É óbvio desde o início o que vai acontecer, eles vão se desentender, fazer birra um com o outro e eventualmente irão deixar as diferenças de lado e se apaixonar. É o clichê dos inimigos que viram amantes e do casal com personalidades opostas que tem algo a ensinar um com o outro. Ele é muito sério e fechado, precisando aprender a se abrir, ela precisa aprender a ser mais prática.
Tudo é muito previsível ao ponto em que é difícil se encantar com qualquer coisa além das belas paisagens italianas porque todo desdobramento ou gag cômica é fácil de antever a quilômetros de distância. Somado a isso há o problema de o filme se alonga demais para uma trama tão básica, não precisando de quase duas horas. Se tivesse meia hora a menos as falhas e clichês provavelmente não cansariam tanto. O filme ainda faz algumas escolhas estranhas como a insistência de usar gatos de computação gráfica cujo resultado é quase tão artificial quanto Cats (2019). Será que era realmente tão mais trabalhoso ou custoso usar gatos de verdade?
A única boa sacada é a trilha musical que é repleta de versões italianas de canções estadunidenses famosas como These Boots Are Made For Walking, Bang Bang ou I’m a Believer. Ao situar a paisagem musical do filme nesse tipo de mistura, a produção comenta sobre o próprio choque de culturas presente na narrativa sem explicitamente falar sobre isso.
Com isso Amor em Verona nunca consegue apresentar nada digno de nota, se
contentando com uma reprodução esquecível de lugares comuns.
Nota: 5/10
Trailer
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