quinta-feira, 31 de maio de 2018

Crítica - Han Solo: Uma História Star Wars


Análise Crítica - Han Solo: Uma História Star Wars


Review - Han Solo: Uma História Star Wars
Com uma produção conturbada que incluiu a demissão dos diretores Phil Lord e Chris Miller durantes as gravações e a entrada de Ron Howard para finalizar o filme, eu não esperava muita coisa deste Han Solo: Uma História Star Wars. Felizmente, o resultado final não é tão problemático quanto imaginava, sendo uma aventura divertida, mas esquecível.

A narrativa segue a juventude de Han Solo (Alden Ehrenreich) e suas primeiras aventuras, mostrando como ele fugiu de seu planeta natal Corellia e adentrou pelo submundo da galáxia. Em suas viagens ele conhece o ladrão Beckett (Woody Harrelson), que se torna uma espécie de mentor para ele, e busca reencontrar sua amiga de infância Qi'ra (Emilia Clarke).

O longa-metragem promete nos mostrar como Han se tornou o contrabandista cínico, durão e egoísta que conhecemos no Star Wars original, mas tudo que o filme faz é exibir como ele conseguiu suas coisas (nave, pistola) e encontrou seus principais aliados, sem construir essa prometida jornada emocional e assim falha em justificar sua própria existência. Os demais coadjuvantes também não tem muito desenvolvimento, o que até prejudica uma reviravolta próxima ao fim quando Qi'ra toma uma decisão que não parece justificada pelo pouco que a conhecemos, seja em termos de roteiro ou da atuação de Emilia Clarke que não dá a Qi'ra ambiguidade o suficiente para que ela convença como a femme fatale que a trama quer que a personagem se torne.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Crítica - Desejo de Matar


Análise Crítica - Desejo de Matar


Review - Desejo de Matar
Muita gente pode dizer que o principal problema desta nova versão de Desejo de Matar é o timing. Que ser lançado em meio às discussões sobre violência armada abre o filme a questionamentos que talvez não seriam feitos ou percebidos em outros contextos. Não são considerações completamente equivocadas, mas não é somente o timing que torna o filme problemático e mesmo sob um olhar afastado de todo a questão do porte de armas a obra não se sustenta e o que sobra é um produto sem substância que não entende o que tornou o original tão interessante.

Quando se fala em Desejo de Matar, em geral as pessoas lembram das explosivas continuações, mas o primeiro filme, de 1974, tinha uma carga dramática séria e refletia sobre o poder destrutivo da violência. Não havia catarse ou reparação na jornada de Kersey e a violência (dos bandidos, dele próprio) destruía tudo ao seu redor. Essa nova versão não tem nenhum desses componentes e não constrói nenhum tipo de ponderação sobre a violência em nossa sociedade. Não que ele tivesse obrigação de fazer qualquer uma dessas coisas, mas uma vez retirados esses elementos resta apenas uma trama de vingança igual a dúzias de outras que o cinema hollywoodiano produz anualmente.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Crítica - The Good Fight: 2ª Temporada

Análise Crítica - The Good Fight: 2ª Temporada


Review - The Good Fight: 2ª Temporada
"Quando Carl Reddick nasceu, haviam nazistas marchando nas ruas. Quando Carl Reddick morreu, haviam nazistas marchando nas ruas". Dita durante os primeiros minutos do início desta segunda temporada de The Good Fight, a frase faz um paralelo entre a ascensão do conservadorismo no momento pré Segunda Guerra Mundial (nazistas marchando na Alemanha) e a emergência de forças ultraconservadoras nos Estados Unidos de hoje (com nazistas marchando na cidade de Charlottesville), dando o tom crítico e combativo que a série continua a ter da conjuntura política e, assim como a temporada anterior, prendendo nossa atenção desde a primeira cena.

A trama começa com uma série de assassinatos a advogados, criando uma espécie de movimento intitulado "Kill All Lawyers" ("Matem Todos os Advogados") e com as autoridades pressionando Maia (Rose Leslie) para entregar o pai depois que ele fugiu do país no fim da primeira temporada. Ao mesmo tempo, Diane (Christine Baranski) precisa lidar com o clima de desesperança que se abate sobre ela frente ao que acontece com o país e em seu casamento com Kurt (Gary Cole), enquanto Lucca (Cush Jumbo) descobre estar grávida de Colin (Justin Bartha).

