A trama acompanha Audrey (Lindsay Lohan), uma jovem pianista
e escritora com uma carreira promissora pela frente. Tudo muda quando Audrey é
misteriosamente sequestrada por um serial
killer que está mutilando mulheres na cidade. Audrey é aparentemente
encontrada dias depois, caída no meio da estrada sem um braço e uma perna.
Acordando no hospital, no entanto, a garota diz não ser Audrey, mas uma stripper chamada Dakota. Como os exames
de DNA são iguais aos de Audrey e a polícia encontra contos no computador de
Audrey com uma personagem com esse nome, a polícia simplesmente supõe que
Dakota é uma personalidade alternativa criada por Audrey para lidar com o
trauma, mas Dakota vai demonstrando ser muito mais que isso.
Como a maioria dos filmes desgraçadamente ruins, Eu Sei Quem Me Matou é cheio de cenas
despropositadas e sem sentido que não servem função alguma. Um exemplo é
uma cena no início quando Aubrey chega em casa e um estranho jardineiro está
cuidando do gramado. Assim que Aubrey salta do carro, o jardineiro olha para
ela com lascívia, posicionando um galho na frente das calças, simbolizando o
que imagino ser seu pênis ereto de tesão por Audrey, que, por sua vez, rejeita
os “avanços” do sujeito. É uma cena que parece inteira saída de algum pornô
tosco e se por si só ela já é ridícula, fica ainda mais quando percebemos que
nada disso terá impacto ou significado algum para a trama.
Na verdade, há uma quantidade considerável de cenas sensuais
ou de sexo que não servem a muito propósito. Quando Dakota acorda no hospital e
começa a contar sua história aos agentes do FBI, vemos um longuíssimo flasback dela fazendo strip-tease em uma boate e a cena parece
nunca ter fim, se estendendo mais que o necessário para dar contexto da vida de
Dakota.
Do mesmo modo, há a estranha cena de sexo que acontece
quando o namorado de Aubrey, Jerrod (Brian Geraghty), visita Dakota. Dakota diz
não ser Aubrey, mas o namorado a beija mesmo assim e Dakota retribui, subindo
com ele para o quarto. Os dois começam a transar vigorosamente enquanto a
montagem corta para a mãe de Aubrey na cozinha ouvindo todo o som da transa. Em
nenhum momento fica claro o propósito da cena. Era para ser sensual? Era para
ser engraçado? Ela serve para quê no sentido de construir personagens ou
avançar a trama?
A resposta é que eu não senti nada além de constrangimento
por todos os envolvidos. Considerando que o filme é de 2007 e a carreira de
Lohan ainda não tinha saído completamente dos trilhos, imagino que todas essas
cenas de Lohan tirando a roupa existem só para mostrar como a jovem atriz
amadureceu e está pronta para papeis mais “adultos”, tentando afastá-la da
imagem de queridinha adolescente que ela cultivou durante anos. A questão é que
a maioria dessas cenas soa gratuita ou ridícula ao invés de um veículo
consistente para mostrar o alcance de Lohan como atriz.
Outra coisa que parece não servir a propósito algum é o fato
do filme constantemente destacar as cores azul e vermelha nos cenários e
figurinos. São cores que aparecem chamando bastante atenção para si, marcando
principalmente Aubrey (azul) e Dakota (vermelho) e é de se imaginar que o filme
usará essas escolhas para dizer alguma coisa interessante. A questão é que nada
desse uso de cor que berra ao espectador o tempo todo “ME NOTE!” não serve para
coisa alguma além de ser um cacoete estilístico despropositado, tal como a
decisão de filmar todo A Reconquista com
planos holandeses. Talvez o azul pudesse ser usado como um indicativo de quem é
o culpado, já que o assassino usa ferramentas azuis, mas como a cor aparece em
absolutamente todo lugar e em todos os personagens, é impossível que a cor
cumpra esse propósito.
O mistério em si também não é lá empolgante ou esperto,
apesar do filme ser conduzido com a extrema certeza de que cada reviravolta
fará a cabeça do espectador explodir. Sim, a premissa até poderia render um bom
thriller psicológico, mas as decisões
de como conduzir o desenvolvimento e desenlace da investigação são as mais
estúpidas possíveis.
