sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Crítica – Cavaleiros do Zodíaco: 2ª Temporada



Análise Crítica – Cavaleiros do Zodíaco: 2ª Temporada

Review – Cavaleiros do Zodíaco: 2ª Temporada
Quando escrevi sobre a primeira temporada desta nova versão de Cavaleiros do Zodíaco produzida pela Netflix, mencionei que apesar do esforço de dar um ritmo mais ágil e tornar mais críveis alguns elementos do universo criado por Masami Kurumada, a animação acabava carecendo o impacto do anime original. Esperava que essa segunda temporada melhorasse alguns aspectos, mas tudo continuou igual.

A narrativa continua onde o primeiro ano terminou, com os cavaleiros de bronze sendo salvos do desabamento da montanha após a derrota de Ikki e a chegada de uma nova ameaça na forma dos cavaleiros de prata. Os principais momentos da trama seguem fieis aos do mangá e do anime, no entanto nem todos funcionam por conta de escolhas de adaptação que a série fez.

Um exemplo é o resgate dos cavaleiros pelas mãos de Mu. Como na primeira temporada nunca houve o arco de Shiryu ir até Jamiel consertar as armaduras e conhecer o cavaleiro de ouro de Áries, a aparição de Mu aqui soa jogada de qualquer jeito, mais soando como um deus ex machina preguiçoso do que um elemento natural. Afinal, se Mu não conheceu Shiryu ou Seiya e testemunhou o valor deles em primeira mão, que motivação ele teria para salvá-los? Uma profecia vaga? Porque não acreditar na profecia do Santuário então?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Crítica – O Mundo Sombrio de Sabrina: Parte 3


Análise Crítica – O Mundo Sombrio de Sabrina: Parte 3


Review – O Mundo Sombrio de Sabrina: Parte 3
O segundo ano de O Mundo Sombrio de Sabrina parecia perder de vista o que tinha tornado seu ano de estreia tão bacana, com uma trama arrastada e personagens pouco convincentes, mas essa terceira parte consegue recuperar a série e trazer de volta o senso de aventura, mistério e temor do ano de estreia.

A trama começa mais ou menos no ponto onde a anterior parou, com Sabrina (Kiernan Shipka) prendendo Lúcifer (Luke Cook) no corpo de Nick (Gavin Leatherwood), mas pensando em uma maneira de salvar o namorado. O aprisionamento do rei do inferno, no entanto, gera uma série de consequências inesperadas, fazendo os poderes de todo o coven de Sabrina e suas tias enfraquecerem e também causando desequilíbrio entre os diferentes planos de existência. Para tentar trazer de volta o equilíbrio Sabrina clama para si o trono do inferno, mas seu reinado é desafiado pelo lorde demoníaco Caliban (Sam Corlet), que inicia um desafio envolvendo a recuperação de relíquias profanas. Ao mesmo tempo, um circo chega a Greendale e nele está um culto pagão a uma divindade ancestral que aproveita a fraqueza das bruxas da cidade para tomar o poder que há em Greendale.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Crítica – Um Lindo Dia Na Vizinhança

Análise Crítica – Um Lindo Dia Na Vizinhança


Review – Um Lindo Dia Na Vizinhança
Em 2018 o excelente documentário Fred Rogers: O Padrinho da Criançada fazia um consistente exame da vida do apresentador e educador Fred Rogers. O filme foi tão bem sucedido que chegou a ser espantoso que ele tenha sido esnobado do Oscar de melhor documentário em 2019. Documentários, no entanto, nem costumam ter muita rentabilidade, então é inevitável que a indústria acabe fazendo um produto de ficção com a mesma temática pouco tempo depois.

Tal como aconteceu com o documentário Cidadãoquatro (2015), sobre Edward Snowden, que deu origem à cinebiografia Snowden: Herói ou Traidor (2016), este Um Lindo Dia Na Vizinhança é um relato biográfico que tenta pegar carona no sucesso de documentário. Da mesma forma que o filme sobre Snowden dirigido por Oliver Stone, no entanto, ele não tem muito a dizer sobre seu biografado que o documentário não tenha feito melhor.

Dirigido por Marielle Heller, do subestimado Poderia Me Perdoar? (2019), a trama é baseada em um artigo do repórter Tom Junod, no qual ele narrava suas entrevistas com Fred Rogers (Tom Hanks) e como Rogers impactou sua vida. No filme, o repórter Lloyd Vogel (Matthew Rhys) vai entrevistar Rogers e acaba tendo sua vida transformada pelo apresentador infantil.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Crítica – Fred Rogers: O Padrinho da Criançada


Análise Crítica – Fred Rogers: O Padrinho da Criançada


Review – Fred Rogers: O Padrinho da Criançada
Filmes, documentários ou ficção, sobre pessoas que são lembradas pela sua bondade, gentileza ou caridade muitas vezes caem na armadilha de retratar seus biografados como pessoas puras e perfeitas, construindo-os mais como santos do que seres humanos e acabam falhando em compreender exatamente quem era aquela pessoa ou as razões dela em ser daquele jeito. Temi que este Fred Rogers: O Padrinho da Criançada que narra a trajetória do apresentador infantil Fred Rogers, caísse nesse erro, mas felizmente há um esforço genuíno em compreender o famoso Mr. Rogers.