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Crítica - Ibiza: Tudo Pelo DJ




Considerando o nível abominável das comédias feitas pela Netflix esse ano, resultando em atrocidades como Perda Total e Lá Vem os Pais, este Ibiza: Tudo Pelo DJ é relativamente inofensivo, ainda que lhe falte energia e inventividade para fazer a experiência valer a pena.

A narrativa é centrada em Harper (Gillian Jacobs), uma Relações Públicas que tenta ser promovida na empresa em que trabalha. A oportunidade surge quando sua chefe a envia em uma viagem para a Espanha para fechar um contrato com uma marca de bebidas europeia. Harper leva consigo Nikki (Vanessa Bayer) e Leah (Phoebe Robinson) e decide aproveitar o tempo livre no país para curtir. Em sua primeira noite na Espanha ela conhece o DJ Leo West (Richard Madden, o Robb Stark de Game of Thrones). Eles tem um breve flerte e logo se despedem, mas Nikki e Leah encorajam Harper a ir atrás dele em seu próximo show, na ilha de Ibiza, para poder ficar com ele. O problema é que isso deixa pouco tempo para que Harper resolva os negócios de sua empresa.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Crítica - Flash: 4ª Temporada


Análise Crítica - Flash: 4ª Temporada


Review - Flash Season 4
A terceira temporada de Flash foi relativamente morna, mas terminou com um gancho que prometia grandes mudanças nesta quarta temporada. Com Barry (Grant Gustin) na Força da Aceleração a série tinha a oportunidade de usar a ausência dele para desenvolver personagens que não estavam tendo muito espaço como Wally (Keiynan Lonsdale) e Iris (Candice Patton). Além disso o anúncio de que a narrativa finalmente teria como principal antagonista na temporada alguém que não fosse um velocista, o vilão Pensador (Neil Sandilands), parecia o respiro que Flash precisava para se renovar depois da cansativa na terceira temporada. Digo parecia porque a quarta temporada acabou sendo ainda pior. A partir desse ponto, o texto pode conter SPOILERS da quarta temporada.

Era lógico que Barry não ficaria preso na Força da Aceleração para sempre, mas eu imaginei que a série levaria alguns episódios antes de trazê-lo de volta, justamente para que pudéssemos sentir o peso da ausência dele e que outros personagens pudessem ser desenvolvidos. Nada disso aconteceu e Barry retornou já no primeiro episódio, automaticamente tirando qualquer senso de consequência ou peso dramático da temporada anterior. Se eu esperava que Wally pudesse ter algum tempo para crescer como personagem, o texto fez o exato oposto, despachando-o subitamente para a série Legendos of Tomorrow sem ter dado nada relevante para que Wally fizesse em toda sua participação em Flash.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Crítica - Horizon Chase Turbo



Análise Crítica - Horizon Chase Turbo

Review - Horizon Chase Turbo
Eu tenho memórias afetuosas de infância envolvendo jogos de corrida como Out Run e Top Gear, então confesso que fiquei bem empolgado com o anúncio deste Horizon Chase Turbo, game indie de corrida que visava remeter a antigos arcade racers como os dois citados no início do parágrafo. Fiquei ainda mais curioso por se tratar de um produto feito por uma desenvolvedora brasileira, a Aquiris. Eu não conhecia o trabalho anterior deles, Horizon Chase World Tour, lançado para dispositivos móveis em 2015, então não sabia o que esperar. Felizmente, o resultado de Horizon Chase Turbo é muito melhor do que eu esperava.

