Tartakovsky (criador de O Laboratório de Dexter, Meninas Superpoderosas e Samurai Jack) e seu acertado ritmo cômico acabam fazendo tudo funcionar.

A trama se passa alguns anos depois do primeiro filme e agora Mavis (Selena Gomez) e Jonathan (Andy Samberg) estão casados e tem um filho pequeno Dennis, que aparentemente não herdou os traços vampirescos da mãe. Preocupado com o fato do neto não ser um monstro, Drácula (Adam Sandler) tenta a todo custo despertar o "vampiro interior" em Dennis, ao mesmo tempo em que Mavis começa a pensar que seria melhor se mudar do hotel para a cidade natal de Jonathan nos Estados Unidos para criar o filho humano.

A história passa então a tratar de temas como conflitos geracionais ou o preconceito pelo que é diferente, mas faz isso de uma maneira pra lá de batida e previsível e com vinte minutos de filme qualquer espectador mais atento será capaz de prever todas as viradas da narrativa, que ainda é prejudicada por diálogos redundantes como o momento em Mavis diz ao pai "você aceitou os humanos em seu hotel, mas não em seu coração" ao se aborrecer com sua insistência em transformar o filho em vampiro.

Ainda assim, o filme funciona pela criatividade de Genndy Tartakovisky em criar esse mundo habitado por monstros e criaturas bizarras, explorando o modo como essa sociedade funciona ao mesmo tempo que parodia nossa própria sociedade como a cena em que Drácula e seus amigos levam o neto ao acampamento de vampiros que ele ia quando criança e descobrem que as coisas mudaram bastante nesse intervalo de tempo.

Os lugares, objetos e situações são bem explorados pelo ótimo ritmo cômico do diretor que encadeia piadas com dinamismo e fluidez, Tudo bem que muita coisa é repetida do filme anterior, como a ideia de que os humanos não se assustam mais com humanos, o que rende momentos engraçados quando Drácula e sua trupe tentam ensinar Dennis como assustar, mas é tudo tão carismático e sincero que acaba funcionando. Quem acaba roubando a cena é o Blobby, uma criatura gelatinosa que é responsável por alguns dos momentos mais engraçados do filme.

Hotel Transilvânia 2 acaba compensando a história previsível com um bom ritmo cômico e a criatividade do animador Genndy Tartakovsky na construção de seu universo.

Nota: 6/10

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