Famoso pela maneira como conseguia se comunicar com crianças e falar com elas de maneira aberta e sincera até mesmo sobre temas difíceis como luto ou o divórcio dos pais, Fred Rogers é referência nos Estados Unidos em como construir um programa infantil. Sua atração, intitulada Mr. Rogers Neighborhood (“a vizinhança do Sr. Rogers” em português), se manteve no ar por décadas em uma emissora pública de cunho educativo.

Recorrendo a entrevistas e imagens de arquivo, com o próprio Fred (falecido em 2003), seus familiares e colegas de trabalho, o documentário tenta entender o processo criativo envolvendo a atração. Vemos o pensamento de Fred sobre como a televisão voltada para crianças deveria ser e suas críticas à programação que meramente pensa em estimular o consumo infantil. Fred também era um defensor do potencial formador da televisão e da necessidade de emissoras públicas voltadas para esse ideal. O filme inclusive nos mostra a defesa dele da televisão pública perante o senado estadunidense e como seu conhecimento e doçura conseguem convencer os senadores a manterem o financiamento da PBS, emissora educativa pública do país.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Crítica – Judy: Muito Além do Arco-Íris


Análise Crítica – Judy: Muito Além do Arco-Íris


Review – Judy: Muito Além do Arco-Íris
Judy Garland é um dos nomes mais reconhecidos da “Era de Ouro” de Hollywood, período que vai dos anos de 1930 aos anos 1960. A vida de Garland não foi fácil e ao longo de sua carreira ela enfrentou um sem número de problemas e desilusões que desembocaram na sua eventual morte por overdose acidental de medicamentos. Este Judy: Muito Além do Arco-Íris é uma biografia que narra um dos últimos grandes eventos públicos da vida de Garland (Renée Zellweger), uma turnê de shows que ela fez pela Inglaterra em 1968, um período em que estava extremamente endividada e tinha dificuldades em conseguir trabalho por conta de seu gênio volúvel e seus problemas com álcool e drogas.

A trama não se situa exclusivamente neste período de tempo, ocasionalmente mostrando alguns flashbacks do passado para mostrar de onde vieram as inseguranças de Garland com sua aparência ou seus problemas com drogas. A cena inicial dá o tom do que o filme mostra como a base dos problemas da atriz. No momento em questão uma Garland adolescente é informada por Louis B. Mayer (Richard Cordery), executivo-mor da MGM no período, sobre o fato dela precisar se esforçar mais do que outras mulheres porque apesar de ter talento, ela não é bonita ou magra.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Crítica – Retrato de uma Jovem em Chamas


Análise Crítica – Retrato de uma Jovem em Chamas


Review – Retrato de uma Jovem em Chamas
É impressionante como Retrato de uma Jovem em Chamas consegue fazer muito usando tão pouco de elementos, com um número reduzido de cenários e apenas quatro atrizes durante a grande maioria de sua minutagem. Esses elementos são mobilizados para criar uma contemplativa reflexão sobre afeto e arte, a fugacidade da vida e a perenidade da expressão artística.

A narrativa se passa no fim do século XVIII. A pintora Marianne (Noemie Merlant) viaja a uma isolada ilha após ser contratada por uma Condessa (Valeria Golino) para pintar um retrato de Heloise (Adele Haenel), filha da nobre. Heloise está de casamento marcado com o rico italiano e o retrato é para ser mandado para o noivo para que ele saiba como é Heloise. Como Heloise se recusa a aceitar o casamento e a posar para um quadro, a Condessa pede que Marienne finja ser uma dama de companhia de Heloise para observá-la e pintá-la sem que ela saiba.

