Centrado no passado da personagem
Elise Rainier (Lyn Shaye), este Sobrenatural:
A Última Chave tinha a promessa de aprofundar uma figura recorrente nos
três filmes anteriores ao colocá-la para enfrentar a entidade que destruiu sua
família. Como Elise sempre foi uma personagem interessante, fiquei curioso por
saber mais sobre seu passado.
A trama começa na infância de
Elise, com a jovem garota começando a demonstrar seus poderes mediúnicos
assustando tanto o pai quanto o irmão. Ela começa a ver uma sinistra figura com
dedos em formato de chave vagando pela casa e quando cede às ordens da entidade
e abre uma porta em sua casa, a criatura se apodera de Elise e mata a mãe dela.
Anos depois, já trabalhando como investigadora paranormal, ela recebe um pedido
de ajuda do homem que mora em sua antiga casa e que está vendo a mesma
criatura. Assim, Elise parte com seus ajudantes para sua cidade natal e
enfrentar a criatura que a assombra desde a infância.
A maior parte das tentativas do
filme de assustar o público vem de sustos súbitos bastante previsíveis. Toda
vez que a câmera fica muito tempo parada, demora de cortar para outro plano ou
cena e tudo fica muito silencioso, é certo que algo vai subitamente pular na
tela fazendo um barulho enorme. Como é tão fácil identificar os sustos antes de
acontecerem, raramente funcionam.
O roteiro é cheio de problemas,
furos e resoluções que não empolgam. Se Elise dá a seu irmão uma foto segurando
o apito que ele tinha na infância, porque ele vai até a antiga casa procurar?
Não seria mais lógico pressupor pela foto que Elise estava com ele? Também não
faz sentido que ele simplesmente rompa o lacre da polícia avisando para não
entrar na casa sem qualquer preocupação, sendo que a cidade é tão pequena que é
impossível que ele não saiba que houve um crime na noite anterior. Além disso,
não faz sentido que a polícia continue a permitir que Elise permaneça
investigando a casa depois que a sobrinha dela é atacada pela entidade e exibe
ferimentos semelhantes aos da mulher encontrada cativa no porão da casa na
noite anterior. É esquisito que a polícia não desconfie de Elise ou do irmão
frente aos ataques que continuam a acontecer mesmo depois do aparente culpado
ter sido morto.
O modo como a criatura é
derrotada ao fim do filme, por sua vez, é bem decepcionante. Ao longo da trama
a entidade é continuamente apresentada como um demônio poderosíssimo, mas o
espírito da mãe de Elise, que não tinha qualquer capacidade sobrenatural,
simplesmente o manda para longe com uma facilidade enorme. Assim sendo, nem
mesmo o confronto final com a temível criatura consegue criar tensão ou
empolgação.
Lyn Shaye é eficiente em
construir a natureza atormentada de Elise, mas os demais personagens variam
entre o insosso, como as sobrinhas dela, e o insuportável, tal qual acontece
com seus ajudantes e suas tentativas irritantes de humor que falham em todos os
momentos. O design da criatura principal,
com suas mãos com chaves nos dedos e rosto deformado, é bem inspirado e as
cenas que a criatura usa seus dedos sinistros para atacar suas presas são os
melhores momentos do filme, mas são pouco para salvar o problemático restante.
Sobrenatural: A Última Chave acaba não funcionando por conta dos
sustos previsíveis, roteiro problemático e personagens desinteressantes.
Nota: 3/10
Trailer
Eu não gostei muito, a história não traz nada de novo e faz com que seja chato. Acho que o melhor foi Patrick Wilson e isso aparece por um tempo muito curto. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Fome de poder é um dos seus filmes mais recentes e foi, na minha opinião, um dos mehores filmes de drama que eu vi. O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Além, acho que a sua participação neste filme drama realmente ajudou ao desenvolvimento da história.
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