Na trama, depois que o Coringa mata Lois Lane e explode uma bomba nuclear em Metropolis, o Superman decide parar de ser leniente com o crime. Ele decide matar o Coringa e tomar o controle do combate ao crime no planeta inteiro, intimidando os governos do mundo. Esse comportamento ditatorial não é aceito por muitos dos heróis, em especial do Batman, que monta uma resistência.
O filme claramente sofre para tentar encaixar uma trama longa e repleta de personagens em um tempo tão curto, com isso muitos desenvolvimentos não tem o impacto que deveria. O regime de controle do Superman nunca parece tão opressivo quanto nas outras versões da história. Personagens são inseridos apenas para desaparecerem sem nenhuma repercussão tempos depois, como Aquaman e Shazam. Relacionamentos e conflitos não tem tempo para serem devidamente construídos, como a amizade entre o Arqueiro Verde e a Arlequina ou a rivalidade entre Dick e Damian. Com isso, os eventuais conflitos e desdobramentos não impactam como deveriam.
A trama envolvendo Ra’s Al Ghul distrai do conflito principal entre Superman e Batman além de ir de encontro ao que o próprio filme estabelece para o Superman. Sim, nos games e quadrinhos ele se alia a vilões como Sinestro, mas colocava esses indivíduos em um posição subalterna a ele. Aqui Ra’s opera livremente fazendo o que bem entende. Seria mais crível se Clark simplesmente eliminasse ou prendesse Ra’s e tomasse para si a Liga das Sombras. A direção de arte, com traços retos e quadrados deixa os personagens inexpressivos prejudicando ainda mais a imersão.
Assim, Injustice não consegue dar conta da história que quer contar,
soando rasa e apressada, sendo o pior longa animado da DC.
Nota: 4/10
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