Não joguei o primeiro Hyrule Warriors quando ele saiu para WiiU, só me aproximando do jogo na Definitive Edition que foi lançada para Nintendo Switch e confesso que fiquei bastante surpreso. De todos os spin-offs da franquia Dynasty Warriors em outros universos (como Dragon Quest ou One Piece), Hyrule Warriors me pareceu o que melhor combinava os elementos das duas propriedades convergentes. Nunca imaginei que ver Link, Zelda e outros massacrando exércitos inteiros em ataques especiais que despachavam centenas de inimigos por vez pudesse ser tão divertido.
O anúncio de um novo jogo na forma deste Hyrule Warriors: Age of Calamity me deixou bastante empolgado não só pela possibilidade de refinar o primeiro jogo, mas também por contar uma história que serviria de prelúdio para Zelda: Breath of the Wild, mostrando como Calamity Ganon derrotou os guardiões e Link precisou ser colocado em hibernação por 100 anos.
O demo do jogo disponibilizado pela Nintendo dá acesso ao primeiro capítulo da campanha principal, algumas breves missões secundárias e três personagens jogáveis em Link, Zelda e Impa. Se o primeiro Hyrule Warriors misturava personagens de diferentes temporalidades ou universos da franquia Zelda (além de alguns originais), aqui todos (ao menos por enquanto) se baseiam nas versões de BoW.
A estrutura básica da jogabilidade é similar a de qualquer game em estilo Musou, com o jogador correndo por um grande campo de batalha cumprindo objetivos como capturar bases inimigas, derrotar líderes adversários ou escoltar algum aliado. Tudo serve como desculpa para massacrar centenas de inimigos por missão, deixando o jogador imerso na fantasia de poder de ser um guerreiro apelativamente habilidoso.
Cada personagem tem uma habilidade própria ligada ao botão ZR, com Link usando seu arco ou Impa colocando símbolos mágicos que atacam os inimigos e podem ser absorvidos por ela para deixá-la ainda mais poderosa. Além disso todos os personagens tem acesso ao uso de runas como bombas, magnesis ou stasis, mas o modo como cada um as usa é diferente. Ao usar bombas, Link arremessa uma série de explosivos nos inimigos, enquanto Zelda invoca uma espécie de Guardião (que pode ser controlado pelo jogador) que caminha pelo cenário disparando bombas. Isso ajuda a diferenciar ainda mais cada personagem, já que no primeiro Hyrule Warriors equipamentos como bombas, gancho ou arco eram iguais para todos os personagens.
O jogo ainda utiliza várias mecânicas presentes em Breath of Wild, ainda que aplicando-as ao seu modo. Cozinhar alimentos, por exemplo, é algo que pode ser feito no início de cada missão e cada prato oferece uma bonificação diferente. Vasculhar o mapa por sementes Korok também está presente, embora pelo demo ainda não seja possível dizer a função delas. Diferente de BoW, no entanto, aqui as receitas precisam primeiro ser aprendidas antes de serem utilizadas e isso pode ser feito completando algumas missões ou atendendo aos pedidos de recursos de NPCs.
Entre uma missão e outra o jogador tem uma visão do mapa de Hyrule, no qual pode visualizar as próximas missões além de entrepostos comerciais e NPCs pedindo recursos. Atender aos pedidos dos NPCs ajuda a desenvolver cada região de Hyrule, além de recompensar o jogador com receitas, equipamentos, golpes ou mesmo novos mercadores de onde comprar. O mapa tem o mesmo visual de Breath of the Wild ainda que as localidades estejam obviamente diferente já que tudo se passa 100 anos antes da destruição provocada por Ganon. Todo o jogo, na verdade, é visualmente bem fiel a BoW, reforçando a impressão de que é tudo no mesmo universo.
Com um combate ágil, personagens bacanas e uma narrativa com
o potencial de ampliar nossa compreensão do universo de Breath of the Wild, a demo de Hyrule
Warriors: Age of Calamity nos deixou muito empolgados pelo produto final,
que será lançado para Switch em 20 de novembro.
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