Apesar
do que o título parece sugerir, este Como
Sobreviver a um Ataque Zumbi não é exatamente uma paródia de filmes de
zumbi tal como Todo Mundo Quase Morto (2004)
ou Zumbilândia (2009), estando mais
próxima do besteirol adolescente nos moldes de Superbad: É Hoje (2007) ou Sex
Drive: Rumo ao Sexo (2008), só que com a adição de zumbis à mistura.
Seguimos
aqui o trio de escoteiros formado por Ben (Tye Sheridan, que vai ser o Ciclope
no vindouro X-Men: Apocalipse),
Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan), que são constantemente alvo de
gozação dos colegas justamente por serem escoteiros. Quando o grupo vai para o
que deveria ser seu último acampamento em conjunto, acabam topando com um surto
zumbi e precisam usar suas habilidades para sobreviverem à infestação e fugirem
da cidade.
É
tudo muito dentro do padrão das comédias adolescentes, com um grupo de
protagonistas considerados "perdedores" desesperado para perder a
virgindade e serem aceitos pelos "descolados". Claro que ao longo do
percurso irão aprender a acreditar em si mesmos e que não precisam se conformar
aos parâmetros de ninguém. Apesar de lugar-comum, embarcamos na história graças
ao clima de camaradagem que o filme estabelece entre o trio, em especial Augie,
que rouba a cena com seu constante otimismo e ingenuidade. Tye Sheridan, por
sua vez, faz o típico adolescente tímido e certinho, enquanto que Halston Sage
(a Lacey de Cidades de Papel) é
adorável como o interesse amoroso de Ben, mas infelizmente aparece pouco.
O
filme consegue criar muitas situações cômicas criativas com a premissa dos
zumbis, como a cena inicial que mostra como vírus se espalhou, ao hilário
momento em que eles cantam Britney Spears com um zumbi ou o segmento em que
eles entram na casa da idosa que vive com inúmeros gatos e descobrem que todos,
até os felinos, viraram mortos-vivos. A curta duração contribui para que a fita
não perca o ritmo, fazendo as piadas se encadearem rapidamente se cansar muito.
Como
já disse, o humor não tem o olhar crítico sobre os filmes de zumbi que é
exibido por produções similares, nem a autoconsciência sobre a própria
estupidez de algo como Anjos da Lei 2
(2014), se baseando mais em no humor físico e no gore exageradamente absurdo das eliminações de zumbis. Não há nada
errado com esse tipo de comédia e em geral é criativo o bastante para
funcionar, mas por vezes soa preguiçoso com momentos gratuitos de flatulência
ou o longo close em câmera lenta de
uma zumbi balançando seus seios enormes. Além disso, alguns momentos parecem
copiados diretamente de outros filmes, como o segmento no bar de strip que soa
demasiadamente igual ao que As Strippers
Zumbis (2008) já tinha feito.
Apesar
de ser completamente clichê e ocasionalmente preguiçoso, Como Sobreviver a um Ataque Zumbi acaba valendo a pena graças ao
seu ritmo ágil, recheado de momentos criativos e personagens divertidos. Pode
não estar no nível de outras comédias envolvendo zumbis, mas é um bom
passatempo despretensioso.
Nota:
6/10
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