Usando pouquíssima música e deixando longos trechos de silêncio, a diretora Celine Sciamma foca nos olhares de suas personagens e nas imagens que esses olhares criam. Como Marianne fala em uma determinada cena, a pintura deriva do olhar, do exame cuidadoso das feições e maneirismos de uma pessoa para entender como ela se move, como se expressa.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Crítica – Dragon Ball Z Kakarot


Análise Crítica – Dragon Ball Z Kakarot


Review – Dragon Ball Z Kakarot
Admito que fiquei bem animado quando vi o anúncio deste Dragon Ball Z Kakarot. Faz tempo que torcia para um RPG single-player dentro do universo Dragon Ball, já que apesar dos dois Dragon Ball Xenoverse trazerem mecânicas de RPG, funcionava mais como um MMO do que como um RPG mais tradicional. A franquia já teve suas incursões por RPGs single-player em jogos como Dragon Ball Z Legend of the Super Saiyan para Super Nintendo ou os três Dragon Ball Z: Legacy of Goku para Game Boy Advance, mas há um bom tempo a Bandai Namco estava devendo uma experiência similar aos jogadores. Dragon Ball Z Kakarot cumpre a promessa de ser um ótimo RPG de ação que conta toda a saga, ainda que falte polimento em algumas mecânicas.

A trama do jogo segue de perto toda a narrativa de Dragon Ball Z, da chegada de Raditz até o término do conflito com Majin Boo. Os gráficos mantem um visual extremamente fiel ao anime e todos os momentos chave da história são recriados em sua grandiosidade e emoção, como a luta entre Gohan e Cell ou o sacrifício de Vegeta diante de Boo (é uma série com mais de trinta anos, nada disso é spoiler). O jogo ainda acrescenta alguns elementos ausentes na série, mostrando o que aconteceu com Lunch (que desaparece sem qualquer menção no anime) ou acrescentando algumas cenas entre Gohan e o Androide 16, o que ajuda a justificar melhor a reação de Gohan quando o robô é morto por Cell. Assim, a trama consegue oferecer algo tanto para quem não conhece a história do anime quanto para quem já está cansado de jogar essa história.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Crítica – Sex Education: 2ª Temporada



Análise Crítica – Sex Education: 2ª Temporada

Review – Sex Education: 2ª Temporada
Quando escrevi sobre a primeira temporada de Sex Education falei sobre o modo como a série construía um relato sobre adolescência, despertar sexual e descobertas afetivas evitando muitos dos clichês de tramas adolescentes e tratando seus personagens com relativa complexidade. Essas qualidades permanecem em seu segundo ano, que deixa de focar só nas questões sexuais e embarca na vida de vários dos garotos da escola de Otis.

Na trama, Otis (Asa Butterfield) finalmente descobriu a masturbação e também começou a namorar com Ola (Patricia Allison). A relação, no entanto, se complica quando Jean (Gillian Anderson), a mãe de Otis, começa a namorar Jakob (Mikael Persbrandt), o pai de Ola. Se complica também quando Maeve (Emma Mackey), retorna à escola, reacendendo os antigos sentimentos de Otis. Jean também começa a passar tempo na escola do filho depois que um aparente surto de DST obriga a escola a rever o currículo de educação sexual e Jean é chamada para ouvir os estudantes.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Crítica – A Possessão de Mary


Análise Crítica – A Possessão de Mary


Review – A Possessão de Mary
Já em seu letreiro inicial o terror A Possessão de Mary abre com um poema do século XVIII sobre os perigos do mar. Ao evocar o folclore marítimo e dos Estados Unidos de séculos atrás, é difícil não pensar nos trabalhos de Robert Eggers, que trabalhou esses temas nos ótimos A Bruxa (2016) e no recente O Farol (2020). A Possessão de Mary, no entanto, sequer consegue chegar perto do efeito dos filmes de Eggers e cria uma trama de possessão sem personalidade.

Na trama, o pescador David (Gary Oldman) decide deixar de trabalhar para os outros e comprar um barco para si. Em um leilão David se vê fascinado por um velho barco que foi encontrado abandonado e decide comprá-lo para transformar a embarcação em um veículo turístico. Para testar o navio, David decide fazer uma viagem até as Bahamas acompanhado da esposa, Sarah (Emily Mortimer), das duas filhas, do namorado da filha mais velha e do marinheiro Mike (Manuel Garcia-Rulfo). Aos  poucos, coisas estranhas começam a acontecer.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Crítica – 1917

Análise Crítica – 1917


Review – 1917
Hollywood fez um monte de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, mas poucos sobre a Primeira. Talvez pelo fato da Segunda ter sido uma “guerra justa”, com Europeus e Estados Unidos se juntando para libertar o mundo do julgo nazista e isso proporciona várias oportunidades de contar histórias de heroísmo e sacrifício. Já a Primeira Guerra se baseava em diferentes disputas e se deu sob condições ainda mais brutais e desumanas, com os diferentes lados presos em trincheiras por meses a fio sem avançar um centímetro em relação aos seus inimigos. Se os adversários não os matassem, doenças certamente o fariam por conta da falta de higiene daqueles lugares. Dirigido por Sam Mendes, 1917 mostra exatamente o quão infernal foi a experiência dessa guerra.