O modo principal é o "Volta ao Mundo", contendo corridas em diferentes países e cidades ao redor do mundo, totalizando mais de 100 pistas. Os circuitos são baseados em cidades reais e é possível perceber o esmero do jogo em recriar os principais marcos arquitetônicos e geográficos desses locais, como o Farol da Barra em Salvador ou o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (aquele que parece um disco voador). Vencer as corridas de Volta ao Mundo rendem pontos que servem para abrir mais pistas, modos e carros, com todos os modos comportando até quatro jogadores em multiplayer local.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Crítica - Agents of S.H.I.E.L.D: 5ª Temporada


Análise Crítica - Agents of S.H.I.E.L.D: 5ª Temporada


Review - Agents of S.H.I.E.L.D: Season 5
A quarta temporada de Agents of SHIELD, uma das melhores da série diga-se de passagem, terminava com um instigante gancho: o agente Coulson (Clark Gregg) era sequestrado por pessoas desconhecidas e quando acordava percebia que estava no espaço. Imediatamente teorias começaram a pipocar: será que o final ligaria a série com os eventos da (então) vindoura série dos Inumanos? Será que se conectaria diretamente com os acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita. Eram muitas possibilidades empolgantes, mas quando a temporada nova começou o resultado foi decepcionante e a mais fraca temporada da série desde então. Aviso que o texto a seguir tem SPOILERS da temporada.

Na trama, Coulson e o restante da SHIELD descobre que eles na verdade foram levados ao futuro. Eles estão em uma gigantesca colônia espacial chamada O Farol, que a abriga o que restou da humanidade depois que a Terra foi destruída. A existência humana não é fácil, já que eles são governados com mão de ferro pelos Kree e todos os recursos são controlados. No fim, a temporada não tinha conexão alguma com a série Inumanos (ainda bem, considerado o quanto ela foi ruim e já está devidamente cancelada) ou com o Thanos. O vilão chega a ser citado nominalmente em alguns dos últimos episódios, mas a série não chega a abordar as consequências do que acontece no final de Vingadores: Guerra Infinita.

sábado, 19 de maio de 2018

Crítica - 13 Reasons Why: 2ª Temporada


Análise Crítica - 13 Reasons Why: 2ª Temporada


Review - 13 Reasons Why: 2ª Temporada
Quando escrevi sobre a primeira temporada de 13 Reasons Why falei que apesar de ficar curioso sobre a resolução de algumas pontas soltas, em especial o processo contra a escola e as denúncias de estupro contra Bryce (Justin Prentice), não considerava que a série tinha material para sustentar uma segunda temporada. Sugeri que talvez tivesse sido melhor que a temporada tivesse dois ou três episódios a mais para resolver isso do que mais uma temporada com outros treze episódios ou que ela tivesse permanecido do jeito que estava, ficando como uma minissérie. Depois de ver essa segunda temporada, fico triste em perceber que meu diagnóstico estava correto e o resultado é um segundo ano inchado, arrastado, redundante e apologético. A partir desse ponto o texto contém SPOILERS.

A trama começa meses depois da temporada anterior com o início do julgamento do processo da mãe (Kate Walsh) de Hannah (Katherine Langford) contra a escola. A acusação quer mostrar como a escola foi negligente no tratamento do bulliyng enquanto que a defesa tenta pintar Hannah como uma garota irresponsável e namoradeira que sofreu as consequências das próprias ações. Ao mesmo tempo, Clay (Dylan Minette, que este ano protagonizou o horrendo Vende-se Esta Casa) precisa lidar com o trauma ainda presente da morte de Hannah e com a descoberta de que Bryce possivelmente estuprou mais garotas além de Hannah e Jessica (Alisha Boe).

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Crítica - Ni No Kuni 2: Revenant Kingdom


Análise Crítica - Ni No Kuni 2: Revenant Kingdom


Review - Ni No Kuni 2: Revenant Kingdom
Ni No Kuni 2: Revenant Kingdom é um daqueles jogos com potencial de arruinar sua vida. É fácil se perder no imersivo e imenso mundo que ele constrói e na quantidade de atividades que ele te dá, quando mal percebemos já é uma da manhã e ainda assim você quer terminar mais uma missão.

Não é preciso ter jogado o primeiro Ni No Kuni para entender o que se passa aqui. A trama do novo game acontece séculos depois do original e é centrada em Evan, o jovem príncipe do reino de Ding Dong Dell. No dia de sua coração, depois da trágica morte do seu pai, o principal conselheiro real inicia um golpe de estado e toma o controle do reino para si. Evan escapa e decide recuperar seu trono, iniciando assim uma mágica jornada que eventualmente envolverá salvar o mundo de uma sombria ameaça com a ajuda de seus companheiros e uma pequena criatura mágica chamada Lofty (que parece a Lisa Simpson sob efeito de crack).

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Crítica - A Barraca do Beijo (The Kissing Booth)


Análise Crítica - A Barraca do Beijo


Review - The Kissing Booth
Na superfície A Barraca do Beijo é uma daquelas comédias românticas adolescentes descartáveis e, bem, é só isso mesmo, o filme nunca vai além do superficial e dos clichês. Não é algo que vai te fazer passar raiva e detestar tudo, mas tampouco é uma fita que te deixa uma sensação de satisfação quando os créditos começam a subir.

Elle (Joey King) é uma garota que começou a se apaixonar por Noah (Jacob Elordi), irmão mais velho de Lee (Joel Courtney), seu melhor amigo. Ela e Lee fizeram um acordo para nunca namorarem parentes uns dos outros, mas quando Elle acidentalmente beija Noah na barraca do beijo da escola, fica difícil para a garota conter seus sentimentos. Assim, ela e Noah começam a namorar escondidos, temendo contar para Lee que estão apaixonados.

Sim, o enlace amoroso acontece já no início do filme e o maior conflito, que não é lá muito convincente, é o melhor amigo de Elle não aprovar a relação. O principal problema disso é que tudo soa como um obstáculo arbitrário para o relacionamento do casal, sem muita razão de existir que não forçar um conflito em uma trama que de outro modo não teria nenhum. Mais para frente Lee tenta justificar a regra dizendo que sempre viveu à sombra do irmão mais velho, mas se sua motivação sempre foi essa porque a regra dele e Elle diz respeito a todos os parentes? Se eles são melhores amigos que sempre foram sinceros um para outro soa estranho que Lee nunca tenha falado sobre o assunto com Elle. Isso sem falar do problema que é ter um conflito principal consistindo basicamente de dois homens disputando o controle de uma mulher como se fosse uma posse (Lee chega a dizer que Elle é a única "coisa" ele tinha e o irmão não), o que soa completamente anacrônico e inadimissível em pleno 2018.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Crítica - Paris 8


Análise Crítica - Paris 8


Review - Mes Provinciales
Um filme francês em preto e branco que acompanha as andanças de um personagem através de Paris enquanto ele trava longas conversas sobre cinema, literatura, música e filosofia. Essa parece a descrição de algo feito por alguma vanguarda europeia da década de 50 ou 60, mas pertence a Paris 8, um filme feito em 2018.

A narrativa é centrada em Etienne (Adranic Manet), um jovem que sai da cidade de Lyon para estudar cinema em Paris. Lá ele conhece dois outros estudantes que compartilham sua paixão sobre cinema, mas ao longo do ano eles enfrentarão dificuldades que colocam dúvidas sobre seus sonhos de se tornarem grandes autores.

É uma premissa típica de uma narrativa de formação, com um jovem deixando sua pequena cidade para perseguir seus sonhos na cidade grande enquanto lida com a desilusão dos obstáculos que surgem pelo caminho. Nesse sentido, o filme capta de maneira genuína as angústias do jovem estudante de cinema enquanto ele busca sua própria voz enquanto artista, experimenta dificuldades em se estabelecer no meio profissional e dissabores amorosos. Ciente do quanto é difícil produzir algo que seja relevante quando já existem tantas obras de arte magistrais no mundo, Etienne é excessivamente crítico de si mesmo, de suas próprias realizações e essa insegurança quanto ao seu lugar no mundo e seu próprio valor é algo com que todos podemos nos relacionar.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Crítica - Deadpool 2

Análise Crítica - Deadpool 2


Review - Deadpool 2
O primeiro Deadpool (2016) tinha sido uma grata surpresa graças ao seu senso de humor anárquico que brincava com as convenções e saturação dos filmes de super-heróis. Esse Deadpool 2 tem muito do que fez o original ser tão bacana, ainda que repita também os mesmos problemas.

