terça-feira, 25 de agosto de 2020

Crítica – Pathfinder: Kingmaker Definitive Edition

 

Análise Crítica – Pathfinder: Kingmaker Definitive Edition

Resenha Crítica – Pathfinder: Kingmaker Definitive Edition
Quanto escrevi sobre Pathfinder: Kingmaker na época para seu lançamento em PC em 2018 mencionei como o game capturava o espírito de jogos como Baldur’s Gate ou Neverwinter Nights na sua tentativa de simular o funcionamento e abertura de um RPG de mesa. Também comentei os vários problemas do jogo, como mecânicas obtusas e uma série de problemas técnicos. Pois agora Pathfinder: Kingmaker Definitive Edition leva aos consoles (PS4 e Xbox One) o jogo de PC com direito a todos os DLCs lançados e algumas novas mecânicas.

Como ele se sai? Bem, não muito diferente da versão de PC. A trama, a abertura, o escopo do mundo, o senso de exploração e descoberta, bem como a amplitude da customização de personagens continuam sendo o ponto alto da experiência e fazem do jogo um título que precisa ser conferido por fãs do gênero. O fato de vir com todo conteúdo pós lançamento da versão de PC ajuda a dar mais opções, como novas raças, classes de personagem e histórias.

Além disso, essa nova versão traz também uma nova mecânica: a possibilidade das batalhas serem por turnos (de uma maneira similar a Divinity: Original Sin) ao invés de apenas em tempo real com a possibilidade de pausar para dar comandos aos vários personagens do grupo. A nova mecânica de turnos é bem vinda nos consoles, já navegar entre os vários personagens e barras de ações não é tão rápido quanto o uso de mouse e teclado no PC e dá as batalhas um ritmo mais deliberado e consistente do que ter que ficar parando toda hora no combate em tempo real, o que pra mim, deixa essa opção com o ritmo mais truncado. Isso, claro, é minha preferência pessoal de como lidar com o combate na versão de console, mas o jogador é livre pra alterar o modo de combate no momento em que bem entender.

Alguns problemas do original foram mitigados com tutoriais mais amigáveis, que informam de mecânicas que um jogador não habituado com as regras do D&D de mesa podem não conhecer, como as reduções de dano e invulnerabilidade de certos tipos de inimigos como esqueletos e enxames. Ainda assim, não são o bastante para dar conta de todas as mecânicas singulares dos muitos inimigos ou personagens e novatos nesse tipo de jogo podem se sentir sobrecarregados com as várias opções e mecânicas. Do mesmo modo, os objetivos das missões continuam vagos em muitos casos, tornando difícil compreender o que é exigido do jogador.

O mais grave, no entanto, são os problemas de performance e bugs. O tempo de carregamento é um pouco melhor do que na versão de lançamento para PCs, mas ainda soa longo na maior parte do tempo. Além disso, crashes são razoalvemente comuns, com o jogo fechando do nada me obrigando a reabrir e carregar o último ponto de salvamento me fazendo perder progresso e tempo, o que é muito problemático em um RPG que pode chegar a 100 horas de duração e tem loads demorados. É inadmissível que dois anos depois de seu lançamento, o jogo continue a apresentar problemas tão sérios de performance.

Pathfinder: Kingmaker Definitive Edition continua a ser um expansivo RPG que capta muito bem a experiência de um jogo de mesa, mas a persistência de problemas técnicos torna a experiência mais frustrante do que deveria.

Nota: 6/10

Trailer

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