Estruturalmente é um documentário que segue todos os recursos narrativos já batidos nesse tipo de produto, com entrevistas e imagens de arquivo. Não ousa muito e confia no carisma dos atletas para sustentar o filme. As entrevistas encontram boas histórias de bastidores sobre como o time e a união entre eles foi se construindo ao longo dos três anos de preparação para as Olimpíadas e o papel de liderança que o falecido Kobe Bryant desempenhou para o time, conseguindo manter nosso interesse no que é narrado. Igualmente envolventes são as cenas das partidas, que mostram o entrosamento e habilidade da seleção estadunidense e também de seus principais adversários, em especial Espanha e Argentina, mostrando como a competição de fato foi acirrada.
Por outro lado, a trama levanta algumas discussões que poderiam render mais e que nunca são plenamente exploradas, principalmente no início quando explora o fato de que a natureza comercial e fechada da NBA prejudicava a seleção nacional de basquete, pensada como um mero veículo para divulgar jogadores e times da Liga e não como um projeto para ganhar competições internacionais. É um tema que nos dá muito para pensar sobre como o lado comercial toma conta dos esportes, mas que o documentário (até por estar focado no ouro olímpico) acaba não desenvolvendo muito.
O Time da Redenção é um documentário esportivo bem padrão, só
conseguindo manter o interesse por conta do carisma dos jogadores.
Nota: 6/10
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