A trama acompanha dois soldados, Blake (Charles Dean Chapman, o Tommen de Game of Thrones) e Schofield (George McKay), incumbidos de avisar um pelotão de que o ataque que estão prestes a fazer é, na verdade, uma armadilha dos inimigos. O risco e urgência da missão são ampliados pelo fato de que o irmão de Blake é parte do pelotão prestes a cair na armadilha.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Crítica – Cats


Análise Crítica – Cats


Review Crítica – Cats
Há quarenta anos Hollywood tenta levar o musical da Broadway Cats para os cinemas. Agora que uma adaptação finalmente chegou aos cinemas entendemos o porque da demora. Dirigido pelo mesmo Tom Hooper que quase conseguiu estragar Os Miseráveis (2013), essa adaptação de Cats já estava sendo execrada desde antes do lançamento por conta do visual bizarro dos gatos humanoides e é fácil bater no filme por conta disso (eu mesmo o farei nos próximos parágrafos), mas mesmo ignorado todo o aspecto estranho e sinistro da computação gráfica (o que é bem difícil, por sinal) que envolve os atores, o que sobra é um musical sem ritmo e sem impacto, que gera mais vergonha do que encantamento.

Na trama, os gatos Jellicles fazem sua reunião anual para decidir quem será enviado para uma vida melhor. A gata Victoria (Francesca Hayward) conhece o bando e se junta aos demais gatos. É esse mínimo fiapo de trama que vai situar os números musicais do filme, no qual cada número é praticamente a apresentação de um dos gatos. Essa falta de qualquer coisa que malmente representa um arco narrativo já estava presente no musical de teatro, é verdade, mas no teatro isso causa menos incômodo já que essa sucessão de atrações sem muita trama já existia em antigas formas teatrais, como o vaudeville.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Lixo Extraordinário – A Escala: Amizade em Segundo Lugar

Análise Crítica – A Escala: Amizade em Segundo Lugar


Review – A Escala: Amizade em Segundo Lugar
William H. Macy é um ótimo ator e trabalhou em alguns de meus filmes favoritos como Fargo (1996) Boogie Nights (1997), Magnólia (1999) ou O Quarto de Jack (2015), então fiquei curioso quando soube que ele ia fazer sua estreia como diretor com a comédia A Escala: Amizade em Segundo Lugar.

Os primeiros trailers saíram e meu interesse foi diminuindo, já que parecia ser sobre duas amigas largando tudo para disputar um homem. O tipo de premissa tão anacrônica e machista que não fazia sentido em 2017 (quando o filme foi lançado) ao ponto em que comecei a pensar que havia algo mais, Macy poderia estar fazendo um filme irônico ou que seria capaz de virar a premissa em cima dela mesma e mostrar o quanto esse tipo de olhar sobre as mulheres é datado. Mas não, o filme é mesmo sobre mulheres se tornando rivais e literalmente fazendo piruetas para o prazer visual de um homem.

Na trama Kate (Alexandra Daddario) e Meg (Kate Upton) dividem um apartamento e são amigas desde o colégio. Quando as duas sentem que suas vidas não estão indo pelo caminho que desejam, decidem viajar para espairecer. No voo as duas conhecem Ryan (Matt Barr) e imediatamente tentam conquistá-lo. Quando um furacão impedem que aterrissem no destino planejado e a companhia aérea decide colocar todos os passageiros em um hotel de luxo, Kate e Meg decidem fazer qualquer coisa para ficar com Ryan.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Crítica – O Escândalo


Análise Crítica – O Escândalo


Review – O Escândalo
Roger Ailes foi um dos primeiros grandes executivos da mídia estadunidense a cair por denúncias de assédio. A partir dele, o movimento de denúncias ganhou força e outros homens em posições de poder começaram a ser expostos, como o produtor de cinema Harvey Weinstein. Então era questão de tempo até que a história de Ailes e das mulheres que o denunciaram fosse contada no cinema e é exatamente isso que O Escândalo faz.

Baseada em uma história real, a trama acompanha três mulheres que trabalham na conservadora emissora jornalística Fox News, Gretchen Carlson (Nicole Kidman), Megyn Kelly (Charlize Theron) e a novata Kayla (Margot Robbie). O que as três tem em comum é o fato de terem sido assediadas sexualmente por Ailes (John Lithgow), o presidente da empresa.

