Na trama, o narrador Trip Westheaven (voz de Chris Parnell, o Cyril de Archer) foi demitido de seu programa sobre natureza depois dos eventos da trama principal. Agora ele se tornou um conspiracionista pirado que suspeita de um segredo governamental (ou dos illuminati ou dos homens lagarto) se esconde em Port Clovis. Logicamente seu tubarão vai parar nessa nova localidade enquanto Trip continua a narrar tudo de maneira aloprada.
O senso de humor da trama original permanece, com Trip fazendo comentários absurdos e, agora que virou um teórico da conspiração, completamente delirantes. A nova localidade oferece algumas novas paisagens, mas mais importante: novas mutações para seu tubarão. Na expansão é possível se transformar em um tubarão atômico que dispara raios de energia da boca ao estilo Godzilla. Os novos poderes trivializam o combate e tornam fácil despachar qualquer ameaça. Mesmo o chefão final, o Leviatã Atômico, é rapidamente eliminado com meia dúzia de raios.
Em outro tipo de jogo isso seria um problema, mas aqui, no qual tudo gira em torno da fantasia de poder de ser um tubarão mutante gigante destruindo tudo por seu caminho, os novos poderes funcionam para fazer o jogador se sentir uma máquina de matar irrefreável. Como o combate se torna mais rápido, também evite que o jogador precise ficar lutando com os péssimos controles de câmera.
Seria uma campanha breve (uma ou duas horas) e divertida se o jogo não a estendesse além do necessário. Quando finalizamos praticamente todos os objetivos de Port Clovis e cremos que estamos próximos do fim da campanha, o jogo te manda de volta para o mapa original para cumprir uma série de objetivos iguais. Ficamos zanzando pelas áreas do jogo base fazendo os mesmos objetivos de destruir barcos, comer humanos e matar criaturas mutantes e tudo acaba soando cansativo e repetitivo.
A única nova atividade que a expansão apresenta são os desafios de tempo, que são a última coisa que qualquer um desejando ser um tubarão destruidor queria fazer. Além de não encaixar na proposta do jogo de ser uma fantasia de poder, essas corridas contra o tempo exigem uma precisão de movimento e saltos que a jogabilidade não tem, com os péssimos controles de câmera e física irregular. Desta maneira, os desafios são menos uma adição que dá frescor à jogabilidade e mais um elemento que adiciona pura frustração.
Maneater: Truth Quest oferece mais humor e destruição caótica ao
dar poderes exagerados ao jogador, mas é prejudicado pela repetição e problemas
de jogabilidade.
Nota: 6/10
Trailer
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