Na trama, Bruce Wayne retorna à Gotham vitoriana atuando a noite como Batman para combater a criminalidade e corrupção que tomaram conta da cidade. As coisas se tornam ainda piores quando o misterioso Estripador começa a matar mulheres nas regiões mais pobres da cidade, instaurando o pânico. Cabe ao Batman desvendar o mistério.
Apesar de uma estrutura típica de “quem matou?” o filme foca mais na ação, com longas cenas de luta, do que na investigação, deixando um pouco de lado o aspecto detetivesco do Batman. As cenas de ação são bem construídas, em especial a luta entre Batman e o Estripador no topo de uma aeronave, mostrando como herói e o vilão são combatentes formidáveis.
Por outro lado, como o aspecto da investigação é deixado de lado, nunca ficamos investidos completamente em decifrar o mistério, com personagens aparecendo e sendo rapidamente descartados sem dar tempo de criar adequadamente um senso de intriga. É uma pena, já que eu queria conhecer melhor as encarnações vitorianas de personagens como Hugo Strange ou Harvey Dent. Como outros universos alternativos da DC, o texto é criativo em tentar entender como aspectos definidores desses personagens se manifestariam em outros contextos.
A revelação do culpado me deixou ambivalente. Por um lado soa incoerente, já que o personagem é mostrado tendo pesadelos com o vilão matando a esposa, então quando sabemos que ele era o culpado o tempo todo, o expediente soa como um despiste desonesto. Por outro lado, ousa em explorar uma faceta pouco abordada de um conhecido personagem, fazendo seu desejo de limpar Gotham tomar contornos muito mais radicais e cruéis.
Desta maneira, Gotham City 1889: Um Conto de Batman consegue
funcionar pelas boas cenas de ação e criatividade em recriar a iconografia do
Batman na época vitoriana, ainda que não seja lá muito eficiente na condução do
mistério principal da trama.
Nota: 6/10
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