Crítica – Marvel’s Spider-Man: O Assalto

Spider-Man não é só o melhor é o melhor jogo do herói aracnídeo da Marvel em muito tempo, como também é um dos melhores games desse ano. Assim, estava bastante empolgado pela sua primeira expansão, O Assalto, mas apesar de manter a qualidade do jogo base, o conteúdo adicional faz pouco para acrescentar novidades à experiência.

Eu imaginei que a trama da expansão seria paralela à história principal, mas a verdade é que ela se passa depois da história, algo evidenciado pelas conversas entre Peter Parker e Miles Morales que repercutem uma das cenas pós-créditos do jogo base. A narrativa gira em torno de uma série de assaltos cometidos pela Gata Negra contra alvos das famílias mafiosas de Nova Iorque, atraindo a ira do gângster Cabeça de Martelo. A trama traz a mesma qualidade da narrativa do jogo base, explorando as relações de Peter com os diferentes personagens, principalmente como a presença da Gata Negra afeta seu relacionamento com Mary Jane.

A expansão oferece algumas novas atividades e crimes a serem investigados, mas a maioria delas soa como reciclagem de elementos que já existiam no jogo base. A novidade mais significativa são os crimes que colocam o jogador para controlar o drone aranha para desarmar bombas em outros carros. Os desafios da Screwball, por outro lado, são quase que completamente iguais aos desafios do Treinador, apenas acrescentando os momentos fotográficos que permitem uma chance para pontuação adicional.

Há o acréscimo de uma nova facção criminosa na forma dos capangas do Cabeça de Martelo, mas esses inimigos são relativamente iguais aos que já vimos antes. A única novidade é o capanga que usa uma enorme metralhadora giratória. Claro, o combate continua tão fluido e divertido como antes e o jogo reconhece que esse conteúdo é algo a ser jogado depois da história principal, colocando o usuário para enfrentar ondas grandes de inimigos armados com lança-mísseis e automáticas, mantendo o desafio dos embates.

Não há, no entanto, novas habilidades de combate a serem obtidas ou mesmo novas gadgets a serem produzidas, o que ajudaria a diminuir o senso de repetição e daria um certo frescor ao combate. A expansão fornece três novos uniformes, mas diferente dos uniformes obtidos na campanha principal, esses uniformes não oferecem novos poderes ou mods, o que, de novo, desperdiça a oportunidade de acrescentar novos elementos ao já sólido gameplay do jogo.

Assim, Marvel’s Spider-Man: O Assalto traz mais algumas horas de boa jogabilidade e uma ótima narrativa, mas fica devendo em termos de acréscimos significativos à experiência.

Nota: 7/10

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