Depois dos eventos do filme anterior, Wade Wilson (Ryan Reynolds) continua ganhando a vida como o mercenário tagarela Deadpool. A vida de Deadpool muda com a chegada do misterioso Cable (Josh Brolin), um viajante do tempo que deseja assassinar um jovem mutante para impedir uma catástrofe no futuro, e Deadpool decide proteger o garoto, formando uma nova equipe de mutantes para dar cabo de Cable.

Assim como o primeiro filme, a trama é bem simplória e por vezes esse esforço em construir um arco dramático e desenvolver temas sobre família e relacionamentos quebra o ritmo do humor surtado e sem noção que é característico do personagem. Há uma certa pieguice no modo como toda a questão de redenção e família é costurada na trama que provoca um contraste com a natureza imatura e irreverente do resto do filme e nem mesmo as piadas autoconscientes sobre isso diluem essa pieguice.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Crítica - O Alienista (The Alienist)


Resenha Crítica - O Alienista (The Alienist)


Review - O Alienista (The Alienist)Enquanto gênero literário, a narrativa policial surge na segunda metade do século XIX embalada pela força que o pensamento positivista vinha ganhando no campo das ciências e pela maneira como essas ciências positivistas desenvolviam métodos e técnicas que auxiliavam nas investigações criminais. A série O Alienista, baseada no romance de Caleb Carr, trata justamente desses primeiros passos das ciências criminais.

A trama se passa na Nova Iorque do século XIX e é centrada no médico alemão Laszlo Kreizler (Daniel Bruhl). Laszlo é um alienista, alguém que pesquisa e trata pessoas com problemas mentais, basicamente sendo um psiquiatra rudimentar. Quando uma série de assassinatos brutais envolvendo jovens homossexuais começa a aterrorizar a cidade, o alienista decide investigar que tipo de pessoa seria capaz de cometer tais crimes. Para isso, ele conta com a ajuda do desenhista e jornalista John Moore (Luke Evans) e da policial Sara Howard (Dakota Fanning), a primeira mulher a integrar a polícia de Nova Iorque.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Crítica - A Noite do Jogo

Análise Crítica - A Noite do Jogo



Review - A Noite do Jogo
De vez em quando um filme me pega completamente desprevenido. Entrei para assistir este A Noite do Jogo sem muitas expectativas, mas o que encontrei foi uma das melhores comédias besteirol que assisti em anos. Sinceramente, não lembro a última vez que uma comédia me fez rir até minha barriga doer tal como aconteceu aqui.

A trama segue o casal Max (Jason Bateman) e Annie (Rachel McAdams). Eles são muito competitivos e sempre jogam qualquer coisa, desde videogames a jogos de tabuleiro, para ganhar. Semanalmente eles reúnem amigos igualmente competitivos para uma noite de jogos na casa deles. A situação muda quando Brooks (Kyle Chandler), o irmão mais velho e bem sucedido de Max, chega na cidade. Max nunca tinha vencido o irmão em nenhum jogo e vê no retorno dele a chance de finalmente derrotá-lo. Brooks chama todos para uma noite de jogos na casa dele e propõe um jogo diferente. Atores fantasiados de criminosos sequestrarão um deles e o restante dos jogadores precisará encontrar os culpados decifrando pistas. O problema é que Brooks se envolveu com criminosos reais e é sequestrado de verdade, mas seu irmão e os demais acham que tudo é parte do jogo e iniciam a investigação sem saber que estão lidando com criminosos de verdade.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Crítica - Anon

Análise Crítica - Anon


Review - Anon
Sob o risco de soar como um disco arranhado, eu preciso dizer que não sei o que se passa com a Netflix e como a realização de seus filmes de ficção consistentemente não tem dado bons resultados. Recentemente a empresa de streaming trouxe bons diretores como Duncan Jones e bons atores como Jared Leto em filmes como Mudo e Dívida Perigosa e ambos foram muito abaixo do esperado. Agora a Netflix trouxe o cineasta Andrew Niccol, de Gattaca (1997) e O Senhor das Armas (2005), para comandar a ficção-científica Anon e o resultado mais uma vez é decepcionante.

