Apesar de querer ser uma continuação direta do filme original do Tobe Hooper nos moldes do recente Halloween (2018), a trama não tem nada a dizer sobre o vilão Leatherface ou mesmo sobre a heroína do original, Sally Hardesty, cuja presença não tem qualquer repercussão na trama (poderia ser uma personagem original que não faria diferença). O texto poderia ter usado o fato dos protagonistas serem hipsters dispostos a basicamente gentrificar a cidade-fantasma habitada por Leatherface e transformar esses jovens em vilões que estão ali para expulsar pessoas humildes de seus lares para ganhar dinheiro e Leatherface sendo uma espécie de força de resistência. O filme, no entanto, nunca aproveita o subtexto que tenta apresentar.
Ao invés disso, ficamos com duas irmãs protagonistas (interpretadas por Sarah Yarkin e Elsie Fisher) com um passado traumático genérico e mais um bando de personagens tão vazios que não provocam nada além de apatia. Leatherface é meramente uma máquina de matar e apesar do filme contar com efeitos práticos competentes, nenhuma das mortes é lá muito inventiva ou traz qualquer coisa que já não tenhamos visto.
O novo O Massacre da Serra Elétrica não passa de uma casca vazia que nunca
justifica a própria existência.
Nota: 2/10
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