Em uma cena Dakota pede a Jerrod que a leve para a casa da
primeira vítima do serial killer que
capturou Aubrey, uma garota, Jennifer Toland, que era colega de escola de
Jerrod e Aubrey. Chegando na casa, Dakota pede para ver o quarto da garota, o
que não parece fazer muito sentido. Afinal, ela clama não ser Aubrey (e
posteriormente descobriremos que ela não é), então ela não conhece essa garota,
nem esteve cativa do assassino, então Dakota não saberia o que procurar ou o
que investigar, portanto a cena inteira é dramaturgicamente errada e
despropositada.
Isso começa a ficar evidente na cena em que Dakota
finalmente resolve explicar como ela perdeu seu braço e perna para que todos
entendam que ela não é Aubrey e, diferente de Aubrey, não foi capturada por
nenhum serial killer. A explicação de
Dakota é que um dia seu braço e perna simplesmente começaram a sangrar e caíram
do nada. Se isso soa estúpido, esperem até o filme tentar relacionar a história
de Dakota com a de Aubrey.
Dakota começa a ter visões envolvendo Aubrey, como se elas
tivessem algum elo telepático. As visões em si soam equivocadas por serem
mostradas em terceira pessoa, pois se Dakota está vendo o que Aubrey vivenciou
essas visões não deveriam estar em primeira pessoa? De algum modo as visões
deixam Dakota convencida de que ela e Aubrey são gêmeas e que o fato do braço e
perna de Dakota terem caído gratuitamente se deu por Dakota e Aubrey serem
gêmeas stigmatas. “O que é isso?”, você me pergunta. Bem, sabe a noção de que
uma gêmea sente o que a outra sente? Então, a ideia de gêmeas stigmatas é isso
levado ao extremo da estultice, no qual as gêmeas efetivamente sofrem os mesmos
ferimentos uma da outra. Assim, os membros de Dakota caíram “do nada”, porque o
assassino provavelmente estava cortando os membros de Aubrey naquele momento,
com a protagonista ainda estando em cativeiro.
A maneira como Dakota conclui o fato de ser gêmea e que o
pai de Aubrey comprou Aubrey ainda bebê da mãe de Dakota (que era mãe das
duas), não segue qualquer elo lógico de causa ou consequência. Dakota conclui
tudo que falei no período anterior simplesmente por lembrar dos envelopes com
dinheiro que a mãe recebia com selo da cidade de Aubrey. Sim, só isso, a partir
de um selo postal Dakota resolve concluir que a mãe vendeu a irmã gêmea dela,
sendo que a premissa e a conclusão mal se relacionam, fazendo a trama recorrer
a um non sequitur bizarro para
explicar a relação das duas personagens.
As mesmas conclusões inconsequentes surgem quando Dakota, já
ciente de que ela e Aubrey são gêmeas, decide encontrar a irmã. Ela vai ao
túmulo de Jennifer, a primeira vítima, e encontra uma faixa azul assinada por
um sujeito chamado Douglas e conclui que esse deve ser o assassino. Como ela
chegou a essa conclusão? A faixa poderia ser de um parente, de um amigo ou de
uma pessoa qualquer já que o sumiço da garota foi noticiado pela imprensa e
causou comoção na cidade. Seria menos problemático se fosse uma pista falsa, se
Dakota estivesse equivocada, mas como a trama mostra que a conclusão dela foi
correta, a maneira pela qual o assassino é descoberto não faz nenhum sentido.
Narrativas investigativas costumam ser baseadas em raciocínio lógico-dedutivo,
mas as deduções de Dakota não tem lógica alguma.
Douglas, por sinal, é o nome do professor de piano de
Aubrey, então Dakota e o pai de Aubrey vão sozinhos à casa do professor, o que
soa como uma decisão estúpida considerando que os dois acham que o sujeito é um
serial killer sádico (e ele é). Não
seria melhor ter avisado o FBI? Por outro lado, talvez os personagens sejam
conscientes da maneira inconsequente pela qual deduziram a identidade do assassino
e que o FBI não acreditaria nelas e se o filme tivesse mostrado isso tornaria
crível a decisão dos personagens de confrontarem o assassino sozinhos, mas do
jeito que está é só sem noção mesmo.
