Quando escrevi sobre o game Dragon Ball Z Kakarot mencionei como ele
conseguia recriar a trama do anime em toda sua grandiosidade e emoção. Ao saber
que haveriam expansões fiquei empolgado de ver outros momentos trazidos para o
jogo, fossem ele dos filmes ou de Dragon
Ball Super. Pois eis que chega o primeiro DLC, Um Novo Poder Desperta Parte 1 e o resultado é decepcionante.
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Drops – DBZ Kakarot: Um Novo Poder Desperta Parte 1
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Crítica – Blindspot: 4ª Temporada
Depois da fraca terceira temporada, pensei seriamente em não retornar a Blindspot. Na verdade, só retornei por estava procurando algo para
assistir durante a quarentena e fui sem esperar muito. Felizmente esse quarto
ano apresenta uma melhora em relação ao anterior, ainda que exiba também alguma
parcela de problemas. Aviso que o texto a seguir pode conter SPOILERS.
A temporada começa meses depois
do final da anterior. Jane (Jamie Alexander) e Kurt (Sullivan Stapleton) se
recuperaram e estão de volta à ação em busca dos discos rígidos escondidos por
Roman (Luke Mitchell) sobre Sandstorm. Ao mesmo tempo, Zapata (Audrey Esparza)
se infiltra na HCI Global, a empresa de Hank Crawford, vilão da terceira
temporada. Zapata espera que a filha de Hank tome o controle da empresa, mas é
surpreendida quando a misteriosa Madeline Burke (Mary Elizabeth Mastrantonio)
mata todos os membros do conselho da empresa e toma o controle para si.
Eu critiquei a temporada anterior
por falhar em conseguir reinventar a dinâmica da série e reciclar os mesmos
conflitos e o início desse quarto ano pareceu que iria pelo mesmo caminho. Ao
descobrir que está morrendo por conta do Zip, a droga que tirou sua memória na
primeira temporada, Jane não só retorna a sua personalidade da época da
Sandstorm, como passa a delirar com Roman a instigando a derrubar o FBI e
cumprir o plano de Sandstorm. Ou seja, mais uma vez a série recomeça do zero a
relação de Jane com os demais membros do FBI, principalmente com Kurt, já que
ela mais uma vez vai se apaixonar novamente por ele, repetindo os mesmos
conflitos de relacionamento das temporadas anteriores.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 28 de abril de 2020
Crítica – Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion
Produzido pela WB Animation, fui
assistir este Mortal Kombat Legends: A
Vingança de Scorpion esperando algo com a mesma qualidade dos longas
animados que a Warner faz para o universo DC. O filme de fato entrega a
brutalidade das lutas que se espera de um Mortal Kombat, mas deixa a desejar no
desenvolvimento dos personagens.
A trama reconta a história do
primeiro Mortal Kombat sob a perspectiva do ninja Scorpion. Antes Hanzo
Hasashi, o ninja vivia com sua família até que todos foram mortos pelos membros
do clã Lin Kuei e seu líder, Sub-Zero. No submundo, Hasashi jurou lealdade ao
feiticeiro Quan Chi, sendo transformado em um poderoso espectro infernal para
se infiltrar na ilha de Shang Tsung, onde o torneio Mortal Kombat estaria
acontecendo, para roubar o amuleto que permitiria libertar o deus Shinnok e
para ter sua vingança contra Sub-Zero.
O início é competente em mostrar
a vida pregressa de Hanzo e o impacto que a morte de sua família causa nele. O
problema é que tudo começa a se mover muito rápido após a aliança dele com Quan
Chi e sua transformação em Scorpion. A partir desse ponto, no entanto, o
personagem não é nada mais que uma eficiente máquina de matar. Não há muito
esforço em tentar entender o que significa para o personagem essa existência
como uma cria infernal ou como ele aprendeu a usar suas novas habilidades. O
foco em Scorpion também acaba fazendo os demais combatentes (ou seriam
kombatentes?) parecer menos hábeis, já que Liu Kang, Sonya e Johnny Cage
precisam ser constantemente salvos pelo ninja infernal.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Crítica – Resgate
Considerando que as produções
originais da Netflix constantemente entregam produtos meia-boca, não esperava
muita coisa quando fui assistir este Resgate.
No entanto, encontrei um filme que consegue entregar competentes cenas de ação,
ainda que a trama em si seja uma coleção de lugares-comuns.
