Uma mulher (Melanie Laurent) acorda sem memória dentro de uma cápsula criogênica. A cápsula está defeituosa, perdendo aos poucos seu suprimento de oxigênio e ela só pode ser aberta com um código específico que a protagonista não se lembra. Assim, a mulher precisa se lembrar quem é e qual seu código para conseguir abrir a cápsula antes que o oxigênio se esgote. A premissa deste Oxigênio já é por si só carregada de tensão por seu espaço diminuto e corrida contra o tempo, o problema é como essa trama é conduzida.
Melanie Laurent traz um sentimento palpável de confusão e desespero da personagem, algo essencial para embarcarmos na história já que o rosto dela está presente durante 95% do filme. A principal interação da protagonista é com a inteligência artificial (voz de Mathieu Amalric) que controla o funcionamento da cápsula e a única maneira que ela tem de entrar em contato com o mundo exterior e entender o que está acontecendo.
Apesar de algumas situações de tensão genuínas, em especial perto do final, o filme é prejudicado pela natureza arbitrária com a qual a trama progride. Tudo, desde a recuperação das memórias, os delírios provocados pela falta de oxigênio e as epifanias de como resolver certos problemas surgem na mente da personagem por pura conveniência de roteiro, tudo parece regido por puro deus ex machina. No instante em que parece que as coisas estão estagnando, a personagem convenientemente tem uma epifania ou recobra uma memória que lhe dá as exatas informações a respeito do que ela precisa saber naquele exato momento.
Apesar de tocar em questões como
clonagem, memória e personalidade, o texto nunca explora muito esses temas,
focando mais na urgência da protagonista e tendo pouco a dizer a respeito das
discussões metafísicas e científicas que apresenta. Assim sendo, mesmo entregando alguns bons momentos de suspense, Oxigênio
falha em prender a atenção por conta de um roteiro repleto de guinadas e reviravoltas forçosamente
convenientes.
Nota: 5/10
Trailer
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