Na trama, Henry (Chris Pine) é um agente da CIA incumbido de interrogar uma ex-agente e também sua antiga amante, Celia (Thandiwe Newton), a respeito de uma operação fracassada de anos atrás. Novas informações dão a entender que o terrorista responsável pelos atos que os personagens falharam em combater tinha um infiltrado na agência e Henry deve conversar com Celia para descobrir quem foi. Lógico que no curso da conversa sentimentos pessoais e profissionais se misturam ao ponto que fica difícil saber em quem confiar.
É na ambiguidade e nas tensões subjacentes construídas pelas performances de Pine e Newton que o filme consegue nos envolver, já que os flashbacks da operação fracassada não têm lá personagens muito interessantes e a situação em si, um sequestro de avião, nunca apresenta nada digno de nota. Como tudo é muito genérico, é evidente desde o início que alguém da dupla principal é o traidor.
É o jogo de gato e rato entre o casal, em como cada um consegue usar o conhecimento íntimo que tem do outro para provocar ou checar vulnerabilidades, que emerge a tensão da narrativa. Assim, é uma pena que o clímax decida ser desonesto com o espectador, retificando a continuidade dos eventos até então apenas para tirar da cartola algumas revelações que, embora coerentes, só são surpreendentes porque o filme ocultou informação e não porque a trama foi mais esperta do que nós em não nos fazer perceber o que de fato acontecia.
Nota: 6/10
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