A trama é centrada em Tyler
(Chris Hemsworth), um ex-militar que se tornou mercenário. Tyler é contratado
para resgatar Ovi (Rudhraksh Jaiswal), filho de um poderoso criminoso indiano
que foi sequestrado por um rival. Inicialmente parece uma missão simples, mas
logo ele encontra complicações que irão testar seu senso de honra e dever.
O protagonista é o típico herói
de ação durão em busca de redenção por um trauma do passado. É bem óbvio desde
o início que Tyler e Ovi irão forjar um laço de amizade que aproximará os dois
personagens e fará Tyler correr riscos que vão para além de seus deveres como
mercenário. É bem clichê, mas funciona porque Hemsworth e Jaiswal tem uma boa
química e constroem um sentimento genuíno e crível entre os dois. Toda a trama
que serve de pano de fundo, por outro, lado, envolvendo as diferentes forças
que estão atrás do garoto, são desnecessariamente confusas e se complicam mais
do que deveriam com o intento de inserir constantes reviravoltas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
O divisivo final de Final Fantasy VII Remake
Quando escrevi a crítica de Final Fantasy VII Remake, elogiei o fato
de ser uma reimaginação excelente tanto em termos visuais quanto em termos de
jogabilidade e trama. Apontei, porém, a bagunça que eram os últimos momentos da
trama e como essas escolhas criavam vários problemas ao tentar explicar coisas
que não precisavam de explicação. Eu vou tentar analisar os desdobramentos
desse final, então o texto a seguir contem SPOILERS do final do jogo.
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Games,
Reflexões Boêmias
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Crítica – Better Call Saul: 5ª Temporada
O final da quarta temporada de Better Call Saul mostrava Jimmy (Bob
Odenkirk) assumindo o nome de Saul Goodman e uma reação perplexa de Kim (Rhea
Seehorn) indicava que a relação dos dois seria testada nesta temporada. É
exatamente isso que acontece ao longo do quinto e penúltimo ano de Better Call Saul conforme Jimmy se
sedimenta como um advogado de criminosos passando a trabalhar para os cartéis
de drogas, a começar por Lalo Salamanca (Tony Dalton).
Se na temporada anterior haviam
alguns problemas de ritmo pelo fato das tramas de Jimmy não terem nenhuma
relação com as tramas de Mike (Jonathan Banks), aqui as coisas fluem muito
melhor já que o fato de Saul estar trabalhando para Lalo acaba por envolvê-lo
nos planos de Gus (Giancarlo Esposito) para derrubar os Salamanca. Ao mesmo
tempo, o trabalho de Kim para um grande banco a coloca diante de alguns dilemas
morais que a fazem reavaliar suas prioridades como advogada.
Como eu já falei em um texto sobre o quarto episódio desta temporada, um dos melhores atributos da série é como ela consegue
dizer muito sobre seus personagens sem precisar falar explicitamente. Através
da composição de planos, de simbologias ou do trabalho sutil de expressão
facial dos atores podemos perceber muito sobre o que está acontecendo ou o que
aquelas situações significam para aqueles personagens.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 21 de abril de 2020
Crítica – Sergio
Na primeira cena deste Sergio, vemos o protagonista gravando um
vídeo institucional da ONU explicando o valor e a importância da diplomacia e
da organização. Essa imagem é retomada na cena final junto com uma cartela de
texto que explica que a morte do diplomata no Iraque acabou com as negociações
de paz e afundou a região no caos, dando origem ao Estado Islâmico. Com esses
elementos era de se imaginar que o filme se concentraria na vida profissional
do brasileiro Sergio Vieira de Mello e sua importância no campo diplomático, no
entanto, essa acaba sendo uma parcela muito pequena da trama, a despeito de
suas intenções em falar da ONU e da importância do diálogo.
