Doce Argumento é uma daquelas comédias bem lugar-comum que inundam
constantemente o catálogo da Netflix, partindo da tradicional premissa do casal
que se detesta, mas eventualmente descobre que se ama sem, no entanto, oferecer
nada de novo ou diferente a esse clichê batido.
Na trama, Bennett (Jacob
Latimore) e Lona (Sami Gayle) disputam a liderança do clube de debate da escola
e são rivais desde a juventude. Ambos contam com a vitória no campeonato
estadual de debate como meio de entrarem em uma boa universidade, mas quando
não se classificam individualmente, tentam entrar como dupla. Ao trabalharem
juntos, obviamente colocarão as diferenças de lado e vão descobrir que tem tudo
a ver um com o outro.
Assim como outras comédias românticas
da Netflix, a exemplo de Amor em Obras
(2019), o principal problema nem é só a trama previsível, mas a completa
ausência de drama ou conflito. Imaginamos que a disputa do campeonato será esse
elemento, já que ambos contam com a vitória, mas isso é resolvido quando eles
passam a competir como dupla. A informação de que as mães dos dois, Amy
(Christina Hendricks) e Julia (Uso Aduba), foram rivais no colégio parece
indicar que algum conflito surgirá disso, mas nada acontece nessa frente
também.
Há uma tentativa de falar sobre o
sistema educacional dos EUA, a robotização dos estudantes e como a pressão
colocada neles para escolher uma carreira ainda na adolescência pode ser
excessiva. Como não há muito conflito ou drama nas situações colocadas aos
personagens, no entanto, essas ideias acabam tendo pouco peso e não vão além da
superfície. Não fosse o carisma do elenco, tanto do casal principal quanto as
duas mães, o resultado de Doce Argumento
seria puro tédio, embora nem isso evite que ele seja bastante esquecível.
Nota: 5/10
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