A narrativa cria um competente clima de suspense conforme inicialmente nos apresenta às ocorrências estranhas com as quais os personagens se defrontam. Acerta também no clima convincente entre os dois protagonistas, parceiros de anos que se conhecem tão bem que sabem perceber os problemas e falhas do outro apenas com um olhar. O problema é que quando a trama parecia engrenar, a partir do momento em que Steve consegue a tal droga, a trama demora um pouco de desenvolver para que o personagem vá aos poucos explicando como funciona a questão do deslocamento temporal.
Claro, todo filme de viagem no tempo inevitavelmente precisa explicar as regras que regem esse mecanismo, mas aqui fica a impressão de que isso traz um longo segmento expositivo em que a trama principal pouco se desenvolve. Por outro lado, o filme consegue criar imagens impactantes para as estranhas ocorrências do início, como o sujeito fantasiado de caveira com uma fratura exposta, como nos momentos de viagem no tempo e a desorientação cognitiva que Steve sente.
Ao longo da trama o roteiro
levanta várias questões sobre existência humana, destino e o modo como
experimentamos o tempo, mas raramente vai a fundo nesses temas e faz tudo soar
um pouco superficial. Felizmente, Synchronic
apresenta suspense e inventividade visual o suficiente para criar uma
experiência envolvente.
Nota: 6/10
Trailer
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