A narrativa começa com a chegada
de Sergio (Wagner Moura) ao Iraque para intermediar a saída das forças
militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos na invasão ao país e o
governo temporário do Iraque. A intenção de Sergio é devolver a soberania
nacional aos iraquianos, mas os estadunidenses tem outros planos. Apesar desse
ser o ponto de partida, o que poderia funcionar como um tenso drama político, a
trama salta entre vários tempos e lugares para mostrar o trabalho diplomático
dele em lugares como Camboja e Timor Leste, sua relação amorosa com a argentina
Carolina (Ana de Armas) e seu sofrimento sob os escombros do prédio da ONU no
Iraque após o atentado a bomba que eventualmente o mataria.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Crítica – Freud
Narrativas policiais são calcadas
no uso da razão e raciocínio lógico para desvendar crimes. Esse gênero
narrativo já recorreu a personagens com metodologias baseadas em diferentes
campos do conhecimento, inclusive aqueles que tentam compreender o funcionamento
da mente humana. Nesse sentido, o gênero já recorreu mais de uma vez à figura
de Sigmund Fred, o pai da psicanálise, como esse investigador arguto capaz de
resolver crimes tão complicados que parecem até sobrenaturais. No cinema ele já
chegou a se aliar a Sherlock Holmes em Visões
de Sherlock Holmes (1976) e agora é levado para a televisão na minissérie
alemã Freud.
A trama se baseia em um período
da vida do médico sobre o qual há pouco registro, então a narrativa tenta
imaginar o que teria acontecido com Freud (Robert Finster) nessa lacuna. Nesse
sentido, acompanhamos Freud enquanto ele tenta defender suas ideias sobre o
inconsciente enquanto se envolve com um mistério envolvendo a misteriosa Fleur
Salomé (Ella Rumpf), que sob o transe hipnótico aparentemente consegue prever
crimes. Onde muitos pensam existir uma conexão sobrenatural, Freud suspeita de
haver um problema relacionado ao inconsciente da jovem mulher.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Crítica – Final Fantasy VII Remake
Faz mais de uma década que espero
por este Final Fantasy VII Remake. A
expectativa por uma reimaginação do jogo com toda a força dos consoles atuais
começou no lançamento do Playstation 3, em 2005, quando a Sony recriou a
abertura de Final Fantasy VII usando
motores gráficos do console para mostrar todo o poder do aparelho. O público
tomou aquele tech demo como um
indicativo de que o remake estava a
caminho, mas nunca veio. Só dez anos depois, em 2015, o jogo foi finalmente
anunciado.
Após cinco anos de espera
finalmente temos ele em mãos. Em geral um jogo com tanto hype, tanta espera, pode não ser capaz de dar conta das altas
expectativas ou de estar à altura de um game que de tornou praticamente sagrado
na memória afetiva dos jogadores. Final
Fantasy VII Remake, no entanto, entrega tudo aquilo que esperamos por 15
anos. Quando escrevi sobre a demo do jogo, mencionei que carregava uma grande
promessa e o produto final entrega isso. Uma reimaginação grandiosa, com música
e visuais impressionantes, personagens carismáticos e um sistema de combate
veloz, que reproduz nas batalhas o senso de poder e grande escala da trama.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Drops – O Rei Tigre e Eu
A série documental A Máfia dos Tigres virou febre nas
últimas semanas graças à insana história real que conta. Quando escrevi sobre
ela, mencionei que o último episódio andava rápido demais, que muitas tramas
ficavam relegadas a serem explicadas via cartelas de texto e que talvez fosse
melhor ter um episódio adicional. Pois a Netflix de fato fez um episódio
adicional para a série neste O Rei Tigre
e Eu, mas é menos uma extensão da série e mais um complemento com
entrevistas em que alguns dos participantes falam de suas vidas pós-série.
Apresentado por Joel McHale (de Community) funciona como uma espécie de talk-show remoto, já que, por conta da
pandemia, cada participante fala de sua respectiva casa. Os participantes são,
na maioria, coadjuvantes da série, ex-funcionários de Joe Exotic. Considerando
que muitos dos protagonistas tem seus crimes, suspeitas de crimes e
contradições reveladas, era de se imaginar que figuras como Carole Baskin ou
“Doc” Antle não participariam, sendo Jeff Lowe o único dos personagens
principais presentes.
O problema, no entanto, é que o
episódio falha em nos dar um entendimento maior sobre aquelas pessoas ou os
eventos mostrados na série. A fala dos ex-funcionários só diz coisas que o
documentário já mostrou sobre Exotic, que ele é um ególatra instável que trata
mal todos a sua volta. A única revelação significativa vem da entrevista com o
gestor de campanha de Joe, que conta que o suicídio de Travis, um dos maridos
de Joe, teria sido acidental, com Travis aparentemente sem saber que a arma
estava carregada.