Seria fácil para o filme tornar suas protagonistas em santas, afinal elas são colocadas em uma situação que qualquer um pode se compadecer por elas. No entanto, o texto é capaz de mostrar a contradição dessas personagens, em especial de Megyn e Gretchen. Ambas declaradamente conservadoras e antifeministas que se tornam alvo da virulência de seus espectadores e outros colegas de emissora apenas por não irem ao extremo do conservadorismo que outros colegas alcançam ou por questionarem certas posturas inequivocamente sexistas como Megyn faz com Trump. O texto também evidencia como essas duas personagens foram coniventes com muitas práticas da Fox News ou mudaram suas reportagens para atender aos interesses políticos da empresa, como o fato de Megyn acabar suavizando seus questionamentos a Donald Trump.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Crítica – Jumanji: Próxima Fase



Análise Crítica – Jumanji: Próxima Fase


Review – Jumanji: Próxima Fase
Ninguém estava esperando muita coisa de Jumanji: Bem Vindo à Selva (2018). Na verdade, talvez tenha sido essa exata baixa expectativa que permitiu que o filme se tornasse um imenso sucesso de bilheteria, arrecadando quase um bilhão de dólares. Na Hollywood de hoje, quando um filme faz esse tipo de dinheiro, é inevitável fazer uma continuação, mesmo quando o material não deixava muito espaço para isso. Assim, este Jumanji: Próxima Fase existe praticamente como uma exigência de mercado e o resultado final deixa claro que estamos diante de um produto de estúdio sem alma.

Na trama, dois anos depois dos eventos do filme anterior, os quatro protagonistas, Spencer (Alex Wolff), Bethany (Madison Iseman), Martha (Morgan Turner) e Fridge (Ser’Darius Blain) se reencontram em sua cidade de origem durante o Natal. Spencer sente falta da sensação de invencibilidade que experimentou quando estavam em Jumanji e entra mais uma vez no jogo, obrigando os demais a resgatá-lo. Além dos quatro protagonistas outras duas pessoas são sugadas para dentro do jogo, o avô de Spencer, Eddie (Danny DeVito), e o melhor amigo de Eddie, Milo (Danny Glover).

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Crítica – O Caso Richard Jewell


Análise Crítica – O Caso Richard Jewell


Review – O Caso Richard Jewell
Neste O Caso Richard Jewell, o diretor Clint Eastwood continua a falar sobre histórias reais de pessoas que cometeram atos heroicos e, ao invés de serem celebradas, foram perseguidas por isso, algo que já tinha tratado em produções como Sully: O Herói do RioHudson (2016). Esta nova produção do diretor não sai muito do molde do filme do piloto interpretado por Tom Hanks, mas se sustenta pela qualidade do elenco.

A trama conta a história real de Richard Jewell (Paul Walter Hauser), um segurança aspirante a policial que localiza uma bomba em um parque público durante as Olimpíadas de Atlanta em 1996. Inicialmente laureado como herói por ter evitado algo que seria uma grande tragédia, ele logo se vê como principal suspeito da investigação do FBI sobre o caso. Ao ser alvo da investigação federal, ele conta com a ajuda do advogado Watson Bryant (Sam Rockwell) e da mãe Bobi (Kathy Bates).

Tal como aconteceu em Sully, Eastwood usa essa história para falar dos Estados Unidos como uma nação tão moralmente falida e apoiada em valores equivocados que é incapaz de reconhecer um herói quando vê um, preferindo agir de maneira desconfiada e destrutiva quando alguém faz algo de destaque. Também como Sully, é a história de um sujeito que segue a risca o treinamento e conhecimento adquirido em seus anos de profissão para evitar uma tragédia, mas acaba sendo considerado culpado pela própria tragédia que conseguiu evitar. Desde a primeira cena do filme, Jewell é construído como um sujeito cuidadoso e atento aos seus arredores, mas que também gosta de se meter demais no que não é da sua conta, evidenciado pelo fato de parar para ouvir a conversa telefônica de Watson.

Conheçam os indicados ao Oscar 2020


Indicados ao Oscar 2020

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou hoje, 13 de janeiro, os indicados ao Oscar 2020. Coringa lidera em número de indicações, recebendo 11 menções, se tornando a adaptação de quadrinhos com mais indicações ao Oscar. Outros destaques ficam com O Irlandês, Era uma vez em Hollywood e 1917. O sul-coreano Parasita conseguiu e além da categoria de filme estrangeiro e foi indicado também a melhor filme e mais outras categorias. A atriz Scarlett Johansson recebeu duas indicações este ano, a melhor atriz por História de um Casamento e melhor atriz coadjuvante por Jojo Rabbit.

domingo, 12 de janeiro de 2020

Crítica – Titãs: 2ª Temporada


Análise Crítica – Titãs: 2ª Temporada


Review – Titãs: 2ª Temporada
Ao escrever sobre a primeira temporada de Titãs, mencionei como o forte da série era a maneira como trabalhava as relações entre seus personagens e como fazia aqueles indivíduos imperfeitos e problemáticos conseguirem superar seus problemas em conjunto. Essa segunda temporada mantém o foco naquilo que o ano de estreia fez tão bem, no entanto, repete também muitos dos problemas do primeiro ano.

