A narrativa se passa na década de 80 e acompanha as amigas Abby (Elsie Fisher) e Gretchen (Amiah Miller). Durante uma viagem e uma brincadeira com um tabuleiro de Ouija, Gretchen é possuída por uma entidade demoníaca e muda drasticamente o comportamento, se afastando das amigas. De início Abby estranha o comportamento cruel de Gretchen, mas logo desconfia que há algo mais sombrio por trás da mudança.
O filme equilibra com habilidade o tom de comédia, com elementos mais sombrios de terror. De um lado diverte com o absurdo de algumas situações e personagens pitorescos, como a boy band de pop cristão marombeira liderada por Christian (Christopher Lowell), que acaba servindo de exorcista no clímax. Por outro, o filme consegue criar algumas imagens bem sinistras a exemplo da cena em que Margaret (Rachel Ogechi Kanu) vomita um enorme verme.
As relações entre as protagonistas são recheadas de humor e calor humano, tornando crível o abalo que Abby sente quando a amiga começa a mudar. Claro, é uma trama previsível tanto do ponto de vista da comédia, quanto do horror, mas há sinceridade e carisma o bastante para que nos importemos com as personagens. O filme também acerta no clima dos anos 80, principalmente no uso da música para nos situar nessa época. Os efeitos especiais, no entanto, são irregulares. Em alguns momentos a tosquice deles pode servir a propósitos cômicos, como nos longos jatos de vômito. Em outros, porém, sabotam a construção do horror, como acontece com a criatura digital que sai de Gretchen durante o clímax.
Com isso, O Exorcismo da Minha Melhor Amiga diverte com uma inesperada
mistura entre horror, comédia adolescente e nostalgia.
Nota: 6/10
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