segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Crítica - Como Sobreviver a um Ataque Zumbi


Análise Como Sobreviver a um Ataque Zumbi

Review Como Sobreviver a um Ataque ZumbiApesar do que o título parece sugerir, este Como Sobreviver a um Ataque Zumbi não é exatamente uma paródia de filmes de zumbi tal como Todo Mundo Quase Morto (2004) ou Zumbilândia (2009), estando mais próxima do besteirol adolescente nos moldes de Superbad: É Hoje (2007) ou Sex Drive: Rumo ao Sexo (2008), só que com a adição de zumbis à mistura.

Seguimos aqui o trio de escoteiros formado por Ben (Tye Sheridan, que vai ser o Ciclope no vindouro X-Men: Apocalipse), Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan), que são constantemente alvo de gozação dos colegas justamente por serem escoteiros. Quando o grupo vai para o que deveria ser seu último acampamento em conjunto, acabam topando com um surto zumbi e precisam usar suas habilidades para sobreviverem à infestação e fugirem da cidade.

É tudo muito dentro do padrão das comédias adolescentes, com um grupo de protagonistas considerados "perdedores" desesperado para perder a virgindade e serem aceitos pelos "descolados". Claro que ao longo do percurso irão aprender a acreditar em si mesmos e que não precisam se conformar aos parâmetros de ninguém. Apesar de lugar-comum, embarcamos na história graças ao clima de camaradagem que o filme estabelece entre o trio, em especial Augie, que rouba a cena com seu constante otimismo e ingenuidade. Tye Sheridan, por sua vez, faz o típico adolescente tímido e certinho, enquanto que Halston Sage (a Lacey de Cidades de Papel) é adorável como o interesse amoroso de Ben, mas infelizmente aparece pouco.

O filme consegue criar muitas situações cômicas criativas com a premissa dos zumbis, como a cena inicial que mostra como vírus se espalhou, ao hilário momento em que eles cantam Britney Spears com um zumbi ou o segmento em que eles entram na casa da idosa que vive com inúmeros gatos e descobrem que todos, até os felinos, viraram mortos-vivos. A curta duração contribui para que a fita não perca o ritmo, fazendo as piadas se encadearem rapidamente se cansar muito.

Como já disse, o humor não tem o olhar crítico sobre os filmes de zumbi que é exibido por produções similares, nem a autoconsciência sobre a própria estupidez de algo como Anjos da Lei 2 (2014), se baseando mais em no humor físico e no gore exageradamente absurdo das eliminações de zumbis. Não há nada errado com esse tipo de comédia e em geral é criativo o bastante para funcionar, mas por vezes soa preguiçoso com momentos gratuitos de flatulência ou o longo close em câmera lenta de uma zumbi balançando seus seios enormes. Além disso, alguns momentos parecem copiados diretamente de outros filmes, como o segmento no bar de strip que soa demasiadamente igual ao que As Strippers Zumbis (2008) já tinha feito.

Apesar de ser completamente clichê e ocasionalmente preguiçoso, Como Sobreviver a um Ataque Zumbi acaba valendo a pena graças ao seu ritmo ágil, recheado de momentos criativos e personagens divertidos. Pode não estar no nível de outras comédias envolvendo zumbis, mas é um bom passatempo despretensioso.

Nota: 6/10

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