Na trama, Cassie (Kaley Cuoco) agora mora na Califórnia e está há um ano sóbria. Além de continuar trabalhando como comissária de bordo, Cassie continua a colaborar ocasionalmente com a CIA. Isso, no entanto, não significa que ela está longe de problemas. Operativos da agência começam a ser mortos por uma mulher muito parecida com Cassie, com a protagonista precisando correr contra o tempo para descobrir o que está acontecendo.
O mistério principal é o grande ponto fraco da nova temporada. Se no ano de estreia o caso era relativamente simples, com espaços para algumas reviravoltas surpreendentes, aqui é tudo tão vago, rocambolesco e desnecessariamente complicado que fica difícil se importar. Ao final da temporada a revelação do culpado acaba não causando muito impacto justamente porque os episódios não fazem a gente se importar muito com sua resolução.
Os dramas pessoais de Cassie soam na maior parte do tempo como uma repetição dos conflitos apresentados na primeira temporada, com a protagonista se questionando a respeito de seu alcoolismo e personalidade autodestrutiva. Existem alguns desenvolvimentos novos e significativos, é verdade, em especial quando a trama coloca a protagonista para confrontar a relação ruim que tem com a mãe, Lisa (Sharon Stone), embora não seja o suficiente para justificar toda uma nova temporada focando nesses problemas de Cassie.
A subtrama envolvendo Megan (Rosie Perez) em fuga depois de vender segredos para outro país rende alguns momentos divertidos, como o episódio que Cassie vai para a Islândia, mas é tão desconectada das narrativas mais centrais que acaba soando dispensável. Por outro lado, Zosia Mamet continua a ser um dos melhores elementos da série como Annie, a melhor amiga de Cassie cujos diálogos afiados são plenamente autoconscientes da natureza de filme de suspense B das situações em que elas se envolvem.
Outro destaque são as composições musicais de Blake Neely, que evocam elementos típicos de música de filmes de suspense, como as composições de Bernard Hermann para os filmes de Hitchcock. Neely pega elementos musicais bem familiares desse tipo de composição e adiciona um jocoso exagero a eles, dotando a música de uma consciência irônica sobre os lugares comuns do suspense com os quais a série brinca.
The Flight Attendant nunca justifica sua segunda temporada,
entregando uma trama permeada por um mistério desinteressante e poucos
desenvolvimentos significativos para a protagonista.
Nota: 5/10
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