A trama é focada na família de Jackie (Helen Hunt), que está passando por um momento de crise. Jackie está se separando do marido, o policial Greg (Jon Tenney), depois de tê-lo traído. Connor (Judah Lewis), o filho adolescente do casal, não recebe bem a informação e fenômenos estranhos começam a acontecer na casa. Ao mesmo tempo, Greg investiga uma série de sequestros de crianças.
A trama do sequestro inicialmente parece não se conectar com a trama da casa e demora a se encontrar com o resto dos conflitos do filme. O fluxo da trama é prejudicado pela montagem cheia de cortes abruptos que propositalmente omite informações do espectador apenas para depois inserir a revelação do que de fato acontecia na casa. O expediente acaba soando mais desonesto do que capaz de evocar tensão. Ainda assim, a noção de que os eventos estranhos da casa não eram fruto de algo sobrenatural e sim de phrogging é uma boa reversão de expectativas.
Para quem não sabe, phrogging é o termo usado para pessoas que vivem em segredo nas casas de outras, como no filme Parasita (2020). O problema é que aqui não há muito a dizer sobre a questão e as ações dos invasores se resumem a uma série de pegadinhas bobas, sendo que os pontos principais de conflito, como o assassinato do amante de Jackie, não tem nada a ver com os invasores. Além disso, a reviravolta final envolvendo Greg e a real identidade do sequestrador de crianças é algo jogado gratuitamente pela trama, sem a devida construção e desenvolvimento, feito de qualquer maneira apenas para forçar um momento de surpresa.
Apesar de ocasionalmente tocar em algumas boas ideias, À Espreita do Mal perde força ao tentar
construir vários conflitos diferentes ao mesmo tempo sem conseguir amarrar
esses elementos em um conjunto coeso.
Nota: 4/10
Trailer
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