A trama se passa em um futuro próximo no qual todas as pessoas usam um implante no olho que funciona simultaneamente como uma câmera, filmando e gravando tudo que é visto, e como um computador. O trabalho da polícia é relativamente fácil, já que basta puxar as imagens dos olhos das pessoas envolvidas no crime para saber o que aconteceu. O detetive Sal Frieland (Clive Owen), no entanto, encontra um desafio quando surge uma série de assassinatos nos quais as imagens do olho da vítima foram apagadas e não há vestígio das imagens do olho do assassino. Os crimes fazem Sal se lembrar de uma misteriosa mulher (Amanda Seyfred) que viu na rua e seu olho não foi capaz de detectar qualquer informação sobre ela.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Crítica - God of War


Análise Crítica - God of War


Review - God of War
Eu joguei todos os games da franquia God of War lançados até aqui (sim, até os para PSP) e apesar de achar todos (em maior ou menor grau) games de ação bem divertidos, Kratos sempre me pareceu um protagonista bastante aborrecido. Se no primeiro jogo ele era meramente um sujeito com uma motivação clichê, no terceiro sua vingança cega o tornara um personagem insuportável de acompanhar, eu cheguei a demorar de terminar só porque não tinha paciência para os repetitivos rosnados de raiva, egoísmo e estupidez do personagem. Sim, o final o confrontava com as consequências de seu comportamento, mas até chegar lá, eram quase dez horas do personagem se comportando de maneira aborrecida. Pois este novo jogo da franquia, intitulado apenas God of War, finalmente consegue tornar Kratos um protagonista bem construído, complexo e interessante de acompanhar.

Funcionando simultaneamente como uma continuação e reboot, a trama coloca Kratos vivendo no reino dos deuses nórdicos. A história começa com a morte de Faye, a esposa de Kratos. O último desejo dela foi que Kratos e seu filho Atreus espalhassem suas cinzas no pico mais alto dos reinos. Kratos e Atreus tem uma relação distante e a jornada acaba expondo as tensões entre pai e filho.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Crítica - Tudo Que Quero




Tudo Que Quero é centrado em Wendy (Dakota Fanning), uma jovem autista e fã de Star Trek que foge de sua cuidadora para poder participar de uma competição de roteiros para o próximo filme da franquia Star Trek. O sumiço de Wendy deixa a sua responsável, Scottie (Toni Colette), e sua irmã, Audrey (Alice Eve), que correm para tentar encontrá-la. Wendy, no entanto, vai aos poucos aprendendo a se cuidar sozinha e a superar as dificuldades que encontra pelo caminho.

A estrutura narrativa é a de um road movie na qual os encontros que Wendy vivencia ao longo de sua jornada são o que move ou cria obstáculos para sua jornada. Os obstáculos e encontros, por sinal, são bem previsíveis, incluindo o momento em que ela é roubada, outro no qual o caixa de uma loja de conveniência tenta tirar vantagem dela ou quando ela se machuca e vai parar em um hospital. Tudo é milimetricamente pensado para evidenciar o despreparo dela para o mundo e as dificuldades experimentadas por pessoas autistas em lidar com as pessoas sem sair muito do traçado que se espera desse tipo de filme.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Crítica - Lá Vem os Pais


Análise Crítica - Lá Vem os Pais


Review Crítica - Lá Vem os Pais
Voltando a realizar um projeto de sua própria produtora depois de ter trabalhado com o diretor Noah Baumbach no ótimo Os Meyerowitz: Família não se Escolhe (2017), Adam Sandler reforça a impressão de que eu tenho dele há anos: o ator funciona melhor em projetos dos outros do que quando opera sob seu próprio material. Retornando às suas comédias típicas, este La Vem os Pais é vazio, preguiçoso e apoiado em um humor que meramente reproduz preconceitos.

A filha de Kenny (Adam Sandler) está para se casar e ele quer dar a filha o melhor casamento que puder pagar com seus parcos recursos. Kirby (Chris Rock), o pai do noivo, é um rico e mulherengo cirurgião que se oferece para pagar a cerimônia e deixá-la menos modesta, mas o orgulho paternal de Kenny não permite que ele aceite ajuda e assim, Kenny tenta por conta própria realizar o melhor casamento possível gastando o mínimo. É uma situação que lembra O Pai da Noiva (1991), mas mais baseado em um humor rasteiro do que na jornada emocional de um pai com dificuldade de se desapegar de sua primogênita.