sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Crítica – Dragon Ball Super: Broly


Análise Crítica – Dragon Ball Super: Broly


Review – Dragon Ball Super: Broly
Além de centenas de episódios, o anime Dragon Ball Z recebeu também mais de uma dezena de filmes que contavam algumas histórias complementares que não necessariamente se encaixavam no cânone da série. Um dos personagens mais marcantes a aparecer nos filme foi Broly, um saiyajin extremamente poderoso, mas cuja motivação para odiar Goku era bastante estúpida. Pois este Dragon Ball Super: Broly varre as aparições anteriores do personagem do cânone e o reapresenta na cronologia da série Dragon Ball Super, situando sua história logo depois do arco do Torneio de Poder.

Na trama, Broly é um saiyajin de imenso poder, tanto que mesmo sendo um bebê despertou o temor do Rei Vegeta de que ele poderia vir a dominar o planeta. Para afastar a ameaça, o rei envia Broly a um planeta inóspito. Paragus, o pai de Broly, foge do planeta e vai ao auxílio do filho, decidido a treinar Broly para se vingar do Rei Vegeta e sua prole. Décadas se passam até que Paragus e Broly são encontrados pelo exército de Freeza (para quem não acompanha Dragon Ball, Freeza foi ressuscitado) e, apesar do planeta dos saiyajins e o Rei Vegeta terem sido destruídos anos atrás, Freeza leva Paragus e Broly para se vingarem dos últimos remanescentes da raça, o príncipe Vegeta e Goku, que vivem na Terra.


Dessa vez, a trama consegue dar a Broly uma motivação mais compreensível para seu comportamento descontrolado e animalesco. Além disso, também transforma o personagem em uma figura relativamente trágica ao construí-lo como um fruto do rancor de seu pai, que o tratou como um mero instrumento durante toda a sua vida. Assim, Broly é violento porque não conheceu nada além de ódio e brutalidade durante toda a sua vida, sendo mais um fruto da criação que teve do que alguém naturalmente bruto. É um personagem mais humanizado e com mais camadas do que a máquina de matar que nos foi inicialmente apresentada nos filmes de Dragon Ball Z.

Uma vez que Paragus, Broly e Freeza chegam à Terra, a narrativa adota a estrutura típica das tramas de Dragon Ball. Os personagens começam a se enfrentar em lutas um a um, recorrendo a diferentes transformações e mudanças de forma para tentar superar o oponente. Não reinventa a roda nem faz nada de diferente, mas as batalhas são bem conduzidas o suficiente para empolgarem.

As lutas são ótimas em mostrarem a capacidade destrutiva dos personagens e nos fazem entender como Broly é um oponente temível, capaz de fazer frente a guerreiros poderosos como Goku, Vegeta e Freeza. É possível ver alguns momentos bem inventivos na condução das lutas, como o segmento em que acompanhamos tudo em primeira pessoa sob o ponto de vista de Broly. A sensação de velocidade é transmitida pelos giros de câmera, tanto ao redor do eixo vertical, quanto ao redor do eixo horizontal quanto circula os personagens enquanto eles voam pelo campo de batalha.

Com um competente desenvolvimento de personagem e boas cenas de luta, Dragon Ball Super: Broly é provavelmente o melhor longa de Dragon Ball até hoje. Não que esse seja um patamar difícil de superar.

Nota: 7/10


Trailer

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