A narrativa conta a história de duas irmãs, Vee (Taryn Manning) e Leah (Francesca Eastwood) que roubam um banco para conseguir dinheiro para salvar o irmão delas, Michael (Scott Haze). Quando o cofre do banco tem menos dinheiro do que esperavam e a polícia começa a cercar o local as irmãs ficam sem saber o que fazer até que Ed (James Franco), o subgerente do banco, informa que há um segundo cofre no subsolo com mais dinheiro e que lá há um túnel que pode ser usado na fuga. O que as irmãs não sabiam é que os túneis sob o banco eram assombrados.
É uma mescla inesperada de elementos que poderia render algo verdadeiramente tenso, com as protagonistas tendo que lidar tanto com a pressão da polícia do lado de fora quanto a presença do sobrenatural dentro do banco. A questão é que os dois elementos são mal trabalhos demais para funcionar. A presença da polícia do lado de fora do banco é esquecida durante boa parte da duração assim com a presença dos reféns e qualquer demanda deles é também deixada de lado depois da meia hora inicial.
As assombrações são vagamente definidas, hora se comportando quase como zumbis, aparecendo para fisicamente atacar os personagens e em outros momentos demonstram poderes de possessão. É tudo muito inconsistente, sem regras claramente definidas do que eles podem ou não fazer e com isso é difícil produzir suspense, já que não sabemos do que exatamente deveríamos ter medo. Visualmente as assombrações carecem de algo marcante, que as faça de destacar, soando como mortos-vivos genéricos.
Não ajuda que os personagens sejam completamente desinteressantes, já que o conflito principal dos três irmãos é mal construído, com algumas informações muito breves sobre os problemas de Michael ou as dificuldades de relacionamento entre Vee e Leah, o que não nos dá muito para torcer para eles. O mesmo pode ser dito dos funcionários do banco, vazios demais para despertar qualquer interesse do espectador. A trama tenta criar uma reviravolta envolvendo o personagem de James Franco nos últimos minutos, mas considerando que apenas os protagonistas interagiam com ele, é uma revelação bem previsível. A cena final, inclusive, soa gratuita, já que nunca foi dito ou mesmo levantada a possibilidade de que os fantasmas poderiam ir além do espaço do banco.
O Cofre até parte
de uma premissa interessante de mistura de gêneros, mas conduz sua trama de
maneira tão vaga e sem personalidade que não consegue fazer o suspense ou o
terror funcionarem.
Nota: 4/10
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