O episódio tem alguns momentos de
humor graças as reações e perguntas inesperadas de McHale a esse elenco de
figuras pitorescas. Em programas como The
Soup e The Joel McHale, o ator
fez uma carreira em cima de comentar as cenas mais insólitas de programas de
televisão e reality shows, então ele
tem bastante jogo de cintura para lidar e extrair humor das interações com
esses sujeitos insólitos.
Ainda assim, esse o Rei Tigre e Eu não consegue afastar a
sensação de um produto apressado, feito a toque de caixa para capitalizar em
cima da febre que a série virou, mas sem efetivamente oferecer muito conteúdo
ao espectador.
Nota: 5/10
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Documentário,
Drops
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quarta-feira, 15 de abril de 2020
Drops – Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
Situado em um mundo de fantasia
no qual a magia foi substituída por tecnologia, a produção da Pixar Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
conta a história de dois irmãos elfos que, no aniversário de 16 anos do caçula,
Ian, recebem um presente deixado anos atrás pelo falecido pai. Um cetro mágico
com uma joia capaz de trazer de volta, durante um dia, uma pessoa morta. Ao
tentarem realizar o feitiço algo dá errado e apenas a parte inferior do corpo
do pai (as pernas) são trazidas de volta. Agora os dois precisam correr contra
o tempo para completarem o feitiço e poderem passar algum tempo com o pai.
É uma trama sobre luto e seguir
em frente depois de uma grande perda, sobre amor fraterno e também sobre como a
tecnologia muitas vezes nos aliena do mundo a nossa volta e nos faz perder o
encantamento pelas maravilhas ao nosso redor. A estrutura de road movie nem sempre dá tempo para que
as ideias sejam plenamente desenvolvidas, já que obriga os personagens a
estarem sempre em movimento, mas ainda assim consegue encontrar momentos
significativos de conexão emocional entre seus protagonistas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Crítica – Bad Boys Para Sempre
Depois do péssimo Os Bad Boys II (2003) eu não tinha
interesse em ver mais nenhum filme com esses personagens. O fato de ser uma
continuação feita quase vinte anos depois também não inspirava confiança, já
que não parecia ainda haver demanda por essa franquia. O que me fez ter um
mínimo de curiosidade em relação a este Bad
Boy Para Sempre foi saber que o diretor Michael Bay não voltaria para esse
terceiro. A ausência de Bay fez maravilhas pelos Transformers no bacana Bumblebee (2017), então imaginei que
esse daqui também pudesse se beneficiar da troca de diretores. Isso, no
entanto, não acontece, já que a dupla de diretores Adil e Bilall parece bem
preocupada em emular o estilo de Bay, ainda que o resultado não seja o desastre
que é o segundo filme, um patamar baixo a superar, convenhamos.
Na trama, a poderosa traficante
Isabel Aretas (Kate del Castillo) foge da prisão determinada a se vingar de
todos que a colocaram na cadeia e destruíram sua família. Uma dessas pessoas é
Mike (Will Smith) e quando ele é baleado, Marcus (Martin Lawrence) sai da
aposentadoria para ajudar o amigo. Não há muito mais em termos de trama e isso,
em si, não seria um problema, o que incomoda é a quantidade de furos, coisas
mal explicadas e reviravoltas que se pretendem a serem algo bombástico, mas
resultam em cenas risíveis.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Crítica – Um Amor, Mil Casamentos
Ao propor tentar entender os
múltiplos desdobramentos possíveis de um mesmo evento, imaginei que este Um Amor, Mil Casamentos teria algo
similar a filmes como Corra Lola, Corra (1998)
ou De Caso Com o Caso (1998), que
também mostram como um evento pode ter resultados muito diferentes se mudarmos
um pequeno elemento neles. De certa forma, Um
Amor, Mil Casamentos faz isso, mas aproveita tão pouco o potencial criativo
de sua premissa que o uso dessas “realidades alternativas” soa despropositado.
Na trama, Jack (Sam Claflin)
precisa lidar com vários problemas ao mesmo tempo durante o casamento da irmã, Hayley
(Eleanor Tomlinson). Ele precisa ser manter longe da sua ex-namorada megera,
Amanda (Freida Pinto), ao mesmo tempo em que precisa impedir que Marc (Jack
Farthing), um ex-namorado de Hayley que entrou de penetra, estrague a festa.