Obviamente Dakota enfrenta o assassino e resgata Aubrey, que
tinha sido enterrada viva em um caixão azul. Esse deveria ser o momento do
arremate, no qual o filme explicaria as motivações do assassino e a escolha dos
seus métodos, mas não, nada acontece. Porque cortar o braço e a perna de Aubrey? Poderíamos supor que a motivação é puni-la por desistir das lições de piano, mas essa motivação nunca é construída no texto, então essas decisões do assassino soam arbitrárias. Porque não cortar as duas mãos? Ou porque não matar logo Aubrey? Porque
enterrar a personagem viva em um caixão azul de vidro? Tudo isso soa desmotivado e escolhido
à esmo, só porque os realizadores acharam que seria visualmente interessante e
não porque faziam sentido para a personalidade e conduta do assassino.
Eu Sei Quem Me Matou
tem uma premissa que até poderia render um thriller
razoável, mas é tudo tão estúpido, gratuito e incoerente que é impossível
encontrar qualquer nível de tensão ou suspense em uma trama tão porcamente
construída.
Trailer
25 comentários:
tô rindo pro resto do ano com tudo isso, Ilário 😂😂😂 concordo em tudo,por isso estou aqui, não entendi nada dessa porcaria de filme.
Olá.. Acabei de assistir o filme e vim correndo aqui.. Bom, concordo.. deixou muitos furos na historia. Será que era irmã mesmo ou um devaneio?! Apesar de tudo é um filme que nós deixa cheia de perguntas.
Gostei do filme
Acabei de ver o filme nada a ver gente foi o filme mais sem sentido que eu já vi em toda minha vida .
Simplesmente uma porcaria!Se ele queria castigar Albrey,pq matou Jennifier.Sem noção total
Quando ela foi ao quarto da Jennifer. Tinha o mesmo trofeu...ela ia pegar para olhar e foi interrompida. depois ja no quarto dela...viu que tinha o mesmo trofeu no quarto da Aubrey
O fato dela ver o mesmo troféu em dois lugares não significa necessariamente que o troféu foi dado pelo assassino. Existiriam vários motivos para jovens de idades semelhantes e com interesses similares terem objetos e conquistas parecidos. A relação entre troféu e assassino é feita pela trama de maneira inconsequente.
O filme é tão ruim que chega a ser bom.
Apesar de todas essas incoerências, eu gostei.
PS. Como a Aubrey não morreu asfixiada?
Acabei de ver esse filme ruim na Amazon prime , e agora fiquei sabendo que ele ganhou 8 framboesas, será q a Amazon não sabia disso ? Colocando porcaria nós seu catálogo,afffff.
Rapsodiaboemia muito bom , parabéns 👏👏
Que filme podre, sem coerência nenhuma, os diretores acharam que fazendo um filme em que a Lindsay Lohan tivesse uma irmã gêmea iria far certo igual operação cupido...SQN
Que filme podre, sem coerência nenhuma, os diretores acharam que fazendo um filme em que a Lindsay Lohan tivesse uma irmã gêmea iria far certo igual operação cupido...SQN
Gente, acabei de assistir pelo Prime Vídeo e não consegui entender, afinal ela era Aubrey ou não? Kkkk, muito sem sentido; acho que o Prime Vídeo coloca os filmes que foram ruins mesmo, pois já assisti outros sem sentido também. Cansei!
Pior filme que já assisti...
Simples assim
Eu tbm acabei de ver esse filme e me sentir mais drogada do que a Lindsay Lohan. Tô mais chapada que a Dakota, puta filme ruim da porra.
Não entendi nada, parabéns. Que filme esquisito
Eu acabei de assistir. Acredito que ela tenha problema psicológico, fez mais sentindo.kkkk
Entendi foi nada
Não entendi bosta nenhuma do filme. Estava procurando alguma crítica pra ver se só eu que não tinha entendido.
Acabei de assistir. Que perda de tempo. Filme ruim à beça.
Que filme péssimo...fiquei doidinhakkkk
sem pé, mão e cabeça!!! kkkkkkk
Assisti hj. Tentei gostar. Não consegui. Achei que não tinha entendido por falta de atenção em alguns momentos do filme, mas vi que o problema é que o filme é ruim.
Acabei de assistir... Que tempo perdido!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkk
Assistir o filme que é péssimo. Mas péssimo ainda, é lembrar que já tinha assistido antes😂😂😂😂
Gente que final é esse não entendi nada,tive que vi procurar algo mais sobre o filme.afinal a outra que estava no caixão tava viva? Filme acabou ali
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