A narrativa recomeça no ponto onde a anterior parou, com o demoníaco Trigon (Seamus Dever) tomando o controle de Dick (Brenton Thwaites) para usá-lo contra Rachel (Teagan Croft) enquanto os demais membros da equipe tentam penetrar na barreira mágica que isola a casa na qual estão. Enfrentar Trigon é só o começo dos problemas dos Titãs, já que as ações da equipe chamam a atenção de um antigo inimigo de Dick, o letal Slade Wilson (Esai Morales).

Se a temporada focava na ruptura de Dick com Bruce Wayne (Iain Glen) e sua tentativa em ser diferente de seu tutor, essa segunda mostra os erros que Dick cometeu pelo caminho e como sua dedicação obsessiva à missão causou danos irreparáveis nele e nos outros Titãs. Essa bagagem emocional vem à tona com a tentativa de criar um novo grupo de Titãs ao treinar Gar (Ryan Potter), Rachel e Jason (Curran Walters) e também com o resgate de Rose (Chelsea Zhang), a filha de Slade que aparentemente estava sendo caçada por ele.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Crítica – Drácula


Análise Crítica – Drácula


Review – Drácula
A história do Conde Drácula, criado na literatura pelo irlandês Bram Stoker, já foi contada tantas vezes que uma nova versão dificilmente despertaria a atenção de alguém a essa altura. Esta minissérie Drácula, no entanto, capturou meu interesse quando soube que Mark Gatiss e Stephen Moffat, os responsáveis por trazerem Sherlock Holmes para a contemporaneidade com Sherlock, estavam à frente dessa releitura sobre o vampiro da Transilvânia.

A trama segue o Conde Drácula (Claes Bang) através das eras. O conhecemos primeiro através do relato de Jonathan Harker (John Heffernan), um advogado britânico que vai ao castelo de Drácula para finalizar alguns negócios e se torna presa do vampiro. É interessante que como a minissérie consegue pegar os principais pontos-chave da trama, como a ida de Harker ao castelo, a viagem de navio de Drácula para a Inglaterra ou o ataque a Lucy Westenra (Lydia West) e os apresenta sob um prisma totalmente novo. Assim, mesmo tratando de uma história que já conhecemos e com personagens familiares, a narrativa consegue apresentar frescor suficiente para nos manter engajados.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Crítica – O Farol


Análise Crítica – O Farol


Resenha Crítica – O Farol
Depois de explorar o folclore dos Estados Unidos colonial no excelente A Bruxa (2016), o diretor Robert Eggers agora resolve mergulhar (trocadilho não intencional) no folclore sobre o mar, marinheiros e pessoas que trabalham com o oceano neste O Farol e o resultado é igualmente perturbador.

Filmado todo em preto e branco, a trama se passa no final do século XIX e é centrada em dois homens que trabalham em um farol situado em uma ilha remota. Winslow (Robert Pattinson) chega na ilha esperando que o novo trabalho sirva como um recomeço, mas lá encontra o veterano vigia Wake (Willem Dafoe) que além de ser um exigente chefe, também demonstra ser mentalmente instável conforme narra histórias fantasiosas de infortúnios no mar. O isolamento e a diferença de personalidade vai aos poucos ampliando os atritos entre os dois.

Tal como acontecia em A Bruxa, muito da tensão vem do fato de não sabermos se de fato existem horrores sobrenaturais rondando os personagens ou se tudo é fruto da mente deles, enfraquecida pelo isolamento, desnutrição e bebida. O uso de preto e branco permite que Eggers invista em composições cheias de contrastes entre luz e sombra que, somados aos ângulos de câmera descentralizados e por vezes inclinados, criam formas tortas, distorcidas, que criam a sensação de desconforto e a impressão de que há algo errado naquele lugar. É um modo de composição imagética bastante tributário ao movimento do cinema expressionista alemão e serve para mergulhar o espectador na perspectiva e estado mental dos personagens que vivenciam uma realidade torta na qual o mundo real se mistura com fantasia e delírios.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Crítica – Ameaça Profunda


Análise Crítica – Ameaça Profunda


Review – Ameaça Profunda
Na mesma semana que estreia Kursk: A Última Missão também chega aos cinemas outro filme sobre pessoas presas em uma instalação submarina neste Ameaça Profunda. Não que eles vão competir diretamente por público, já que o primeiro é um drama baseado em uma história real e o segundo é uma ficção de terror, mas não deixa de ser curioso que dois filmes com ambientação parecida estreiem no mesmo dia.

