Toda a história é contada do ponto de vista de Joe, sentado em sua mesa tentando resolver a situação por telefone para informar corretamente as autoridades. O filme consegue criar um clima de urgência e claustrofobia, nos colocando sob o olhar de alguém que quer ajudar, mas está limitado pela distância física. O trabalho de Jake Gyllenhaal, em cena praticamente durante todo o filme, consegue dar a medida do desespero e da urgência do personagem, bem como nos deixa perceber que há algo de pessoal na natureza como ele se entrega a esse caso e até viola protocolos.
Gyllenhaal não está completamente sozinho, no entanto, contando com as vozes de Riley Keough como a mulher sequestrada e Peter Sarsgaard como o marido aparentemente violento, como ambos conseguindo demonstrar o tormento emocional desses personagens apenas com a voz. A narrativa ainda consegue trazer algumas reviravoltas inesperadas que mexem no modo como enxergamos todo o caso. Por outro lado, os dramas pessoais de Joe são transmitidos e meio que resolvidos muito rapidamente ao final e o tema da necessidade de responsabilização da polícia, que parece ser uma das principais ideias do texto, é jogada de qualquer jeito na tela, não sendo capaz de traz o impacto ou a reflexão que tenta evocar.
Desta maneira, O Culpado consegue construir uma
competente atmosfera de suspense, ainda que não consiga fazer seus temas
principais ressoarem como deveriam.
Nota: 6/10
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário