"Porque continuo insistindo
nisso?". Essa foi a pergunta que constantemente pulava em minha mente
conforme avançava assistindo a este A
História Real de um Assassino Falso. Uma comédia de ação produzida pela
Netflix tão rasa e preguiçosa que o prospecto de simplesmente deixar de
assistir era altamente sedutor.
O filme acompanha Sam (Kevin
James), um homem infeliz com sua vida que encontra uma medida de alegria ao
tentar escrever um livro de ação e espionagem. Ele usa seu alter-ego literário
para projetar suas frustrações e se reimagina como um herói de ação infalível.
Seu livro, no entanto, é constantemente rejeitado e a única pessoa disposta a
publicá-lo é uma maluca editora de livros digitais. Sem alternativas, Sam
aceita, mas a editora resolve tratar seu livro como uma autobiografia para
alavancar as vendas. Obviamente, muitas pessoas acham que ele é um assassino
real e a partir daí, Sam entra em muitas confusões.
Kevin James faz o mesmo tipo de
idiota atrapalhado que faz em todos os seus filmes. Boa parte das piadas são gags óbvias que parecem escritas por
aquele seu tio que sempre conta as mesmas piadas nos almoços de domingo, mas se
acha um exímio comediante. Os poucos momentos engraçados são os que estão no trailer e mesmo suas tentativas em
brincar com os clichês dos filmes de ação passam longe da sagacidade ou do nonsense de comédias bem mais divertidas
como Chumbo Grosso (2007) ou Segurando as Pontas (2008).
A policial Rosa (Zulay Renao)
inicialmente parece quebrar o padrão de "mulheres troféu" que é comum
nas comédias protagonizadas por James (e também nas que faz com seu chapa Adam
Sandler), se mostrando como uma agente poderosa e competente. Da metade do
filme em diante, no entanto, ela acaba reduzida a uma mera donzela em perigo a
ser resgatada pelo protagonista. Além disso, sua força existe apenas para
ressaltar a incompetência de James, criando piadinhas do tipo "olha, ele
foi superado por uma garota" que não tem mais razão de existir em pleno
2016.
Se a frente da comédia não
funciona, a da ação não se sai muito melhor. Os embates são pouco criativos e
burocráticos, prejudicados ainda por um excesso de cortes (certamente por causa
da inaptidão física de James) que deixa seu fluxo truncado e pouco dinâmico.
Isso sem mencionar alguns chroma keys
e efeitos de computação gráfica bem toscos. A trama ainda conta com algumas
reviravoltas previsíveis (a identidade do Fantasma real é pra lá de óbvia) e
outras que só existem para que o filme tenha a duração de um longa metragem e
não acrescentam muita coisa.
No fim das contas, A História Real de um Assassino Falso
não funciona nem como comédia, nem como filme de ação, apresentando uma
reciclagem de piadas velhas que já vimos melhor executadas e cenas de ação sem
ritmo ou empolgação.
Nota: 3/10
Trailer:
Incrível! O ator Andy Garcia se compromete muito com o personagem. Ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas muita gente já me recomendou. Eu amo os filmes de drama, especialmente onde participa Jamie Dornan lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador. Desfrutei muito sua atuação. A historia está bem estruturada, o final é o melhor. Se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo.
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