Em uma trama paralela à campanha principal, Cuphead e Mugman recebem uma mensagem da Ms. Chalice pedindo ajuda. Assim, os irmãos navegam para a Ilha Tinteiro IV para ajudar Ms. Chalice a sair do mundo espiritual. Logicamente, isso envolve derrotar mais um monte de chefões difíceis.
O primeiro grande novo elemento é a possibilidade de jogar com Ms. Chalice. Ela, no entanto, não é uma personagem selecionável direto do menu. Para jogar com ela, é preciso equipar um acessório chamado Biscoito Astral, efetivamente fazendo Ms. Chalice substituir o personagem com o qual se está jogando. A troca tem suas vantagens considerando que a garota tem acesso a uma série de habilidades que os outros dois não tem. Ela tem um ponto de vida a mais, pode dar pulos duplos, seu dash automaticamente apara projéteis e ela pode realizar um rolamento no chão que a deixa invulnerável enquanto rola (similar ao que acontece com o acessório Bomba de Fumaça). Assim, trocar uma nova personagem por um espaço de acessório não soa como injusto.
As habilidades de Chalice facilitam algumas batalhas da campanha principal e os chefes da nova expansão parecem desenhados com suas capacidades em mente. Não que seja impossível vencê-los com Cuphead ou Mugman, mas as habilidades da Ms. Chalice casam melhor com os desafios impostos por esses novos inimigos. Falando nos novos chefes, é impressionante como eles têm ainda mais movimento e mais frames de animação do que os inimigos da campanha principal. A quantidade de detalhamento torna compreensível o motivo dessa nova expansão ter demorado tanto para sair.
São embates criativos tanto do ponto de vista visual quanto de jogabilidade. Um dos primeiros inimigos é um gigante barbudo no alto de uma montanha. Inicialmente caminhamos por cima de sua barba, atirando em seu rosto, enquanto desviamos de gnomos no chão, tiros em sua boca e aves que passam voando. No segundo momento da luta, ele arranca a barba e passa a usar marionetes para arremessar coisas no jogador e na terceira fase da luta somos engolidos por ele para enfrentar uma criatura nas paredes do seu estômago enquanto nos equilibramos em pequenas plataformas. Em outra, enfrentei uma esquadrilha aérea de soldados caninos em diferentes aeronaves e um outro chefe consistia de um mago com poderes de gelo que se transformava a cada nova etapa da luta.
São embates tão desafiadores quanto os da última ilha da campanha principal, indicados para quem já tem um certo domínio do jogo, já que mesmo com as habilidades extras de Ms. Chalice os novos chefes seguem bastante difíceis. Assim como na campanha principal, no entanto, incomoda que em certos momentos a quantidade de coisas acontecendo simultaneamente de maneira aleatória faça que essas batalhas dependam também de sorte e não apenas de habilidade, o que é um pouco frustrante.
A nova expansão também traz novos talismãs e armas. Como não há novas fases de tiro, a expansão oferece seu próprio jeito de conseguir moedas no desafio do Rei dos Jogos. O desafio consiste em algumas batalhas contra chefões que só podem ser atingidos com ataques de aparada. Como Ms. Chalice apara automaticamente durante o dash ela tem certa vantagem e assim como os demais inimigos são batalhas que testam nossa habilidade com as mecânicas do jogo. Os novos itens obtidos, como tiro que dispara tornados para o alto ou outro que dispara em linha reta antes de perseguir inimigos trazem novos elementos e táticas para experimentarmos com os chefes novos e antigos.
Com novos elementos e
apresentando ainda mais refinamentos nos pontos fortes da campanha principal, Cuphead: The Delicious Last Course é uma
excelente expansão para o game dos estúdios MDHR.
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