quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Drops – Ferida

 

Análise Crítica – Ferida

Review Crítica – Ferida
Estreia de Halle Berry como diretora, este Ferida é uma típica história de superação no esporte. A trama é centrada em Jackie (Halle Berry), uma ex-lutadora de MMA que se encontra no fundo do poço, trabalhando como diarista depois de fugir de uma luta. As coisas se complicam quando ela fica sabendo da morte do ex-marido e precisa cuidar do filho pequeno. Com uma criança sob sua responsabilidade, Jackie precisa reconstruir a vida, encontrando uma nova oportunidade para retornar ao meio do MMA e desafiar a atual campeã.

É uma narrativa que mistura Rocky: Um Lutador (1967), com Nocaute (2015) e outros elementos que já vimos em filmes de esporte. Não tem nada que saia do traçado esperado e boa parte dos desenvolvimentos são bem previsíveis, como a eventual relação de Jackie com a treinadora. Isso seria menos problemático se os personagens ao redor da protagonista fossem mais interessantes, mas todos eles parecem existir apenas para gravitar em torno dela, funcionando como obstáculos (o namorado abusivo, a mãe oportunista) ou facilitadores (a treinadora que sempre está disponível para tudo e parece não ter vida própria) e nunca como indivíduos autônomos com suas próprias motivações ou desejos.

Menos mal que Halle Berry seja tão boa como Jackie, dando vazão à toda angústia, ansiedade e raiva contida de sua personagem, dando ao expectador a exata dimensão dos traumas de Jackie mesmo quando o texto a mantem presa a uma série de lugares comuns sem muita imaginação. Nesse sentido, o filme mais reforça a qualidade de Berry como atriz do que exibe seus dotes como diretora, já que o texto não dá muito espaço para que ela faça nada muito marcante por trás das câmeras. Seria interessante ver o que a atriz conseguiria fazer com um roteiro mais substancial em mãos. Do jeito que está, Ferida só se sustenta pela intensidade que Halle Berry traz à sua protagonista.

 

Nota: 6/10


Trailer

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