É sempre importante fazer um balanço do ano que passou e
pesar as coisas boas e ruins que vivenciamos ao longo deste período. Como já
fizemos nossa lista dos piores filmes de 2018, agora é a vez de pensarmos em
quais foram os melhores filmes do ano que passou. A lista leva em conta apenas
filmes que tiveram lançamento comercial no Brasil em 2018, seja nos cinemas ou
direto para vídeo e streaming. Vamos
a eles!
Documentário produzido pela Netflix que traça um retrato
assustador da indústria de equipamentos médicos e como muitos dispositivos
chegam ao mercado e ao corpo dos pacientes com pouquíssimos estudos clínicos.
Animação cheia da excentricidade típica do diretor Wes
Anderson que faz aqui uma atemporal metáfora sobre a ascensão do fascismo.
A culminância de toda a construção narrativa e de universo
compartilhada feita pela Marvel nos últimos dez anos entrega exatamente o
intenso e grandioso clímax pelo qual os fãs tanto esperavam
12) Café Com Canela
Há uma sinceridade e afeto tão grandes no modo como Café Com Canela narra as vidas de
pessoas que vivem no Recôncavo da Bahia que não há como deixar de se encantar
por ele.
11) Pantera Negra
De vez em quando a Marvel parece atentar que seus filmes
seguem uma fórmula bastante rígida e previsível e decidem entregar algo
diferente. A primeira vez que fizeram isso foi em Capitão América: O Soldado Invernal (2014) e agora voltam a fazer
em Pantera Negra, que por trás de sua
aparência de uma típica história de origem, há uma trama sobre
representatividade, exploração e colonialismo povoada por personagens
interessantes e um vilão complexo.
Comédia ácida sobre as brutais intrigas de bastidores no
alto escalão soviético depois da morte de Josef Stalin. Em um duro e cômico
lembrete de que a política é muitas vezes feitas por indivíduos ignóbeis e
mesquinhos que só tem os próprios interesses em mente.
Discutindo certos tabus sexuais com muita naturalidade, o
filme é uma cuidadosa narrativa sobre despertar afetivo e sexual que envolve
pela sua sensibilidade e construção visual
8) Hereditário
Confesso que tive dificuldade para dormir depois de assistir
Hereditário. É daqueles filmes que
continuam a nos assombras mesmo quando as luzes do cinema se acenderam dias
atrás.
Dirigido por Marco Dutra e Juliana Rojas, é uma ótima
homenagem aos antigos filmes de monstro, entendendo muito bem o que torna essas
histórias tão especiais. Dá para dizer sem medo que é o melhor filme da
Marjorie “Estiano” (foi mal, não resisti a fazer esse trocadilho).
Mesmo sendo a quarta vez que essa história é contada, Nasce Uma Estrela conquista e emociona
pela qualidade do elenco, em especial pelo trabalho de Lady Gaga, além da
direção cuidadosa de Bradley Cooper e canções que reverberam na gente mesmo
depois do filme acabar.
Mais uma obra esquisitíssima do diretor grego Yorgos
Lanthimos. Aqui ele coloca o espectador diante de questões morais bastante
complexas, lembrando como o progresso humano foi historicamente construído em
cima de morte e tragédia.
4) Sem Amor
Este filme russo faz uma desoladora análise sobre uma
sociedade erodida pelo distanciamento afetivo, ponderando não só sobre a Rússia
contemporânea como sobre o restante do mundo.
Alcançando um raro equilíbrio entre a ingenuidade infantil e
a dureza do mundo adulto, o diretor Sean Baker constrói um estudo delicado
sobre infância e perda de inocência.
O que inicialmente parece ser uma história sobre um homem
obcecado com o próprio trabalho vai aos poucos se transformando em um sombrio
estudo sobre conexões humanas e o sofrido processo de encontrar esse “fio
fantasma” que nos liga e nos torna dependentes uns dos outros.
Melhor filme do diretor Spike Lee em muito tempo, Infiltrado Na Klan é uma porrada seca
sobre a permanência do preconceito em nossa sociedade e como a inação em
combatê-lo reflete em muitos problemas atuais.
Menções honrosas
Arábia
Roma
Missão Impossível: Efeito Fallout
Menções honrosas
Arábia
Roma
Missão Impossível: Efeito Fallout
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