A trama é centrada em Norah (Kristen Stewart), uma engenheira mecânica que fica presa em uma instalação submarina de perfuração em um dos pontos mais profundos do oceano. Depois que um aparente terremoto destrói parte do complexo, ela e mais alguns sobreviventes precisam achar alguma maneira de escapar.

O início tenta criar algum suspense acerca do que está acontecendo, mas como alguns letreiros durante os créditos iniciais já falam que criaturas estranhas estavam sendo avistadas ao redor da instalação, então fica óbvio desde o início que eles não estão diante de um desastre natural, mas de algum horror abissal saído das profundezas. A falta de qualquer construção de atmosfera e tensão é um problema que acompanha o filme em sua integralidade, já que ao invés de ir trabalhando o suspense o filme opta pelo choque fácil de jogar a esmo sustos surpresa na tela.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Crítica – Adoráveis Mulheres

Análise Crítica – Adoráveis Mulheres


Review – Adoráveis Mulheres
Eu não estava lá muito empolgado por essa nova versão de Adoráveis Mulheres. A versão de 1994 protagonizada por Winona Ryder continua a se sustentar muito bem hoje e a única coisa que dava a impressão de que não seria um produto caça-níqueis era a presença de Greta Gerwig, responsável pelo ótimo Lady Bird (2018), como diretora e roteirista do longa.

A trama acompanha a saga da família March durante a Guerra de Secessão dos Estados Unidos. A filha mais velha, Jo (Saiorse Ronan), serve como a narradora da história contando os percalços dela, de suas irmãs e da mãe depois que o pai vai servir na guerra. Nesta versão Gerwig opta por desenvolver a trama de maneira não linear, o que inicialmente parece um mero floreio feito para diferenciar esta versão das demais, mas conforme o filme avança consegue justificar o seu uso.

Considerando que é uma adaptação de uma obra literária que já recebeu várias adaptações em filme e série, logicamente há pouco a ser dito aqui que outras versões já não tenham dito sobre esta história, mas é tudo tão bem conduzido que é difícil não se deixar envolver mais uma vez pelas March.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Crítica – Kursk: A Última Missão


Análise Crítica – Kursk: A Última Missão


Review – Kursk: A Última Missão
Kursk: A Última Missão é um daqueles filmes sobre tragédias reais feito para levar o público às lágrimas que sempre chega aos cinemas ao menos uma vez por ano. É tão quadrado e preso aos lugares-comuns desse tipo de produção que chega ser uma surpresa ver o nome de alguém como Thomas Vinterberg na cadeira de diretor.

A trama é centrada em Mikhail (Matthias Schoenarts), um dos oficiais a bordo do submarino nuclear Kursk. Quando um exercício de treinamento dá errado e um torpedo explode dentro do submarino, cabe a Mikhail liderar os sobreviventes enquanto esperam o resgate. Enquanto isso, Tanya (Lea Seydux), esposa de Mikhail, tenta conseguir informações com as autoridades russas, que teimam em não admitir que não estão devidamente equipados para o resgate.

A narrativa segue a estrutura padrão desse tipo de filme, com um começo que mostra esses personagens como maridos e pais de família (um deles é recém-casado, inclusive) na esperança que isso seja suficiente para angariar simpatia do público, já que o texto nunca se esforça para dar personalidades discerníveis a cada um deles ou mesmo ao próprio Mikhail, figura central da trama, mostrado apenas como um pai de família, como se isso bastasse em termos de construção de personagem.

Vencedores do Globo de Ouro 2020



A 77ª Premiação do Globo de Ouro aconteceu ontem, 05 de janeiro, apresentada pelo comediante Ricky Gervais. Celebrando produções do cinema e da televisão a premiação trouxe algumas surpresas como as vitórias de Taron Egerton por Rocketman e de Awkwafina por The Farewell. No cinema, o maior vencedor foi Era Uma Vez em...Hollywood, de Quentin Tarantino, levando três prêmios enquanto que Coringa e 1917 ficaram empatados com dois Globos cada. Nas séries, Fleabag, Sucession e Chernobyl ficaram com dois prêmios cada um. Confiram abaixo a lista completa de indicados com os vencedores destacados em negrito.

