Depois de ver o ótimo Garota Sombria Caminha Pela Noite (2014)
estava curioso pelo próximo trabalho da diretora Ana Lily Amirpour. Com esse Amores Canibais parecia que a
realizadora conseguiria conciliar suas ambições artísticas com algo mais mainstream e facilmente vendável para o
público frequentador de multiplexes, mas infelizmente o filme falha nas duas
frentes.
A trama se passa em um futuro no
qual o governo dos Estados Unidos desenvolveu uma maneira bastante peculiar
para lidar com cidadãos indesejados. Eles são despachados para viver em um
deserto no Texas, isolados do resto do país e no qual as leis não tem validade
alguma, criando um ambiente brutal e hostil (pensem em Mad Max). Arlen (Suki Waterhouse) é uma dessas pessoas despachadas
para o deserto e chegando lá é capturada por uma tribo de canibais que cortam
seu braço e sua perna para comer. Mesmo com dois membros a menos, ela consegue
escapar e chega à cidade de Conforto. Meses se passam até que ela se recupere e
consiga uma prótese para sua perna, mas uma vez restabelecida, Arlen decide ir
atrás de quem a mutilou. Ela mata uma das canibais, mas fica com pena da
pequena garota que acompanhava a mulher e a leva consigo. O que Arlen não sabia
é que a menina é a filha de Miami Man (Jason Momoa), líder dos canibais, e ele
está disposto a qualquer coisa para recuperar a criança.