Durante o casamento Jack também vai buscar se reaproximar de Dina (Olivia
Munn), uma amiga de Hayley por quem se apaixonou anos atrás, mas que por conta
de várias circunstâncias nunca pode efetivamente se relacionar com ela.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Lixo Extraordinário – Tubarão 4: A Vingança
Apesar de ter visto Tubarão (1975) inúmeras vezes, nunca
tive interesse em ver nenhuma das muitas continuações que o filme recebeu,
nenhuma delas contando com a direção de Steven Spielberg, que comandou o
original. Nos últimos anos, no entanto, comecei a ver Tubarão 4: A Vingança aparecendo em muitas listas de piores filmes
de todos os tempos, inclusive no infame ranking dos 100 filmes com notas mais
baixas no IMDb, então isso ativou minha curiosidade mórbida e achei que poderia
ser uma boa pauta para essa coluna. Fui assistir sem ver qualquer outra das
continuações, então se há algum detalhe ou referência ao segundo ou terceiro
filme, não sei dizer.
Na trama, Ellen Brody (Lorraine Gary),
a viúva do xerife Brody (Roy Scheider), protagonista do primeiro filme, começa a
ter sonhos envolvendo um tubarão e teoriza que um tubarão está vindo para
atacar ela e os filhos como vingança por Brody ter matado o tubarão do primeiro
filme. O sentimento dela ganha força quando o filho mais novo é morto por um
tubarão ao realizar reparos marítimos na costa de sua cidade. Ellen então avisa
o filho mais velho, que trabalha nas Bahamas como biólogo marinho, para ter
cuidado e viaja até a morada do filho para ficar de olho nele. Logicamente, um
tubarão, o mesmo que teria matado o filho mais novo, aparece nas Bahamas.
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Lixo Extraordinário,
Suspense,
Terror
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quinta-feira, 9 de abril de 2020
Crítica – Você Não Estava Aqui
Quem conhece a obra do diretor
britânico Ken Loach sabe que ele costuma mostrar as agruras da classe média
trabalhadora, os problemas sociais de seu país e as consequências da falta de
um Estado voltado para o bem-estar social. Neste Você Não Estava Aqui, Loach trata da precarização do trabalho e
como a ideia de trabalhar como “empreendedor individual” para uma empresa ao
invés de como funcionário vende uma ideia de liberdade e empreendedorismo que
não se verifica na prática, resultando em ainda mais exploração do trabalhador.
A trama acompanha Ricky (Kris
Hitchen), que começa a trabalhar em uma empresa de entregas que presta serviço
para corporações de comércio eletrônico como Amazon e outras. Ricky, no
entanto, não é funcionário, é um empreendedor contratado que recebe por entrega
feita e precisa arcar sozinhos com todos os custos de sua função. O carro que
faz entregas não é da empresa, mas dele, a manutenção do veículo e todo resto é
de responsabilidade dele. De início tudo isso é apresentado ao protagonista
como algo libertador, que vai dar a ele a possibilidade de ter um negócio
próprio, trabalhar o número de horas que quiser. Aos poucos, no entanto, a
realidade desse trabalho vai se mostrando cada vez mais cruel.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 8 de abril de 2020
5 Contra 1: Filmes sobre Jornalismo
Aproveitando que ontem, 7 de
abril, foi o dia do jornalismo, aproveitei para listar cinco bons filmes sobre
o tema e um muito ruim. Foi uma lista difícil porque tem muitos bons exemplares
e escolher apenas cinco significou abrir mão de alguns que eu gosto muito, mas,
bem, parte da diversão de fazer listas também reside em experimentar o
desapego. Vejam a lista completa e contem quais são os seus filmes favoritos
sobre o tema.
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5 Contra 1,
Drama
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terça-feira, 7 de abril de 2020
Crítica – Coffee & Kareem
Fui assistir a este Coffee & Kareem, produção original
da Netflix, sem esperar muita coisa, já que parecia mais uma comédia de ação
sobre uma dupla de personalidades opostas e, bem, é isso mesmo, embora consiga
apresentar alguns momentos de diversão.
Na trama, o policial Coffee (Ed
Helms) tenta se aproximar de Kareem (Terrence Little Gardenhigh), filho de sua
nova namorada Vanessa (Taraji P. Henson). Kareem logicamente não gosta do novo
padrasto, mas quando o garoto testemunha uma execução do tráfico, terá que
recorrer a Coffee para sobreviver e proteger a mãe.
