quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Drops – Já Fui Famoso

 

Análise Crítica – Já Fui Famoso

Review – Já Fui Famoso
Algumas vezes um filme nos envolve não pela inventividade da narrativa, não pelo apuro estético, mas pela emoção genuína que consegue apresentar. É isso que acontece neste Já Fui Famoso, produção original da Netflix. A trama é protagonizada por Vince (Ed Skrein), um músico que foi famoso há vinte anos atrás e agora tenta reconstruir a carreira. Um dia, tocando na rua, ele improvisa uma jam session com Stevie (Leo Long), um garoto autista, e o vídeo dos dois tocando viraliza na internet, apresentando o caminho de uma segunda chance para Vince.

É a típica história do artista decadente, marcado por um trauma, tirado de sua reclusão por um jovem ingênuo. Logicamente um tem muito a ensinar ao outro e desafios envolvendo liberdade artística ou fazer o que o mercado deseja. É relativamente previsível, conduzido sem grandes surpresas, no entanto, o que nos envolve é a dinâmica entre Vince e Stevie.

Há uma amizade muito sincera entre os dois, com Vince claramente enxergando Stevie como o irmão que perdeu no passado e vendo no garoto uma chance dupla de redenção, lidando tanto com a ausência do irmão quanto com a recuperação da sua carreira. O garoto Leo Long é eficiente em evitar os clichês típicos de representação do autismo e faz de Stevie alguém que nunca se define apenas por esse atributo. O longa ainda apresenta alguns bons números musicais como a cena em que uma garota da aula de música de Vince canta What a Wonderful World de Louis Armstrong. Em outro momento, Vince e Stevie fazem uma boa versão de The House of the Rising Sun.

Já Fui Famoso é um daqueles filmes feitos para a gente se sentir bem enquanto assiste, não tem nada que nos desafie ou que arrisque muito, mas entrega o conforto emocional que promete.

 

Nota: 6/10


Trailer

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