quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Crítica – Uma Aventura Lego 2


Análise Crítica – Uma Aventura Lego 2


Review – Uma Aventura Lego 2
O primeiro Uma Aventura Lego (2014) foi uma grata surpresa, conseguia ir além de uma mera publicidade de brinquedos (embora, em essência, seja isso) ao apresenta uma aventura ágil que refletia sobre o lado imaginativo de brincar. Uma Aventura Lego 2 pode não revolucionar a série, mas mantém a competência do original e continua servindo de lembrete que mesmo um produto com intenções publicitárias pode ser empolgante e criativo, diferente de propagandas cínicas como o completamente desprezível Emoji: O Filme (2017).

A trama se passa quase que imediatamente depois do final do primeiro. Depois que Finn (Jason Sand) convence o pai (Will Ferrell) a deixá-lo brincar com os legos, a irmã menor dele, Bianca (Brooklynn Prince, de Projeto Flórida) também entra na brincadeira. Como resultado, a cidade é destruída, Emmet (Chris Pratt), Lucy (Elizabeth Banks), Batman (Will Arnett) e todos os outros passam a viver em uma cidade pós-apocalíptica distópica que remete a filmes como Fuga de Nova York (1981) ou à franquia Mad Max. As coisas mudam quando a General Caos (Stephanie Beatriz) chega à cidade, sequestrando os amigos de Emmet e levando-os à galáxia Mana para o casamento da rainha Tuduki Eukiser’ser (Tiffany Haddish).

A animação mantém o mesmo humor acelerado, aloprado e cheio de referências pop do primeiro filme. Pela sinopse dá para perceber que ele zoa bastante a tendência de distopias sisudas e pessimistas, usando o otimismo e ingenuidade de Emmet como perfeito contraponto a esse tipo de história. Os visuais são coloridos, cheios de tons intensos e muitas vezes dando a impressão que foram concebidos por alguém em uma viagem sob efeito de ácido (e digo isso como um elogio).

Tal como o antecessor, é uma trama sobre a importância da ludicidade, do aprender a ceder e brincar junto, somando os esforços imaginativos. A mistura entre a distopia inicial e as construções coloridas e cheias de glitter da galáxia Mana ajudam a criar esse clima de imaginação ilimitada. O principal acréscimo a essa mensagem está no argumento que o filme faz sobre o fato de que não existe brinquedo ou brincadeira “de menino” ou “de menina” e todos podem brincar juntos independente do gênero. A trama também tenta falar sobre como nem tudo vai dar certo sempre, algo que Divertida Mente (2015) já fez e melhor.

De maneira semelhante ao que aconteceu com o antecessor, o impacto emocional fica por conta do núcleo humano da história, que agora tem o acréscimo da mãe (Maya Rudolph) que protagoniza uma das cenas mais engraçadas do filme ao pisar em uma peça de Lego. Sim, é uma piada óbvia (até me pergunto como ninguém pensou em usá-la no primeiro filme) mas o talento cômico de Rudolph faz tudo funcionar.

Assim, Uma Aventura Lego 2 entrega mais uma aventura maluca e acelerada, ainda que não traga nada de muito novo à franquia.


Nota: 7/10


Trailer

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