É a típica dupla de
personalidades antagônicas, com Coffee sendo um policial manso que deixa
qualquer um pisar nele e Kareem sendo um adolescente desbocado que não leva desaforo.
Ao longo do filme eles aprenderão um com o outro e resolverão as diferenças
entre eles. Tudo bem previsível, assim como a revelação de quem estava por trás
de tudo também é muito previsível.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Crítica – A Máfia dos Tigres
A realidade muitas vezes pode ser
mais bizarra e absurda do que qualquer roteiro de ficção. A minissérie
documental A Máfia dos Tigres é um
claro exemplo disso. O documentário acompanha um grupo de donos de “zoológicos”
que exibem primordialmente grandes felinos como tigres, leões e leopardos.
Coloco o termo entre aspas porque apesar dos personagens chamarem seus negócios
de zoológicos, eles são mais circos, nos quais os animais são explorados (e
maltratados em muitos casos) para o entretenimento alheio e não para serem
preservados ou estudados.
Entre os personagens principais
está Joe Exotic, um sujeito, como o próprio nome diz, exótico. Um caipira que
ostenta um mullet descolorido é
amante de tigres e de armas de fogo, assumidamente gay e polígamo, Joe já
tentou ser candidato a presidente dos EUA e também governador do estado de
Oklahoma. Joe tem uma violenta rixa com Carole Baskin, uma hippie velha que também é dona de um viveiro de grandes felinos,
diz ser defensora dos direitos desses animais, inclusive propondo leis que deem
ao governo mais supervisão e controle sobre quem pode lidar com esses animais,
mas, paradoxalmente, seu viveiro também é aberto a visitação e ela também
permite que o público interaja com os animais, não sendo muito diferente de
outros circos do gênero, exceto, talvez, por seu tratamento dos animais não ser
tão negligente.
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Crítica,
Documentário,
Séries
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Drops – O Rei Leão (2019)
Nossa seção de textos curtos
falará brevemente hoje sobre a nova versão de O Rei Leão. De todos os remakes
dessa onda recente da Disney, era o que menos despertou meu interesse. Se
outros remakes tinham a justificativa
de revisar certas ideias do original que não se sustentam tão bem hoje ou a da
mudança de animação para live-action,
O Rei Leão não possui nenhuma dessas
justificativas. A narrativa se sustenta tranquilamente bem ainda hoje e o filme
segue sendo uma animação, ainda que com um visual fotorrealista.
Esse realismo, aliás, é um dos
problemas do filme. Preso a uma representação realista dos corpos dos animais,
as expressões físicas dos personagens ficam extremamente limitadas e em muitos momentos
soam deslocadas do trabalho de dublagem, já que a emoção das vozes não é
percebida nos rostos e corpos deles. Isso fica ainda mais evidente nos números
musicais, que perdem suas cores, sua energia e sua dimensão lúdica em prol
de...bem, de nada, já que a estética ultrarrealista em nada agrega às canções e
não compensa os elementos que são perdidos. O resultado mostra como o realismo
é muitas vezes superestimado no audiovisual.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Crítica – Notas de Rebeldia
Notas de Rebeldia, produção original da Netflix, é um daqueles
filmes feitos sob medida para fazer seu espectador se sentir bem. Um feel good movie como dizem os críticos
gringos. Não faz nada muito fora do traçado que estamos acostumados a encontrar
nesse tipo de filme, mas o elenco consegue nos conectar com os personagens.
Na trama, Elijah (Mamoudou Athie)
é um jovem que trabalha no restaurante popular do pai, Louis (Courtney B.
Vance), mas que sonha em se tornar um mestre sommelier, um especialista em
vinhos. Seu sonho o coloca em rota de colisão com o pai, que imaginava que
Elijah herdaria seus negócios, que estão na família há gerações. Os custos do
curso também deixam Elijah em dúvida se conseguirá ou não alcançar seu sonho.
É um conflito bem típico de
legado familiar versus traçar seu próprio caminho, assim como também traz o
elemento do popular versus erudito, ambas premissas bastante comuns dentro da
lógica do drama familiar hollywoodiano. Tudo é relativamente previsível, dos
encaminhamentos da jornada do protagonista, passando pelos conflitos e soluções
destes, é bem similar a produtos com as mesmas características. Tematicamente
também se encaixa em elementos que já vimos inúmeras vezes, falando sobre a
necessidade de acreditar em si mesmo ou seguir seus próprios sonhos, sem nada
muito diferente.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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