Na trama, Stephanie (Rebel Wilson) acorda depois de um coma de vinte anos, descobrindo que não é mais adolescente e que perdeu a formatura do ensino médio. Disposta a recuperar o tempo perdido, ela decide voltar para a escola para tentar alcançar seu sonho de ser rainha do baile de formatura.
Todas as piadas derivam do fato dela ser uma mulher de quase quarenta anos tentando se comportar como adolescente criando situações vexatórias sobre como Stephanie se veste ou como age. É o mesmo tipo de “humor de constrangimento” que Wilson sempre fez e que continua não funcionando porque ela quer que nosso riso se as custas de sua personagem e não com sua personagem.
A outra “frente” de comédia é fazer piadas sobre a atual juventude, sua dependência de rede social e de seus valores “politicamente corretos”, mas tudo é feito sob o olhar de estereótipos previsíveis sobre juventude que não chegam nem perto de ter qualquer insight minimamente interessante. Ao invés disso são aquelas piadas batidas sobre a juventude atual ser “delicada” demais.
Toda a trama é bem previsível,
lembrando até as comédias de Adam Sandler, com a protagonista agindo com uma
babaca imatura tratando mal todas as pessoas ao seu redor até ninguém aguentar
mais. Então há uma breve montagem da protagonista triste e introspectiva por
uns cinco minutos no qual ela tem alguma epifania simplória e fazer todos a
perdoarem com algum gesto forçado de afeto, cuja redenção rápida de uma
personagem tão desprovida de qualidades nunca soa devidamente merecida.
Coadjuvantes como Chris Parnell, Mary Holland e Sam Richardson (o pai e os
amigos da protagonista, respectivamente) tentam trazer algum calor humano para
as relações de Stephanie, mas esbarram em um texto simplório e raso.
Assim, De Volta ao Baile é uma comédia cheia de piadas batidas e estereótipos sem graça, que se alonga mais do que deveria e com uma protagonista difícil de aderir.
Nota: 3/10
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