MELHOR FILME DE DRAMA

1917 (Vencedor)


MELHOR FILME DE MUSICAL OU COMÉDIA

JoJo Rabbit


MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA

Cynthia Erivo - Harriet
Scarlett Johansson - História de um Casamento
Saoirse Ronan - Adoráveis Mulheres
Charlize Theron - O Escândalo
Renée Zellweger - Judy (Vencedor)


MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA

Christian Bale - Ford vs Ferrari
Antonio Banderas - Dor e Glória
Joaquin Phoenix - Coringa (Vencedor)
Jonathan Pryce - Dois Papas


MELHOR ATRIZ EM FILME MUSICAL OU COMÉDIA

Awkwafina - The Farewell (Vencedor)
Ana de Armas - Entre Facas e Segredos
Cate Blanchett - Cadê Você, Bernadette?
Beanie Feldstein - Fora de Série
Emma Thompson - Late Night


MELHOR ATOR EM FILME MUSICAL OU COMÉDIA

Daniel Craig - Entre Facas e Segredos
Roman Griffin Davis - Jojo Rabbit
Leonardo DiCaprio - Era Uma Vez em... Hollywood
Taron Egerton - Rocketman (Vencedor)
Eddie Murphy - Meu Nome é Dolemite


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Kathy Bates - Richard Jewell
Annette Bening - The Report
Laura Dern - História de um Casamento (Vencedor)
Jennifer Lopez - As Golpistas
Margot Robbie - O Escândalo


MELHOR ATOR COADJUVANTE

Tom Hanks - Um Lindo Dia na Vizinhança
Anthony Hopkins - Dois Papas
Al Pacino - O Irlandês
Joe Pesci - O Irlandês
Brad Pitt - Era Uma Vez em...Hollywood (Vencedor)


MELHOR DIREÇÃO

Bong Joon-ho - Parasita
Sam Mendes - 1917 (Vencedor)
Todd Phillips - Coringa
Martin Scorsese - O Irlandês
Quentin Tarantino - Era Uma Vez em... Hollywood


MELHOR ROTEIRO

Noah Baumbach - História de um Casamento
Bong Joon-ho e Han Jin-won - Parasita
Anthony McCarten - Dois Papas
Quentin Tarantino - Era uma Vez em... Hollywood (Vencedor)
Steven Zaillian - O Irlandês


MELHOR FILME ANIMADO

O Rei Leão
Link Perdido (Vencedor)
Toy Story 4


MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

The Farewell
Os Miseráveis
Parasita (Vencedor)
Retrato de Uma Jovem em Chamas


MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

Adoráveis Mulheres
Coringa (Vencedor)
1917
Brooklyn - Sem Pai Nem Mãe


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

"Beautiful Ghosts" (Cats)
"I'm Gonna Love Me Again" (Rocketman(Vencedor)
"Into the Unknown" (Frozen 2)
"Spirit" (O Rei Leão)
"Stand Up" (Harriet)


MELHOR SÉRIE DE DRAMA

Big Little Lies - (HBO)
The Crown - (Netflix)
Killing Eve - (BBC America)
The Morning Show - (Apple TV Plus)
Succession - (HBO) (Vencedor)


MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL

Barry - (HBO)
Fleabag - (Prime Video) (Vencedor)
The Kominsky Method - (Netflix)
The Marvelous Mrs. Maisel - (Prime Video)
The Politician - (Netflix)


MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Catch 22
Chernobyl (Vencedor)
Fosse/Verdon
The Loudest Voice


MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Michelle Williams - Fosse/Verdon (Vencedor)
Helen Mirren - Catherine the Great
Merritt Wever - Inacreditável
Kaitlyn Dever - Inacreditável
Joey King - The Act


MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Christopher Abbott - Catch-22
Sacha Baron Cohen - The Spy
Russell Crowe - The Loudest Voice (Vencedor)
Jared Harris - Chernobyl
Sam Rockwell - Fosse/Verdon


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA

Jennifer Aniston - The Morning Show
Olivia Colman - The Crown (Vencedor)
Jodie Comer - Killing Eve
Nicole Kidman - Big Little Lies
Reese Witherspoon - The Morning Show


MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA

Brian Cox - Succession (Vencedor)
Kit Harington - Game of Thrones
Rami Malek - Mr. Robot
Tobias Menzies - The Crown
Billy Porter - Pose


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL

Christina Applegate - Dead to Me
Rachel Brosnahan - The Marvelous Mrs. Maisel
Kirsten Dunst - On Becoming a God in Central Florida
Natasha Lyonne - Russian Doll
Phoebe Waller-Bridge - Fleabag (Vencedor)


MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL

Michael Douglas - The Kominsky Method
Bill Hader - Barry
Ben Platt - The Politician
Paul Rudd - Living with Yourself
Ramy Youssef - Ramy (Vencedor)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Patricia Arquette - The Act (Vencedor)
Helena Bonham Carter - The Crown
Toni Collette - Inacreditável
Meryl Streep - Big Little Lies
Emily Watson - Chernobyl


MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Alan Arkin - O Método Kominsky
Kieran Culkin - Succession
Andrew Scott - Fleabag
Stellan Skarsgård - Chernobyl (Vencedor)
Henry Winkler - Barry