quinta-feira, 27 de maio de 2021

Crítica – Army of the Dead: Invasão à Las Vegas

Análise Crítica – Army of the Dead: Invasão à Las Vegas


Review Crítica – Army of the Dead: Invasão à Las Vegas

A ideia de um filme de roubo em meio a um apocalipse zumbi parece sob medida para um divertido blockbuster de ação que deixe o espectador entretido por algum tempo. Em tese Army of the Dead: Invasão à Las Vegas deveria ser isso, mas se alonga mais do que deveria considerando seu fiapo de trama ao ponto de ficar maçante.

Na trama, a cidade de Las Vegas e parte do estado de Nevada foram isoladas depois de um surto zumbi infestou a cidade. O governo planeja lançar em poucos dias uma bomba nuclear na região para resolver o problema. Em meio a isso está Scott (Dave Bautista) um dos poucos a ter enfrentado o início da infestação e ter saído com vida da cidade. Scott é procurado pelo bilionário Tanaka (Hiroyuki Sanada) como uma proposta lucrativa: recuperar 200 milhões guardados em um cofre subterrâneo no hotel-cassino de sua propriedade em Las Vegas aproveitando a desocupação das fronteiras da área de quarentena para penetrar na região, recuperar o dinheiro e sair antes do bombardeio.

Scott é o típico soldado traumatizado que embarca em uma missão impossível para tentar, de algum modo, expiar os pecados do passado. É clichê, conduzido de uma maneira bastante previsível e que não seria em si um problema se o filme não estendesse esse fiapo de trama ao longo de quase duas horas e meia ou não levasse tão à sério o arco repleto de lugares-comuns desse protagonista ou dos outros personagens que o acompanham.

Na verdade, apesar de algumas cenas de ação divertidas com os personagens enfrentando hordas de zumbis e um gore exageradamente cômico, o filme se leva estranhamente mais a sério do que se esperaria de uma produção dessas e da premissa que constrói. Essa tendência para a seriedade somada à longa duração, faz tudo soar mais maçante do que deveria.

Talvez seja por isso que a dinâmica entre o soldado Vanderhoe (Omari Hardwick) e o arrombador de cofres Dieter (Matthias Schweighöfer) foi a única relação entre personagens que eu consegui me importar, já que eles são os únicos que parecem entender o absurdo da situação. Boa parte das cenas mais divertidas do filme contam com a presença da dupla, como o segmento em que eles tentam usar zumbis como isca para desativarem as armadilhas no corredor do cofre.

Os demais personagens são uma coleção de clichês sem muito brilho que são tratados pelo filme sem qualquer tipo de senso de ironia ou autoreferrência por estar recorrendo a esses lugares comuns manjados que acabam soando mais aborrecidos do que companheiros de jornada com quais poderíamos nos importar. Na verdade, não senti nada pela morte da maioria deles.

A ação é o ponto alto do filme, sendo criativa em usar o ambiente de um hotel-cassino nos diferentes embates com hordas de zumbis e com um Zack Snyder mais contido, evitando os excessos de câmera lenta que deixam o fluxo da ação truncada em alguns de seus filmes. Além disso, o filme tem um ótimo design em suas criaturas, explorando diferentes possibilidades de zumbis, incluindo um tigre. O problema é que essas sequências de ação estão muito espaçados em meio a uma trama simples que se alonga muito mais do que deveria estendendo e levando muito a sério os arcos clichê de seus personagens.

Desta maneira, embora ofereça muitos momentos divertidos de ação e gore, Army of the Dead: Invasão à Las Vegas é prejudicado por uma duração inchada e ocasionalmente se levar mais à sério do que deveria.

 

Nota: 5/10


Trailer

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