Na trama o mundo está a alguns dias de uma catástrofe que pode acabar com a vida no planeta conforme pedaços de um cometa passando próximo à Terra começam a cair na atmosfera. Governos começam a se preparar para o pior, selecionando cidadãos para abrigos que podem protegê-los da destruição. O engenheiro John (Gerard Butler) é um dos selecionados e ele parte com a esposa, Allison (Morena Baccarin), e o filho para a base militar na qual serão transportados para o abrigo. Chegando lá, o abrigo é atacado por pessoas não selecionadas tentando invadir os aviões de transporte e na confusão John se separa de Allison e do filho. Agora a família precisa se reunir e pensar no que fará diante do fim iminente.
O filme é menos interessado em perseguições ou cenas bombásticas de destruição e mais no drama humano da questão. Em tentar entender o que acontece com as pessoas diante de uma grande catástrofe e da certeza de um final iminente. Nesse sentido, a trama da família separada que tenta se reunir é basicamente a mesma de O Impossível (2013), apenas trocando o tsunami por um cometa. A mensagem também é relativamente similar, lembrando da importância da cooperação e do trabalho em conjunto para o sucesso da humanidade.
Aqui, no entanto, a ideia de que tudo que o ser humano precisa seria trabalhar junto e que quando abandonamos isso só temos a perder encontra um problema que é a seleção para o abrigo. Sim, pois na trama do filme não importa o quão bom ou disposto a cooperar você seja, ainda assim alguém poderia ser deixado para morrer. Principalmente porque a seleção parecia levar em conta profissões e não perfil psicológico, então é perfeitamente possível que pessoas mesquinhas ou egoístas tenham sido escolhidas para sobreviver.
Ainda assim, o filme funciona porque Butler e Baccarin conseguem convencer do desespero dos dois protagonistas em tentarem encontrar um ao outro e alguma maneira de sobreviver. Do mesmo modo, a trama é hábil em mostrar o clima de instabilidade generalizada que toma o mundo uma vez que a população toma conhecimento do fim inevitável. Claro, não tem nada que narrativas apocalípticas já não tenham feito antes, com saques, violência e pessoas tentando tomar o que é dos outros ao invés de cooperarem, mas é bem conduzido o suficiente para funcionar. O clímax também traz alguns bons momentos de tensão conforme os maiores pedaços do cometa começam a cair enquanto os personagens tentam chegar na Groelândia.
Destruição Final: O
Último Refúgio não chega a trazer nada de muito diferente em relação a
tramas sobre fim do mundo, mas sua trama focada mais no elemento humano é bem
conduzida o suficiente para funcionar se visto sem grandes pretensões.
Nota: 6/10
Trailer
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