sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Crítica – No Man’s Sky NEXT

Análise Crítica – No Man’s Sky NEXT



Review – No Man’s Sky NEXT
Quando No Man’s Sky foi lançado há dois anos atrás, ficou evidente que o jogo não chegava perto de cumprir todas as promessas que foram feitas a seu respeito desde que tinha sido anunciado. Havia uma fundação promissora, mas a falta de conteúdo tornava fácil perder o interesse depois de algumas horas. A desenvolvedora Hello Games podia ter deixado o jogo nesta situação, mas desde então vem adicionando conteúdo periódica e gratuitamente, culminando na atualização intitulada NEXT, que marca também o lançamento de No Man’s Sky para o Xbox One (até então estava disponível apenas para PS4 e PC). NEXT é uma atualização gratuita, então se você já tem o jogo não é preciso adquirir mais nada, basta deixar que ele atualize.

A primeira diferença a ser notada são as melhorias visuais e ajustes nos algoritmos que geram os planetas, criaturas e vegetação, criando espaços visualmente mais ricos, criaturas mais diferentes e insólitas e vegetações mais densas. A galáxia é também mais povoada, com mais alienígenas presentes nas estações espaciais para interagir. Poucos jogos conseguem criar um senso de descoberta, saindo de um planeta para outro, como No Man’s Sky e isso continua valendo nesta atualização.


A atualização finalmente adiciona um muliplayer ao jogo, permitindo que você explore a galáxia ao lado de amigos ou encontre outros jogadores. Chamar outros jogadores para te acompanhar ajuda a quebrar um pouco da monotonia que muitos podem sentir em explorar sozinho o universo e é um componente bem-vindo, mas a experiência é lotada de bugs e várias vezes o jogo travou ou deu crash enquanto viajava com outros jogadores.

O novo sistema de criação de bases parece inicialmente entrar em conflito com a natureza errante do jogo, que sempre te chama à viajar, mas um sistema de teletransporte torna fácil acessar sua base de qualquer estação espacial. Construir bases e alterar a geografia dos planetas finalmente torna o jogo aquele tipo de “Minecraft no espaço” que muitos esperavam, oferecendo muitas opções para que os jogadores criem todo tipo de maluquice. Ao lado da construção de bases, agora é possível também criar veículos para ajudar na exploração.

Agora também é possível se tornar dono de uma nave cargueira e comandar uma frota espacial que pode ser despachada em missões de exploração na qual podem coletar recursos. A fragata funciona quase como uma base móvel que pode ser customizada e melhorada com vários upgrades e expandida conforme o jogador adquire novas naves para realizarem missões de exploração para obter mais recursos.

O jogo adiciona dois modos que auxiliam o jogador a priorizar que tipo de experiência ele busca no jogo. O modo Permadeath foca na sobrevivência, dando apenas uma vida para o usuário, enquanto o “Creative Mode” é para quem quer priorizar a construção de bases e crafiting, removendo boa parte das mecânicas de sobrevivência.

Apesar de todas essas adições e abertura a várias maneiras de jogar, No Man’s Sky ainda tem sua parcela de problemas. O combate, por exemplo, continua raso, não exigindo muita habilidade ou mesmo oferecendo variedade de inimigos. Existem diferentes tipos de disparo para a multiferramenta, mas eles fazem pouco para acrescentar qualquer tipo de variação tática real. Os Sentinelas também são difíceis de despistar, o que muitas vezes torna inevitável enfrentá-los, mas o problema é que mesmo eliminando seus perseguidores, novos surgem em questão de meros segundos. Isso é ainda pior quando inimigos se manifestam no espaço, já que estar sendo perseguido desabilita os propulsores da sua nave, tornando impossível escapar e obrigando o jogador a enfrentar os inimigos. A questão é que, assim como no solo, reforços surgem rapidamente, o que significa que ser detectado no espaço força goela abaixo longas e inevitáveis batalhas espaciais que se arrastam até que todas as ondas de reforços sejam eliminados ou o jogador morra, o que é bastante frustrante considerando que o jogo é feito para dar ao usuário a abertura para escolher como quer jogar.

O jogo também apresenta alguns problemas de performance, com constantes quedas nas taxas de frames, principalmente quando viajamos pelo espaço ou entramos na atmosfera de planetas, e também com pop-ins de texturas ou elementos do cenário. Considerando que esses problemas já estavam na versão base do jogo, era de se imaginar que eles fossem ser resolvidos agora, mas infelizmente tudo continua o mesmo.

Com essa nova atualização No Man’s Sky finalmente parece o game que deveria ter sido desde o lançamento, com muito a fazer e visuais melhorados. Infelizmente alguns aspectos continuam rasos e problemas de performance continuam a aparecer.

Nota: 7/10


Trailer

Nenhum comentário: